Por
Kleris: Na escola, próximo do
vestibular, a coordenação pedagógica costuma avaliar os alunos por suas
aptidões em testes vocacionais. A gente considera nossos pontos fortes e
fracos, conhece as áreas de mais interesse, analisa nosso perfil iniciante. Mas
e depois de entrar na faculdade? E depois de começar a trabalhar? E depois de
trocar de trabalho? Como (re)avaliar quem somos no mercado e como podemos
melhorar?
Gente que convence
é um livro para potencializar nosso desempenho, em qualquer área e propósito. Tem
uma ideia? Um produto? Um serviço? Um talento? Não é convencer por convencer,
nem manipulação, tampouco pra vender uma coisa aqui e ali. A compreensão
comportamental aqui é, com certeza, uma luz para todo aquele que quer ser fiel
à sua personalidade, alinhar perfil e trabalho e não sabe o que tá
fazendo não sabe por onde começar.
Para convencer você precisará, muitas vezes, quebrar uma barreira invisível – como se fosse uma barreira invisível (as pessoas se veem, mas não interagem de verdade) que variam de alguns centímetros a metros de espessura. Essa barreira chama-se desconfiança e quanto mais espessa, pior será o processo de comunicação.
É
através de uma abordagem de coaching
que Eduardo nos pega pela mão e senta com a gente para fazer as coisas
acontecerem. Ou pelo menos entender como chegar lá. Passo a passo, com
avaliações pontuais, com cases para
análise e pausas para reflexão. Com foco. Com paciência e valoração do
trabalho.
[...] valorize ao máximo o que você tem, mas não invente!
Em todos esses anos, aprendi que o mais importante na arte de convencer é usar estratégias que sejam coerentes com seu estilo de vida. O grande objetivo é convencer sendo autêntico.
O
autor parte da ideia de autoaceitação e melhor uso de características e/ou
habilidades para mover qualquer propósito. Ao sermos verdadeiros, nossas opções
de caminho se abrem com mais clareza, sem precisar tomar atitudes drásticas ou
até trágicas. Se a gente tá forçando a barra, é porque algo não tá bem alinhado (vide aqui). E isso não é “papo furado”. É algo que SÓ VOCÊ pode fazer isso por si
mesmo se quer atingir o sucesso. Vale aqui um olhar estratégico.
Leva enorme vantagem quem conhece bem suas aptidões e seus pontos limitantes. Um bom persuador sabe que não adianta aceitar atribuições que não domina, pois perderá credibilidade e, com isso, seu poder de convencimento.
Vamos
do autoconhecimento (perceber e
analisar características, perfis e potenciais, limites de personalidades) às técnicas de convencimento (auxiliar no
conhecimento dos gatilhos, quais são os que devemos acertar – pra saber o que vende, o que motiva,
como aplicar, e o que faz a diferença nos contextos). Apenas deixe lápis e
borracha à mão, pois tem variados testes (e orientações) pra te ajudar na
caminhada.
Que tal trocarmos a expressão “levo jeito” por “tenho potencial”? [...] Um adulto que se expressa naturalmente bem no dia a dia tem bom potencial para se tornar um ótimo orador, mas precisará aprender técnicas que o auxiliem a usufruir ao máximo esse potencial. [...] ter bom potencial de convencimento facilita bastante, mas não é garantia de bom desempenho. Por outro lado, ter baixo potencial de convencimento exigirá disciplina e estudo para chegar a bons resultados.
[...] é muito improvável que um adulto tímido se transforme em extrovertido, pois isso faz parte da estrutura de seu prédio/personalidade. Não obstante, essa pessoa pode mudar o acabamento de sua personalidade/prédio ao aprender a falar em público, expressar-se com mais clareza e até participar de alguns eventos sociais, sem deixar de ser, na essência, uma pessoa introvertida e reservada a maior parte do tempo.
Para
além destes passos teóricos, há diversos cases
discutidos, que vão das relações pessoais às profissionais, para se encontrar e
melhor analisar as posturas. É assim que Eduardo nos abre os olhos e faz deste
livro uma leitura necessária. A linguagem clara e acessível ajuda bastante
nesse quesito, o que faz da leitura um sopro até. Outro fator excelente são as
epígrafes nas entradas de capítulo. Elas
atingem o alvo de cara!
Há dois tipos de pessoas: as determinadas e as indeterminadas. As primeiras sabem aonde querem chegar. As outras nem sabem onde estão. Marina Pechlivanis.
Maldição do conhecimento é a dificuldade de imaginar como é, para o outro, não saber o que você sabe. Steven Pinker.
Sim!
Se
recomendo? Com toda a certeza!
[...] só damos valor às coisas quando estão no contexto adequado.
Ainda
não tá convencido? Baixe as primeiras páginas do livro aqui
e dê uma espiada no conteúdo. Os testes também se encontram no site.
Você ainda pode conferir pequenos vídeos do Eduardo dissertando sobre temáticas
do livro aqui.
Até a próxima!