domingo, 9 de abril de 2017

Music Trip #1 – uma primeira viagem


A gente é feliz nos intervalos, mesmo. Mas se for pensar em todos os intervalos em que já foi feliz, descobre uma vida inteira.

Talita, tô roubatilhando essa tua quote pra vida


Sabe aquela sensação de preencher algo dentro da gente com o oportuno? Aquilo que nos desperta, que nos coloca no lugar, que revira nosso avesso e traz algo lindo? Ou mesmo nos faz mergulhar numa perfeita fantasia e diz a coisa certa na hora certa? O poder da música é assim, transcendente. Às vezes indizível, instransponível e inimaginável.

Acho que posso dizer que sou viciada nessa sensação – e na busca dela. Por isso, de tempos em tempos, saio atrás de músicas para meu repertório diário. Quem já leu algumas resenhas minhas já devem ter visto que adoro sincronizar momento e leitura; com música, não é muito diferente. Espero trazer bastante dessa experiência e, quem sabe, trocarmos algumas figurinhas.

Music Trip é assim uma coluna para nos conectar a viagens incríveis através da música, afinal, há outras maneiras de explorar mundos sem sair do lugar. Nos versos da Amy Lee, se você precisar fugir do mundo que vive, deite a cabeça e espere um momento; pode você não lembrar de ter sonhado, mas algo que te espera para respirar de novo.


Sentaí com sua bagagem ao colo e plugue o fone J



Como não começar essa nova coluna com companheiros de longas viagens? Ideal para estrada, mato passando, o pensamento longe e horizontes. Funcionam também para as janelas da alma no busão da cidade, voltando pra casa. Você pode pular as notas e partir para a viagem direto. 

Alexz Johnson – American Dreamer


Amo o efeito desse lyric vídeo; super captou a essência da canção. Parece que revolve tudo e coloca onde é pra ficar. Sentimentos agridoces e sentimentos quentinhos <3 We dream and we won’t be here for long <3

A artista ficou mais conhecida por atuar numa série ya canadense chamada Instant Star (repertório recheado de preciosidades pop/pop rock) e foi quem me fez ter um incrível tombo por folk. Outras super bacanas são Trip Around The World, Let’Em Eat Cake e Look At Those Eyes. Outras são mais fossa, que é um dos temas preferidos da compositora.

Augustana – Hurricane


Hurricane soa como uma ressaca daquelas, que não se sabe pra onde tá indo, porque tá indo, só está seguindo caminho, em busca da trilha de volta. Augustana na verdade tem todo um fator estrada. Indie rock, folk, roots rock, alternativo, mas um tanto distante do country ou south country. Outras preciosidades que podem te derrubar no mais profundo, quieto e gostoso sono é Angels, Boston e Twenty Years.

NeedToBreathe – State I’m In


Já ouviu a expressão “enjoy the ride” (aproveite o passeio)? Diferentemente de Hurricane ou Augustana, State I’m In é mais chegada na vibe southern country e de seguir caminho sem se importar com nada senão em aproveitar a viagem (um pouco como o lyric video). Excelente para aqueles dias que passam tudo muito rápido, que a gente não sabe em que estado está, mas segue muito confiante. Outras que seguem essa boa vibe é Drive All Night, Movin’ On, White Fences e Multiplied <333

Audioslave – Like A Stone


Figura carimbada (e clássica) de estrada é Like A Stone. Sinto que é daquelas pra extravasar um pouco sem dar muito na cara. Segurança insegura, insegurança segura. Quem nunca cantou a plenos pulmões e recebeu olhares em resposta no busão não sabe a boa sensação que dá.

Conheço pouco do Audioslave. Outra numa vibe semelhante é I Am The Highway e Be Yourself; já Cochise é mais pra extravasar de vez, talvez quando estiver próximo do fim da viagem.

Boy - Drive Darling


Voltando a uma viagem mais tranquila, para aqueles dias que passam um pouco como um borrão, seu humor não está dos melhores, com razão ou não, sua concentração está péssima, nada está engatando, drive darling, drive darling, drive darling, driiive darling, driiiive. Só dirija. Nada como um bom indie calmo e visceral pra assentar uma frustração. Outras numa vibe semelhante é Railway, July e Into The Wild. Boy parece ter uma música pra cada momento introspectivo.

Kye Kye – Broke


Pra contrapor um pouco de Drive Darling, Broke é aquela indietronica que te faz nadar no humor alternativo e mergulhar de cabeça na catarse pra arrumar o que tiver do avesso. Um relaxamento meio expurgação. My Sight, People e Honest Affection seguem um caminho semelhante.

Strahan – Feel The Night


Feel The Night é aquela música fim de viagem ou fim de noite que a gente fecha os olhos e é sugada; tomba-se a cabeça no ombro e se deixa guiar. Parece aquelas caçadas que não se sabe bem o que se procura, mas no fim se acha. Esse lyric vídeo então, é muito aconchegante de se ver no telão da TV (Smart) com todas as luzes da casa desligada, antes de dormir. So I will feeeeel the night, feeeeel the night, for the coming of the Lord, and I’ll waaaaait the light, I’ll waaaait the light, I’ll waaaait the light that I have seen before oh… 

Ainda conheço pouco do Strahan, não sei se teria alguma de mesma vibe. Talvez Water & Fire, só que sem um frisson.


Espero que vocês tenham gostado da nova coluna. Tô aceitando dicas nos comentários J E se você é team spotify, pode curtir as músicas do post por lá (só algumas que não estão disponíveis).



Até a próxima e boa viagem!
#blogdearbook #musictrip #boaviagem

Kleris Ribeiro é beletrista, produtora e agente cultural. Garota dos bastidores, se joga em marketing digital, comunicação e, recentemente, zines. Fascinada pelos mistérios do universo do livro, é administradora do blog Dear Book e diretora do Clube do Livro Maranhão. Fangirl, diz que mantém a cabeça nas nuvens e os pés no chão.

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Ana Liberato