*Por Mary*: Sem dúvida, uma das coisas de que mais gosto nos poemas
do Rafael Vitti é a simplicidade. A forma aparentemente despretensiosa como
brinca com os versos e joga com as palavras.
Esse jogo de palavras a que me
refiro não se restringe apenas à
troca de uma palavra ou outra, mas também – e principalmente – a geração de
som, a musicalidade impressa no conjunto e a ordenação dos versos. Todo este
aparato reunido resulta em um trabalho capaz de atrair até os leitores mais
avessos a rimas.
Longe da poesia clássica,
parnasiana, cuja estrutura importa mais do que é dito, Rafael Vitti exerce um
importante papel na literatura e talvez nem o saiba: ele aproxima o público
jovem de uma categoria literária difícil e muitas vezes encarada como maçante.
Ele nos mostra que poesia não é só cult,
ela pode – e deve – descrever o dia a dia.
Além do conteúdo muito bem
escrito, Amor Roxo possui um bom
apelo visual. Sem deixar que este roube a cena, as imagens e combinações de
cores complementam os desenhos dos poemas. Eu diria que a atual forma de fazer
poesia é justamente essa: o casamento do literato às imagens e sons; o que
Rafael e Júlia fazem muito bem, a propósito.
Eu senti um pouco de falta de saber quem escreveu o quê. Porque como este livro reúne poemas do Rafael e da Júlia, eu gostaria que ficasse um pouco mais clara a autoria. Por outro lado, dá para brincar de adivinhação. O que nos resta, é comparar com os poemas de seu livro anterior, Quer se ver no meu olho?. Será que o fandom aí poderia ajudar esta curiosa resenhista?
Mas aí vocês vão me chamar de doida, porque ao mesmo tempo em que senti falta, eu também curti bastante o fato de não saber quem escreveu o quê. Dá aquela impressão de unicidade, sabe? Como se ambos fossem um e acho que essa era a ideia, porque não é como se fossem simplesmente dois autores dividindo um livro, mas realmente um trabalho em conjunto.
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Poesia e amor. Há combinação mais perfeita? Só se ela vier com dor, aí sim o lance fica completo!
ResponderExcluirSou suspeita para escrever algo, pois amo poesias, ainda mais quando são assim, simples e certeiras.
Quando vi a primeira chamada para este livro, depois de ter olhado o quanto era lindo visivelmente, o que me mais me chamou a atenção foi esse jogo de palavras. Amo muito tudo isso!
Quero muito ler e o livro já está na listinha de desejados!
Beijo