Por Yuri: Eu disse outras vezes que livros com animais envolvidos me deixam muito sentimental, então quando vi a capa deste livro não foi diferente. O título, a capa com fundo preto, a figura de um cachorro com uma auréola, tudo isso me fez pensar que era uma narrativa no estilo daquele cachorro japonês que esperava o dono na estação de trem (só de pensar no filme já sinto vontade de chorar). Mas pelo contrário, fui surpreendida por uma história muito leve e gostosa de ser lida.
O livro conta a história de Daniel, um jovem que acaba de levar um pé na bunda pela namorada (Clara), e a única coisa que lhe restou do relacionamento foi um cachorro feio,mas muito feio mesmo, chamado Doggo.
O livro conta a história de Daniel, um jovem que acaba de levar um pé na bunda pela namorada (Clara), e a única coisa que lhe restou do relacionamento foi um cachorro feio,
Caro Daniel
Eu estou indo embora, indo embora pra bem longe. Não posso contar para onde.
Leve Doggo de volta para o abrigo. Algo me diz que você vai conseguir esse emprego e você não pode deixa-lo trancado no apartamento o dia todo. Não seria justo com ele, e vocês também não se dão muito bem. Ele está aí agora, observando você com aqueles olhos esquisitos?
Eu juro que ele olhou para mim com um tipo de desprezo quando eu fazia a mala, como se soubesse o que eu estava fazendo. É claro que ele não sabia, ele é apenas um cachorro, um cachorro pequenininho e feio.Amor e Luz,Clara
Sem conseguir devolver o cachorro para o abrigo e com um novo emprego em vista, a única alternativa que Daniel encontra é levá-lo consigo para o escritório. Com o tempo, Dan começa a desfrutar da companhia de Doggo e não tem mais coragem de abandoná-lo.
“Ele é minúsculo, branco e quase careca. Digo quase porque há tufos de pelo aqui e ali, em caminhos de rato, como as moitas que um jardineiro preguiçoso não cortou. Ele tem um tipo de moicano que acompanha a coluna, e um tufo do mesmo pelo na ponta de sua cauda fina. Há também cachinhos minúsculos – nem marrons, nem amarelos, mas alguma mistura dos dois – na parte de trás das patas dianteiras dele. Eles sugerem uma dose de spaniel, assim como três topetinhos da mesma cor (provavelmente cor de xixi). Mas o focinho não tem nada a ver com o de um spaniel. É achatado demais, muito parecido com o de um pug. E dá margem a algo oriental, como talvez um pequinês. Mas, não, Doggo desafia qualquer tipo de categorização básica. Ele parece um cachorro que se ralou em uma parede e depois decidiu não ter uma cirurgia reparadora."
Na agência de publicidade, Daniel conhece sua nova parceira de trabalho, Edith, que rapidamente se transforma em uma grande amiga e lhe ajuda a descobrir a origem de Doggo. Essa amizade colorida começa a incomodar Tristan, o diretor da empresa com quem Edith mantém um caso.
A parceria Dan-Edith funciona tão bem que as campanhas de sucesso de ambos começam a incomodar alguns colegas de trabalho, que tentam usar o cachorro para fazer com que Dan seja demitido, apesar de Doggo trazer um clima agradável e se tornar uma fonte de inspiração para toda a equipe.
Uma das minhas partes preferidas, é a que um membro da agência de publicidade faz uma tirinha:
“Ele captou a ideia em três quadrinhos habilmente ilustrados. O primeiro mostra um bebê em um cadeirão com pais um de cada lado dando comida para ele. O bebê está tentando falar: “M-m-m-m...”. “A primeira palavra dele vai ser mamãe!”, declara a mãe, feliz da vida. No segundo quadrinho, o bebê gagueja “D-d-d-d...”, e o pai está extasiado: “Não, vai ser papai!”. No terceiro e último quadrinho, o bebê berra: “McDonalds!”.”
Depois que essa tira é ajustada, tem os três quadrinhos originais, mas com a presença de um cachorro.
“Ele desenhou o mesmo três quadrinhos – M-m-m-m... D-d-d-d... McDonald’s! -, mas colocou um cachorro sobre a mesa, claramente inspirado no Doggo! Ele também mexeu nas expressões dos pais e agora a reação do cachorro é que chama a atenção. Ele fica com uma cara ótima de “cansei da vida” quando o bebê berra McDonal’s!”
Esse quadrinho reflete exatamente o que eu mais gostei no livro: Doggo não é o personagem principal, mas torna a história de todos os outros mais divertida. É a aparição do cachorro que dá vida às melhores partes do livro.
Como o livro tem poucas páginas e o leitor não fica passando raivinha, uma vez que os personagens são mais velhos e mais maduros emocionalmente, a leitura flui facilmente e dá para terminar o livro em poucas horas.
Eu indico esse livro para quem está buscando algo divertido e com diálogos bem humorados. “Esperando por Doggo” é ótimo para relaxar e passar o tempo. Espero que vocês curtam!
Até a próxima!
Curta o Dear Book no Facebook
0 comentários
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós! Pode parecer clichê, mas não é. Queremos muito saber o que achou do post, por isso deixe um comentário!
Além de nos dar um feedback sobre o conteúdo, contribui para melhorarmos sempre! ;D
Quer entrar em contato conosco? Nosso email é dear.book@hotmail.com