Por
Kleris: Quem não foi leitor quando criança sabe o quanto um livrinho de
aventura (e bagunça!) fez falta enquanto a gente tentava se encontrar no mundo
adulto dos adultos. Lembro pouquíssimo de livros que li, na escola, e de como
algumas histórias hoje ainda têm grande importância na minha cabeça.
Eu “perdi”
minha chance quando pequena, mas como ainda quero ser ponte de leitura para
primos e sobrinhos, vou curtindo umas leituras fora da minha zona para quando
eu puder oferecer um livro a uma criança, saber que aquele livro é uma opção
acertada. E ao ouvir falar que o Capitão Cueca foi para a Companhia das
Letrinhas (antes era da Cosac Naify), já fiquei toda interessada haha
O
volume 1 da série As aventuras do Capitão Cueca traz a introdução da saga de dois meninos
travessos, Jorge e Haroldo, que gostavam de desenhar e criar historinhas, para
além de fazer estripulias sempre que podiam. E por conta dessas travessuras, o
diretor da escola “marcou” eles para pegá-los no pulo numa dessas traquinagens.
Armado de câmeras escondidas, o Sr. Krupp garantiu provas contra os meninos,
que tripudiaram de um jogo do time da escola com suas gaiatices.
Para
o vídeo não vazar e os meninos sofrerem consequências de suas ações, o diretor
fez um acordo: nada mais de peraltices e nada iria acontecer com eles. Sem opções,
os dois tiveram que concordar... Mas não aguentando por muito tempo, bolaram um
jeito de tirar o diretor de cima deles: usar um anel de hipnose. O negócio deu
tão certo que foi impossível não se deixar levar, pois na brincadeira eles
hipnotizaram o Sr. Krupp para virar o Capitão Cueca real e daí a confusão
estava feita.
As
aventuras do Capitão Cueca reúne tudo o que uma
digna aventura moleque deve ter: traquinagem,
astúcia, imaginação, adultos querendo controlar crianças, crianças sendo
crianças, ação, e aquela chamada irresistível para façanhas. Tem também super heróis,
bandidos, robôs e segredos, que são ótimos ganchos para vários volumes.
A
leitura é super rápida, bem visual e mantém sua atenção presa. Não importa que para
um adulto todos os conflitos e resoluções pareçam algo bobo, pois para a
criança vai ter outro valor. Eu diria que é um livro pra se ler em conjunto,
pra se ter um momento bacana com a criança, e ela mesmo viver a história, sem
essa de grandes lições ou moral, apenas brincar e gastar a energia delas com
algo bom.
Vale
essa reflexão da Jout Jout
A
edição da Companhia das Letrinhas está excelente, bem colorida, chamativa e
interativa. Tem um lance super legal, o flip
book, que foi o marco do autor Dav Pilkey para suas histórias: você pode
mexer páginas pra criar um efeito de ação. A Companhia também trouxe umas
páginas biográficas mostrando a criação do Capitão, além de curiosidades que
vão te levar literalmente à infância, quando assistia os Batutinhas.
Me
senti de volta aos desenhos animados ambientados em escolas – como Hey Arnold, mesmo
que um pouco mais infantil. Em alguns aspectos, como a metaleitura (uma leitura
que fala sobre a leitura), me lembrou também do juvenil Minha Vida de Livro (reveja
resenha aqui).
No mais, o livro me parece bem atemporal, e é mesmo um primeiro romance épico para
abrir a percepção dos pequeninos. Recomendo!
P.S.:
O livro foi adaptado para o cinema recentemente. Pelo trailer, ficou bem
bacana!
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Eu ainda não tive a oportunidade de conferir o livro,mas vi a adaptação no cinema e sem sombra de dúvidas, foi uma das melhores deste ano que se encerra.
ResponderExcluirMe diverti muito na confusão dos dois amigos e claro, no Capitão em si. Super recomendado e foi legal saber que é só o primeiro livro. Acredito que as crianças(e adultos também), precisem de vez em quando, de momentos assim, onde a infância de fato, seja tratada desta forma inocente e real.
Beijo