segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Resenha: "Histórias de Hogwarts - Proezas, Percalços e Passatempos Perigosos" (J. K. Rowling)

Sinopse: Minerva era a deusa romana dos guerreiros e da sabedoria. William McGonagall é celebrado como o pior poeta na história britânica. Havia algo de irresistível nesse nome e na ideia de que uma mulher tão brilhante pudesse ser uma parente distante do cômico McGonagall. - J.K. Rowling

Pottermore Presents é uma coleção de textos de J.K. Rowling dos arquivos do Pottermore - pequenas leituras apresentadas originalmente em pottermore.com, com algumas novidades exclusivas. Esses e-books, com curadoria do Pottermore, levarão você além das histórias de Harry Potter, pois neles J.K. Rowling revela suas inspirações, detalhes intricados das vidas dos personagens e surpresas do mundo bruxo.

Essas histórias sobre proezas, percalços e passatempos perigosos traçam o perfil de dois dos personagens mais icônicos e corajosos da série Harry Potter: Minerva McGonagall e Remo Lupin. J.K. Rowling também nos permite dar uma espiadinha por trás do mistério que é a vida de Sibila Trelawney, e você ainda vai se deparar ao longo do caminho com Silvano Kettleburn, um imprudente amante das feras mágicas.

Fonte: Amazon

Por Eliel: A saga do bruxinho mais querido é/foi muito importante para iniciar muitos leitores desde 1997 quando o primeiro livro foi lançado. Desde então muitos fãs foram cativados pelos livros, filmes, jogos e tudo o que envolve o Universo Mágico. Cada novidade que surge deixa os fãs em polvorosa. Atualmente, estamos acompanhando a expansão por meio de Animais Fantásticos. 

Em um "passeio" pela Amazon, encontrei alguns eBooks da Pottermore Presents bem interessantes. Não pensei duas vezes e abasteci meu Kindle. E com muito orgulho vim trazer o primeiro volume desses pequenos contos escritos por J. K. Rowling que expande nossa visão sobre esse vasto universo.

Para quem acompanha o site Pottermore sabe que a autora sempre publica muitas curiosidades inéditas por lá, mas encontrar em bom português reunido por aqui é bem mais prático e com preço bem acessível é sensacional.

Nesse primeiro volume iremos conhecer um pouco do passado de dois queridos professores, Minerva McGonagall e Remo Lupin. Saber do contexto em que essas personagens foram criados dá mais peso para cada releitura da obra que deu origem à essa saga. Além desses dois nomes de peso, temos também um conto da Professora Trelawney e do último professor de Trato das Criaturas Mágicas antes de Hagrid, Silvano Kettleburn. 

Entre um conto e outro, a autora incluiu curiosidades sobre Animagos, Lobisomens e Onomantes. Com a mesma qualidade de Harry Potter esses contos extras criados só enriquecem ainda mais uma narrativa que cativou tantos fãs ao longo de tantos anos.


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sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Resenha: "Maus - A História de um Sobrevivente" (Art Spiegelman)

Tradução: Antonio de Macedo Soares

Sinopse: Maus ("rato", em alemão) é a história de Vladek Spiegelman, judeu polonês que sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz, narrada por ele próprio ao filho Art. O livro é considerado um clássico contemporâneo das histórias em quadrinhos. Foi publicado em duas partes, a primeira em 1986 e a segunda em 1991. No ano seguinte, o livro ganhou o prestigioso Prêmio Pulitzer de literatura. 

A obra é um sucesso estrondoso de público e de crítica. Desde que foi lançada, tem sido objeto de estudos e análises de especialistas de diversas áreas - história, literatura, artes e psicologia. Em nova tradução, o livro é agora relançado com as duas partes reunidas num só volume. 

Nas tiras, os judeus são desenhados como ratos e os nazistas ganham feições de gatos; poloneses não-judeus são porcos e americanos, cachorros. Esse recurso, aliado à ausência de cor dos quadrinhos, reflete o espírito do livro: trata-se de um relato incisivo e perturbador, que evidencia a brutalidade da catástrofe do Holocausto. Spiegelman, porém, evita o sentimentalismo e interrompe algumas vezes a narrativa para dar espaço a dúvidas e inquietações. É implacável com o protagonista, seu próprio pai, retratado como valoroso e destemido, mas também como sovina, racista e mesquinho. 

De vários pontos de vista, uma obra sem equivalente no universo dos quadrinhos e um relato histórico de valor inestimável. 

"Maus é um livro que ninguém consegue largar. Quando os dois ratos falam de amor, você se emociona; quando eles sofrem, você chora." - Umberto Eco 

"Um triunfo modesto, emocionante e simples - impossível descrevê-lo com precisão. Impossível realizá-lo em qualquer outro meio que não os quadrinhos." - Washington Post 

"Uma história épica contada em minúsculos desenhos." - New York Times 

"Uma obra de arte brutalmente tocante." - Boston Globe 

"A narrativa mais comovente e incisiva já feita sobre o Holocausto." - Wall Street Journal 

"Maus é uma obra-prima. Como todas as grandes histórias, diz mais sobre nós mesmos do que poderíamos imaginar." - The Guardian

Fonte: Amazon

Por Eliel: No dia 16 de Dezembro assisti uma adaptação teatral baseada nesse livro e eis que me despertou a vontade de conhecer a obra original. A história do Holocausto eu já conheço, porém não se compara ao relato de alguém que vivenciou um dos momentos mais sangrentos do século passado e que marcou gerações.

"Maus" significa Rato em alemão. Durante a Campanha Nazista os judeus foram duramente atacados pela publicidade política e até mesmo representados como ratos, o mamífero que mais transmite doenças. Provavelmente por causa desse fato histórico, Art Spiegelman faz uso antropomorfismo para representar as nacionalidades das pessoas e assim representar o clima de racismo e segregação que pairava no ar.

Art conta a história de seu pai, Vladek Spiegelman, um dos sobreviventes do Campo de Auschwitz. Uma reaproximação entre Art e seu pai e o projeto desse livro garantiram um narrativa emocionalmente tocante. Além de ser a primeira obra em quadrinhos a receber o Prêmio Pulitzer.

Nessas páginas são feitos retratos reais dos envolvidos. Vladek é um sobrevivente cheio de histórias para contar e também um mesquinho muquirana cheio de preconceitos. Art não tem uma relação muito boa com seu pai e alguns problemas psicológicos para resolver, mas é um artista incrível que produziu essa graphic novel.

As memórias de Vladek estão registradas nessas páginas como uma biografia sem meias verdades, a vida na Polônia, o casamento com Anja, o período da guerra e após. Na peça em que assisti as passagens entre Vladek e Anja eram as mais emocionantes e as que me arrancaram algumas lágrimas.

Já no livro a riqueza de detalhes do dia a dia dos prisioneiros de campos de concentração é impressionante. Os atos cruéis cometidos com seres humanos são inimagináveis. Os fracos não tinha muita chance de sobrevivência, o que salvou Vladek foi sua inteligência e sua força de vontade.

Vou recomendar fortemente a leitura desse livro que pode ser uma porta de entrada para o mundo dos quadrinhos e também, se você tiver a oportunidade de assistir a adaptação teatral (essa dica é para os da capital de São Paulo). Impossível não se emocionar e diria até mesmo se envergonhar da capacidade humana de lidar com seu próximo de uma forma tão cruel. Uma obra para pensar e repensar.

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segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Resenha: "O Que Ainda Restou" (Bia Carvalho)


Sinopse: Meu nome é Arthur Montenegro. Três anos atrás eu simplesmente desapareci, sendo dado como morto pelos meus familiares e amigos. Porém, a verdade é completamente diferente.

Fui sequestrado por uma corporação secreta e recebi um treinamento militar. O objetivo era me tornar um assassino, mas eu escapei. Ao voltar para minha vida real, já não era o mesmo.

Apenas um pensamento preservou minha vontade de lutar e sobreviver: Christine. A mulher que eu amava e que tanto magoei antes de desaparecer. Contudo, surgir na porta da casa dela ferido e precisando de ajuda talvez não fosse a forma mais correta de me redimir. Muito menos colocá-la em perigo.

Aqueles que me sequestraram ainda me perseguiam. Por saber demais, queriam me eliminar. A solução que encontraram foi usar Christine para me atingir. Então, eu precisava protegê-la, enquanto armava um plano de vingança, sem saber que havia muito mais segredos que colocariam a prova tudo em que eu acreditava e todos aqueles em quem confiava.

Por Jayne Cordeiro: Encontrei este livro por casualidade na Amazon, entre a lista de mais vendidos. Fiquei curiosa pela sinopse, que achei muito bem escrita, e pela história, que me lembrava uma antiga série de TV que assisti, e comecei a ler O Que Ainda Restou.

- Não resista, Arthur. Você é um homem de sorte por ter sido escolhido. - disse o homem.
- Escolhido para quê? - vociferei e mal reconheci a minha própria voz. Soava arranhada, grave e quase embolada, como se tivesse acordado de um coma.
- Em breve você saberá. Precisa apenas se acalmar.

Quero começar dizendo que achei a capa muito bonita, muito bem feita e bem condizente com o clima do livro. Temos aqui uma história que mistura vários gêneros na medida certa. A história tem um romance muito bem desenvolvido, com um casal que a gente se apega fácil. A autora conseguiu mostrar bem a relação do dois, e da amizade que já existia antes disso. A forma como eles acabam se envolvendo no meio de todo o caos que aparece, é realista e  bem apaixonado.

- Christine... - ele sussurrou, e o som daquela voz fez misérias com meu coração. Não que o resto do meu corpo estivesse reagindo de forma muito normal. O estômago revirava, os pulmões falhavam e o sangue parecia congelado, quasse recusando-se a voltar a correr.

O livro é contado, revezando o ponto de vista dos dois, e isso ajuda ao leitor se apegar ainda mais aos dois e a história bonita dos dois. Os personagens secundários que aparecem também são bem desenvolvidos, e a autora não teve medo de usá-los para criar um enredo bem encaixado. O livro também trás o gênero suspense, porque temos o mistério inicial com o desaparecimento de Arthur, então a busca dele pelos chefes da organização que o sequestrou, e quem mais compactuava com os planos deles. Assim, acompanhamos toda a busca por informações e questionamentos que o personagem faz.

- Você etá mesmo decidido a entrar nessa guerra, 48?
- Não me chame assim. Você sabe o meu nome...
- Tudo bem...Arthur. você vai mesmso enfrentar a MR? Não acha que outras pessoas já tentaram antes? Mesmo lá de dentro?
- Não sei. Mas talvez eu seja o mais determinado... E estou aqui fora.

E pela capa também já dá pra ver que o livro traz outro gênero interessante que a ação. Pois é, o leitor vai acompanhar nossos personagens em lutas corporais, tiroteios e fugas, durante todo o tempo, já que a organização criminosa passa a perseguir Arthur e seus amigos. Essas cenas são muito bem feitas também, e em muitos momentos do livro eu pensava como a história daria um ótimo filme. Como ele tinha todas as características que a gente vê com tanta frequência em filmes de ação.

O pânico já havia se instalado. Pessoas tentavam correr, alguns se empurravam, outros caíam, mas toda a desordem foi interrompida por mais um disparo. Um homem, usando uma máscara de esqui, de pé sobre uma cadeira, apontava um fuzil AK-47 e uma Glock G25 para o alto, enquanto mandava que todos ficassem parados.

Para mim, este livro foi uma ótima surpresa e confirmou o porque está tão alto no ranking da Amazon. A autora tem uma escrita envolvente, com personagens bem elaborados. O enredo é interessante e segura o leitor o tempo todo, ansioso para saber o que vai acontecer a seguir, e se o mocinho vai conseguir destruir a empresa e ganhar a mocinha no final. E é claro, quanto ele terá que sacrificar por isso. O livro faz parte de uma duologia, sendo que o segundo livro foca em outro personagem. É uma ótima leitura e que vale a pena indicar para os amigos. 



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sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Resenha: "A Dama do Rio e o Lorde das Terras Altas" (Silvana Barbosa)


Sinopse: Quando um rei decide apadrinhar um casamento, muitas coisas podem acontecer.

Alexandre III quer livrar a inocente filha de um amigo da cobiça do príncipe herdeiro do trono inglês. Para isso faz um acordo com um membro de sua corte, na Escócia.
Desse modo Alastair MacConnollyn e Rebeca Wilkinson vêem-se unidos em matrimônio, tendo o cenário encantador das Highlands como pano de fundo.
Com a atração entre eles servindo de ponto de partida, Alastair e Rebeca se envolvem em um intenso jogo de sedução.
Agora o casal precisa superar suas diferenças, vencer as dificuldades e os inimigos que se interpõem no caminho, e transformar sua paixão em união duradoura, provando que o verdadeiro amor pode triunfar sobre todas as adversidades, e reinar absoluto sobre tudo e todos.

Por Jayne Cordeiro: Eu já li vários livros desta autora na Amazon, todos de época, mas focados na sociedade inglesa. E fiquei positivamente surpresa quando descobri que ela está lançando uma série focada nos escoceses, que eu simplesmente adoro demais. Então corri para conferir se ela conseguiria trazer uma história tão boa quanto a que tem apresentado com outra sociedade. E não me arrependi.

- Meu pai deu ordens expressas de retirar minha noiva de sua casa o mais rápido possível. Ele tratou com o pai dela. Temem por sua segurança.
- E por que temem por sua segurança?...
- ...O casamento foi arranjado às pressas porque um dos príncipes da Inglaterra se encantou com ela. Como é plebeia, o seu pai teme que o príncipe convença o rei Henrique a mandar que ela siga para o castelo para servir-lhe a cama.

Já comecei gostando, porque adoro a cultura escocesa, e porque adoro uma história de época que começa com casamentos arranjados. E gosto ainda mais, quando o casal não fica se engalfinhando o tempo todo, mas que tentam se relacionar e formar um bom relacionamento. E isso é o que acontece aqui. Alastair e Rebeca são pessoas bem diferentes. Ele é o chefe de um Clã, um guerreiro forte e que precisa sempre tomar importantes decisões. Ela é uma jovem que foi criada livre pela família, que é obrigada a se casar para fugir de outro homem. Seu jeito solto é um motivo de embate com o marido no começo, mas eles precisam achar um meio termo entre a liberdade e a segurança dela.

- Em breve também desejável. Em breve também tomando banho nua no rio, e a história se repetirá com ela.
- Eu não estava nua! Respondeu, com dentes cerrados.
Ele a olhou severamente.
- Basta que me retruques! Admita que cometeu um erro. Não tem uma tina de banho em casa? - Vociferou.
- Ora, tenho sim!
- Então porque te exibes? Porque atrai desgraça para a sua casa?...
- Oh, você é detestável! -  Gritou, antes de pôr seu cavalo em disparada.

É divertido ver como o homens, incluindo Alastair se encantam facilmente por Rebeca, e sempre acontece diálogos bem divertidos entre eles, e com os outros guerreiro do clã. Dei várias risadas. Os momentos românticos também são bem legais, e a gente se apega fácil ao casal, torcendo para tudo dar certo. Os dois podem ser bem ciumentos e possessivos em relação ao outro e isso garante momentos bem legais na história.

- Qual o nome do seu cavalo?
Ele sorriu amplamente, os olhos com um brilho divertido.
- Ah já sei, Alastair. Vai dizer que o seu cavalo se chama Cavalo.
- Exato!
- Porque não escolhe um nome para ele?
- Porque você não o faz?...
- Que tal Dragão?
- Por mim está ótimo. Perguntaremo depois se ele também gostou. - Respondeu, brincalhão, tomando-a pelo braço para que entrassem em Torquill.

Os personagens secundários também são muito interessantes. Algo que a autora já conseguia mostrar na série Libertinos. Já dá vontade de ver os próximos livros da série, porque já me apaixonei por vários desses personagens secundários logo no começo de A Dama do Rio. Personagens secundários legais são sempre algo que me atrai nos livros de época. Eles costumam ser bem explorados, e abrem portas para diversas outras histórias.

Alaistair beijou Rebeca sofregamente no salão principal. Ele a prendia fortemente contra seu corpo, impedindo-a de desvencilhar-se. Quando a soltou, ela sentiu-se um pouco envergonhada por estar sendo observada pela maioria das pessoas que estavam presentes.
- Alastair! Que está faxendo? Estão nos olhando!
- Não me importo. Você é minha mulher e quero que isso fique bem claro para todos aqui.
- Ainda bem que você não resolvei urinar em mim para demarcar seu território!
Ele deu uma gargalhada: Ah, minha dama malcriada!

A escrita da autora é envolvente e muito boa. Ela consegue passar todas as emoções e ações dos personagens de forma coesa, e bem realista. O livro apresenta uma mistura de romance com ação, com cenas divertidas, quentes e situações inusitadas. É uma bela obra para quem gosta de romances de época escoceses ou ingleses. E sempre indico os outros livro dela também, da série Libertinos, que adoro.



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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Resenha: "Juntos Somos Eternos" (Jeff Zentner)

Tradução de Guilherme Miranda

Por Stephanie: Juntos somos eternos é um lançamento de 2018 da Editora Seguinte que, apesar de ter sido lançado depois de Dias de despedida, na verdade foi o primeiro livro publicado por Jeff Zentner. Eu já tinha adorado a escrita do autor quando li Dias de despedida, e posso dizer com tranquilidade que seu livro de estreia é tão bom quanto seu sucessor, chegando até mesmo a superá-lo.

A obra aborda a história de três amigos: Dill, Lydia e Travis, sendo esse primeiro o protagonista. Dill está passando por um momento delicado em sua vida, pois seu pai, um famoso líder religioso da cidade, está na cadeia, e deixou o garoto e a mãe com altas dívidas. Além disso, Dill sente a pressão do último ano do colégio e a desorientação de não saber bem que rumo tomar na vida, ficando cada vez mais desorientado e conformado em permanecer na cidade de interior eternamente e viver uma vida simples e comum.

Travis e Lydia também tem seus problemas. Enquanto Travis lida com um pai abusivo e busca refúgio nos livros de fantasia, Lydia tenta ser o elo entre o trio, mostrando aos amigos que a vida é muito maior e melhor do que o que eles estão vivenciando. Ela pensa grande e deseja tornar seu blog de moda um trabalho verdadeiro, que lhe renda frutos durante e após a faculdade, quando ela finalmente poderá deixar a pequena cidade para trás de vez. Porém, diferentemente de seus dois amigos, ela possui uma família estruturada e que lhe dá todo o apoio necessário.

Confesso que no começo do livro estava achando tudo bem simples e até meio parado. A gente acompanha as vidas de Dill, Travis e Lydia em um ritmo tranquilo, conhecendo um pouco sobre as dinâmicas familiares de cada um e entendendo melhor a relação entre eles. Jeff Zentner consegue nos ambientar muito bem no clima de cidade interiorana, onde tudo é calmo e rotineiro. Mas a escrita do autor é muito boa, e foi o que me manteve presa à leitura.

Um dos principais objetivos da obra é abordar o fanatismo religioso e seus males. Antes de ser preso, o pai de Dill liderava uma igreja que quase chegava a ser uma seita, devido aos rituais e costumes bizarros praticados lá. Sua mãe é extremamente religiosa e se ressente do filho, sempre dizendo que ele não está fazendo a vontade de Deus. Acho que a opressão disfarçada de proteção foi muito bem representada por Jeff, que também conseguiu transmitir todo o dilema que Dill vivencia – o de tentar a todo o custo agradar aos pais, sem abrir mão de sua personalidade.

Eu gostei muito dos aspectos peculiares de cada um dos personagens principais. Dill é músico (assim como o próprio autor), Travis é um leitor ávido e Lydia é super entendida de moda. O trio me passou uma sensação de equilíbrio perfeito; o que um tem de nerd, o outro compensa por ser descolado, por exemplo.
(...) Ele cantou como se o Espírito Santo tivesse se derramado sobre ele, com uma chama purificadora (...)
Como já comentei, estava achando a história bem morna no começo. Isso durou uns 40-50% da história, porque, após um certo acontecimento, o livro mudou completamente o seu significado para mim. As emoções começaram a me acertar em cheio, e foi difícil controlar tudo o que comecei a sentir a partir de certo ponto. Jeff Zentner destruiu e reconstruiu meu coração de diversas formas, e eu não posso dizer que não adorei cada segundo.

Agora, fazendo uma breve comparação entre as duas obras que tive a oportunidade de ler desse autor, posso dizer que acho incrível como ele já desenvolveu uma voz própria em tão pouco tempo. É possível ver uma evolução, sim, mas a forma de contar histórias se mantém a mesma. Jeff possui uma sensibilidade altíssima, que torna impossível para o leitor não se identificar com seus personagens. Em JSE há pouca diversidade, é verdade, e isso pode até ser um problema para alguns, mas acho que a mensagem aqui era mais importante do que as características dos personagens. E o autor evoluiu bastante nesse sentido em seu segundo livro, o que é bom lembrar.
Eles foram à Coluna, onde aproveitaram mais alguns minutos de silêncio juntos, ouvindo o rio abrir seu caminho nas profundezas da Terra, como as pessoas abrem caminhos no coração das outras.
Bom, a resenha ficou imensa e eu tenho certeza que não consegui transmitir tudo o que senti durante essa leitura (que fluiu tão bem que terminei em três dias). Portanto, para finalizar, se você tem dúvidas sobre ler Juntos somos eternos porque acha que ele é “só mais um livro de YA contemporâneo”, eu te digo: leia e se surpreenda com essa incrível história de amizade, amor e coragem. Não se deixe enganar pelo suposto padrão que a obra aparenta seguir; Jeff Zentner aborda diversos assuntos relevantes e pertinentes – não apenas o já citado fanatismo religioso, mas, também, abuso, pedofilia e intolerância. Dê uma chance para esse livro incrível, acredito que você não vá se arrepender.

Até a próxima, pessoal!

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

[Resenha]: "Onde a Luz Cai" (Allison Pataki & Owen Pataki)

Tradução: Cristina Antunes

Sinopse: Três anos após a queda da Bastilha, Paris fervilha com os ideais da Revolução Francesa iniciada em 1789. A Monarquia foi deposta, a aristocracia, desmantelada, e ergue-se uma nova nação do povo e para o povo.

Inspirado pelo senso de dever patriótico, Jean-Luc, um advogado jovem e idealista, muda-se para a capital com o filho e a esposa, Marie. André, filho de um antigo nobre, foge de seu passado privilegiado para lutar no exército republicano francês junto do irmão. Sophie, uma bela e jovem viúva aristocrática, sobrinha de um poderoso e vingativo general, embarca em sua própria luta pela independência.
Mas a promessa de esperança começa a ser ameaçada pelo medo quando a busca incessante por justiça se converte em fanatismo e gera instabilidade, transformando compatriotas em inimigos e alimentando a sede de sangue nas ruas.

Na luta para impedir que o caos desfaça todo o progresso da Revolução, as vidas de Jean-Luc, André e Sophie se entrelaçam, e eles são forçados a questionar os sacrifícios feitos em nome da nova República.

Com participação de figuras lendárias como Robespierre, Luís XVI e Thomas-Alexandre Dumas, Onde a luz cai é um romance admirável, que se desenrola das ruas e salas de audiências de Paris até a épica marcha de Napoleão pelas areias do Egito. Com detalhes vívidos, os Pataki capturam corações e mentes dos cidadãos da França, lutando pela verdade acima de tudo e pela crença em uma causa maior.
Por Eliel: Esse livro se passa no auge da Revolução Francesa, onde a guilhotina não faz distinção de pobres ou nobres e lava a praça com sangue. Emitir sua opinião ou defender ideais que vão de encontro com o de algum outro grupo pode ser seu último feito antes da cabeça cair em um cesto diante dos olhos da população.

Jean-Luc St. Clair, um advogado idealista que tem desejo de servir ao povo, principalmente os mais afetados pela pobreza. Ir até a capital, Paris, é uma oportunidade de realizar seu trabalho. Junto com sua esposa, Marie St. Clair, eles vivem em um bairro humilde e logo terão um filho. Ao entrar para o Clube Jacobino e discordar dos ideais de Guillaume Lazare, Jean-Luc ganha um poderoso inimigo.

André Valière, renunciou seu título de nobreza e alista-se no exército francês afim de servir ao seu país, assim como seu irmão. Sendo de origem nobre sua vida está em constante risco, principalmente, quando o General Murat parece ter uma rixa com ele e faz de tudo para o destruir. Pode ser por causa do seu recente affair com a sobrinha do General.

Sophie de Vicennes, a sobrinha do General Murat, vive em Paris sob a proteção de seu tio após a morte de seu marido - com quem foi obrigada a se casar. Sua luta é por liberdade dentro de uma sociedade caótica. A perseguição promovida pelo General é implacável e faz com que ela e André fujam de um lugar para outro.

Essas três personagens serão de extrema importância e seus destinos irão se entrelaçar ao longo da narrativa. Os caminhos da Revolução tomam rumos preocupantes, cada dia é derramado mais sangue inocente. O povo está sedento de sangue nobre, após tantos anos de servidão o que eles querem vingança. Ninguém está em segurança.

Além desses, a obra conta com outras personagens que só enriquecessem a obra. Por exemplo, o General Kellermann, que irá viver uma das cenas mais chocantes do livro. Algumas das personagens são reais e icônicos,: Thomas-Alexandre Dumas, Luís XVI, Maria Antonieta e Napoleão.

Os irmãos Pataki construíram uma ficção histórica sensacional em meio há um dos períodos históricos mais impressionantes. São páginas repletas de fatos e conteúdos da História da Revolução. É claro que alguns pontos foram adaptados para se adequar à narrativa, mas isso não faz perder em nada o encanto da obra em relação a realidade. Isso só foi possível graças a grande pesquisa empreendida por eles.

Narrativa emocionalmente envolvente, rica em detalhes, nos mostra a natureza humana em jogo. O medo e o desejo de vingança trazem o pior do ser humano à tona. "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" é um lema bonito, mas na prática é algo utópico. Um romance revolucionário e muito bem vindo, incrivelmente atual para período em que foi baseado.

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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Resenha: "Devoção" (Maya Banks)


Tradutor: Rosemarie Ziegelmaier

Sinopse: Chessy e Tate estão casados há anos. No início, o relacionamento deles era tudo o que Chessy queria. Ela oferecia ao marido a submissão e, em troca, ele cuidava para que ela se sentisse completamente segura e feliz. Porém, em alguns anos, Tate passou a dar menos atenção à Chessy, fazendo com que ela se sentisse em segundo plano. Cada vez mais infeliz num casamento que havia sido, um dia, tudo o que ela tinha sonhado, Chessy sabe que algo de urgente precisa ser feito. Tate ama sua esposa. Sentir-se provedor de Chessy sempre foi sua prioridade. Mas ultimamente ela aparenta estar distante e infeliz, deixando-o preocupado. Tão preocupado que decide organizar uma noite muito especial, que pode reacender a chama que existia neles no começo. Mas uma ligação no momento errado quase coloca tudo a perder: a segurança de Chessy, o plano de Tate, a crença no amor… Ao perceber que estava prestes a perdê-la, Tate prepara-se para o grande embate da sua vida. Decidido a reverter a situação a qualquer custo e reconquistá-la, ele vai mostrar que nada é mais importante que o amor que sentem um pelo outro.

Por Jayne Cordeiro: Devoção na verdade é o terceiro livro de uma trilogia chamada Surrender (Entrega, Rendição), onde cada livro conta a história de um casal, em que as protagonistas são cada uma de três grandes amigas. As histórias giram um pouco ao redor da temática de Dom/Submissa. Como não há nada que obrigue o leitor a seguir uma sequência, não há problema nenhum em começar a leitura por esse. Eu já conhecia os romances históricos da da autora Maya Banks, mas nunca tinha lido um livro contemporâneo dela. Então vamos lá no que eu achei deste aqui.

Ela se sentia como se Tate  estivesse deslizando cada vez mais para longe dela. O trabalho vinha em primeiro lugar, e ela em segundo, terceiro ou sabe lá Deus qual colocação dentro da lista de prioridades do marido.

O livro lançado pela editora Leya tem uma capa muito bonita, e a história me atraiu em um primeiro momento, porque eu gosto quando o casal já está junto no começo do livro, com um casamento com problemas. Por isso acabei começando por esse. A história é bem escrita e mostra um casal que se ama, mas que problemas com trabalho de Tate acaba afastando o casal. Gostei de como a autora usou um problema tão realista para criar a trama principal da história.

E então as palavras seguintes de Chessy o deixaram congelado e em pânico, como se estivesse a ponto de ser atropelado por um trem de carga. Ela ergueu a cabeça ea vida tinha desaparecido de seus olhos, que pareciam embaçados, derrotados, como se Chessy tivesse ido além de suas forças numa luta que ele nem sequer sabia que vinha sendo travada. Lágrimas quentes e grossas brotavam dos cantos dos olhos dela. Sua mandíbula travada como ferro permitiu a saída de apenas algumas palavrinhas lançadas como dardos no coração de Tate.- Eu não quero mais, Tate. Eu não aguento mais isso.

Sobre os personagens, gostei de como apesar de usar do pensamento BDSM, por causa da situação toda, vemos uma inversão de papéis, quando Tate percebe o risco de perder a esposa e decide lutar por ela. E de como a Chessy assume uma postura firme, apesar de sofrer com tudo. Para quem não está familiarizado com a temática BDSM, pode estranhar um pouco, porque a autora não se preocupa em detalhar o conceito de tudo. Talvez seja algo que ela tenha se aprofundado nos outros livros. Mas posso dizer, que tudo o que acontece no livro é bem leve em termos do gênero. Tem várias cenas quentes, detalhadas e bem escritas. Mas a autora não abusa da questão de submissa/dominador, ou da utilização da dor como prazer. Então o leitor não precisa se preocupar com sua sensibilidade.

- Eu te amo - disse Tate, beijando-a na boca. - Sempre vou te amar, Chessy. Preciso que você acredite em mim.- Eu também te amo - suspirou ela.Então, Chessy fechou os olhos. Seu corpo estava tão tenso que parecia prestes a ruir. As palavras dele, misturadas com as profundas estocadas, a desnorteavam.

Gostei do casal principal. Apesar de parecer calma, doce e até mesmo submissa, Chessy reage quando precisa e sabe ser bem racional e de temperamento forte. Tate tem aquele ar de dominador, protetor, mas mostra um lado todo romântico e dependente no decorrer do livro. O que ajuda a equilibrar as coisas. Sobre os personagens secundários, fiquei com vontade de ler os outros livros da séries, que mostraram ter histórias bem interessantes, pelo pouco que pude ver. Devoção é um livro hot bem gostoso de ler, com uma mistura equilibrada entre drama, romance e sexo, que vai conquistar os leitores.

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Resenha: "Os Números do Amor" (Helen Hoang)

Tradução de Alexandre Boide

Atenção: este livro possui conteúdo adulto. Não é recomendado para menores de 18 anos.

Por Stephanie: Os Números do Amor é o livro de estreia da autora Helen Hoang e conta a história de Stella, uma jovem de 30 anos que é bem sucedida em sua carreira, tem uma família estruturada e precisa conviver diariamente com seu diagnóstico, já que ela se encontra dentro do espectro autista. Sua dificuldade de estabelecer relações em geral faz com que ela ainda seja solteira e não tenha muito sucesso no amor. A pressão de sua mãe para que Stella arrume um namorado a faz tomar uma decisão drástica: contratar um garoto de programa para ajudá-la a ser uma boa namorada e adquirir experiência sexual. É então que ela conhece Michael, um acompanhante profissional que é a promessa de que seus problemas de relacionamento finalmente irão acabar. Mas será que as coisas são assim tão simples?

Você pode imaginar que essa história é semelhante a algo que já viu por aí, e é mesmo Helen Hoang se inspirou em Uma Linda Mulher para escrever sua história, porque sempre achou interessante a ideia de trocar os gêneros em uma situação como a do filme. Como a autora também foi diagnosticada com autismo, ela utilizou suas próprias experiências para criar Stella e deixar a personagem mais verossímil, o que na minha opinião funcionou muito bem.

Eu acho que não tenho muito o que falar sobre o enredo; qualquer pessoa que tenha lido ou assistido a uma comédia romântica pode imaginar como o desenrolar da história se dá. O que acredito valer a pena de ser mencionado são os fatores que tornam essa obra um pouco “fora da curva”, como a abordagem da cultura vietnamita e o detalhamento sobre os hábitos e características de uma pessoa diagnosticada com TEA, que não é só aquilo que imaginamos ou ouvimos falar. Stella tem aspectos de sua personalidade que são únicos, por mais que ela possua uma condição compartilhada com outros indivíduos. E eu gostei muito de compreender a individualidade dela.
Ela tinha uma síndrome, mas a síndrome não era aquilo que a definia. Ela era Stella. Um indivíduo único.
Outro aspecto muitíssimo importante da obra é a discussão sobre respeito e consentimento. Michael, mesmo sendo experiente em relação ao sexo, trata Stella de forma respeitosa, considerando suas limitações e sempre aguardando o momento em que ela se sinta para qualquer coisa: desde um toque, um abraço, até outras interações mais íntimas.

Por falar em intimidade, achei as cenas adultas bem inseridas, sem forçar. Há apenas um momento bem desnecessário, que parece ter sido esquecido no meio do livro sem querer. Mas todas as outras cenas são românticas e sensuais, sem exagero. Isso vindo de uma pessoa que não lê livros eróticos, ou seja, pode confiar que aqui não tem nada explícito demais ou tão absurdo que chegue a ser cômico.
(...) Para ela, Michael era como sorvete de menta com gotas de chocolate. Até podia experimentar outros sabores, mas ele sempre seria seu favorito.
O desenvolvimento do relacionamento entre Stella e Michael é muito bacana de acompanhar. Vemos a resistência de ambos em se entregar ao sentimento, e como a vida de cada um tem suas peculiaridades. Adorei a família de Michael e a relação dele com a mãe; ele é um mocinho quase perfeito e nada machista ou babaca, que é algo difícil de encontrar em livros desse tipo.

Tenho apenas algumas ressalvas que acho que valem a pena serem citadas. Primeiro, o livro tem algumas cenas e passagens um pouco machistas, e apesar de não ser o tom da obra como um todo, me incomodaram nas vezes em que aconteceram. Outra coisa que não curti muito foi o fato de Stella não ter amigos. Eu entendo que para uma pessoa com TEA, é bem mais difícil fazer amizades, mas poderia ser alguém da família ou alguma pessoa de um grupo de apoio ou algo do tipo… Não sei, pode ser algo bobo mas ficou meio inverossímil, pra mim.

No geral eu recomendo muito a leitura. Os Números do Amor tem uma escrita super fluida, com passagens engraçadas, românticas, sexys e emocionantes. O final é um pouco corrido e as coisas são resolvidas um pouco rápido demais mas, mesmo assim, eu adorei esse livro!

Obs.: Ano que vem um segundo livro será lançado, mas não é uma continuação, e sim, uma nova história com outros personagens.

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

[Cineclube]: 22 Milhas






Cineclube é uma coluna semanal que tem como objetivo trazer para os leitores do Dear Book, críticas sobre filmes (do retrô até os últimos lançamentos), além de alguns especiais sobre temas do universo cinematográfico, passando eventualmente pelas séries que tocam nossos corações (seja por amor ou total aversão mesmo). Qualquer assunto da sétima arte que mereça ser discutido você vai ver por aqui, no Cineclube.




Titulo: 22 Milhas
Data de lançamento (Brasil): 20 de setembro de 2018
Diretor: Peter Berg
Elenco principal: Mark Wahlberg, Lauren Cohan, Iko Uwais, Ronda Rousey, John Malkovich, Emily Skeggs, Terry Kinney e Poorna Jagannathan
Gênero: Ação, suspense.

Depois de ser auxiliado por uma unidade de comando tático ultrassecreta, um agente da CIA (Mark Wahlberg) tem que transportar um informante da Indonésia do centro da cidade para refúgio em um aeroporto a 22 milhas de distância.


22 Milhas é um filme de ação, sobre um grupo de agentes secretos, que precisam transportar um informante para fora do país, para evitar a criação de uma bomba que pode causar muita destruição. Não parece um roteiro inovador, e realmente não é, mas o filme consegue prender o telespectador o tempo todo a tela. As cenas de ação são bem feitas, com um mega destaque para as cenas de luta com o ator Iko Uwais, que ficaram muito boas, e para mim, foram o ponto alto do filme.


Mark Wahlberg ficou mais com as cenas envolvendo tiros e explosões. Seu personagem, um homem sempre irritado, nervoso, mas incrivelmente de sangue frio, é um personagem interessante, talvez um pouco forçado, mas que é responsável por contar o filme, e dar o tom. Os outros personagens também retratados de forma superficial, mas isso é um costume dos filmes de ação.


Como falei, achei as cenas de ações bem legais, e o filme segue um ritmo bem dinâmico e eletrizante. O roteiro cria uma surpresa no final, que pode surpreender muita gente, mas que também não foi tão bem feito assim, deixando muitas pistas pelo caminho. Mas quando o filme termina, o telespectador fica com a sensação de satisfação, então fica claro que o filme cumpre o papel que se predispôs, com muito tiro, lutas e explosões. Do jeito que os fãs de ação gostam.






Jayne Cordeiro é de Salvador-Bahia, e tem 26 anos. Enfermeira, com pós graduação em auditoria, sempre foi apaixonada por livros e filmes, e entrou no universo dos blogs em 2015, ao se tornar resenhista literária da página Maravilhosas Descobertas. Além disso, hoje ela também participa do blog O Clube da Meia Noite, como resenhista literária e esporadicamente na crítica de filmes. E agora faz parte do blog Dear Book com a nova coluna sobre filmes, Cineclube.

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Até o próximo Cineclube!
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Ana Liberato