quarta-feira, 1 de março de 2017

Resenha: “Tá Gravando. E agora?” (Kéfera Buchmann)


Por Kleris: Em Muito mais que 5inco minutos (reveja resenha aqui), Kéfera nos contou tragicomédias de sua vida que a levaram ao canal; em Tá Gravando. E agora?, ela conta sobre a experiência do canal 5inco minutos, justo para quem tem interesse em começar algo do tipo. Sabe quando um projeto dá muito certo e os fãs pedem dicas? É este livro.

Tá Gravando. E agora? fala bastidores do canal, fatos e dados, para nortear principiantes. No caso de Kéfera, foi tudo muito intuitivo, atropelado até, mas seguindo um caminho comum de quem começa algo novo (semelhante ao que falei aqui: apostar no novo). Trata-se de escolhas, autoconhecimento, compromisso e riscos. E por isso mesmo as razões certas contrapostas às erradas – como quem começa um projeto já pensando no sucesso, fama e etc. Expectativas é algo que se não souber equilibrar, pode matar antes mesmo de dar partida naquela ideia legal. 
Conteúdos bombam quando geram IDENTIFICAÇÃO. E na internet você vai ter certeza se agradou mesmo. As palmas no teatro podem ser por educação, mas na internet serão sempre verdadeiras. Se quer produzir conteúdo, faça com TESÃO. Não pra ser aplaudido, mas para se sentir realizado.


Apostar no novo também é desafiador. Só porque você está se expondo, não quer dizer que tem de expor tudo, tampouco dar entrada para pessoas aleatórias perguntarem coisas demais. Você tem que equilibrar esse controle, mediar sua relação com público/audiência. Sabe, levar a brincadeira mais a sério, ter que assumir os limites, seus e de sua proposta. 
Mas saiba que você vai assumir um relacionamento com seus seguidores. Como um namoro (dos bem ciumentos). [...] Será cobrança atrás de cobrança. A internet é doida! [...] É normal descontarmos parte de nossas carências em alguém que admiramos. É uma forma de fugirmos dos nossos problemas. Criamos outro foco – mesmo que esse foco seja a VIDA de outra pessoa.


Isso geralmente leva o creator a momentos de dúvidas, incertezas e bads. É completamente normal! Faz parte do pacote de ser criador de algo. Só temos de aprender a maneirar mais a autocrítica – na prática. Avaliar sobre o que estamos agregando a nós mesmos e aos outros pode ser uma luz nesse túnel.


O livro é um pacote Kéfera sobre fenômenos do Youtube. Me pareceu que ela pegou a câmera e saiu filmando o quarto, mostrando como tudo aconteceu, partes boas e não tão boas. Ou um vídeo FAQ (perguntas mais frequentes). Um tanto interativo, Kéfera, ao seu jeito espevitado, troca em miúdos o seu trabalho digital.




Além de relatos propriamente sobre vídeos, o livro entremeia depoimentos de fãs, opiniões sobre como o canal agregou algo bom em suas vidas, fez uma diferença. O canal pode não agradar muitos, e por isso mesmo ser polêmico vez que é um fenômeno que move milhões, porém, ele cumpre um papel que poucos, até então, conseguiram desempenhar. Ele abriu mil e umas oportunidades que Kéfera tinha como objetivo.

Diferente do primeiro livro, Tá Gravando. E agora? não é um livro para rir de histórias descabidas, é para dar um primeiro passo mais seguro ao colocar uma ideia em prática. É um pé nas nuvens e outro no chão e a iniciativa de “ok, agora vai”. Como na resenha passada, repito aqui o Chandler: inadequado para adultos – parte 2. 


O que uma criança vê pode, sim, influenciar no seu comportamento. Mas, se os pais derem conta do recado, ela não absorverá nada que não seja certo. Hoje é comum os pais jogarem a responsabilidade da criação dos filhos nas pessoas da internet. O que precisa ser entendido pelos pais é que somos produtores de entretenimento. Nós, youtubers, postamos vídeos com a função de sobretudo entreter e divertir quem assiste. Nenhum de nós está na internet com o objetivo de ser responsável pela nova leva de adolescente que chegaram ao mundo.


Até a próxima!

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Ana Liberato