segunda-feira, 19 de março de 2018

Resenha: "Os Criadores de Coincidências" (Yoav Blum)

Tradução: Fal Azevedo

Sinopse: E se o trem que você perdeu, o café que derrubou, o bilhete que encontrou não forem eventos aleatórios? E se o destino do mundo estiver sendo manipulado por pessoas especializadas em criar acasos?
Neste romance best-seller do israelense Yoav Blum, o destino é o protagonista – mas ele não depende de sorte ou intervenção divina.
Emily, Eric e Guy trabalham numa espécie sobrenatural de organização secreta há alguns anos. Eles estudaram disciplinas como interferências em sonhos, distribuição de sorte e como ser amigos imaginários, até se tornarem criadores de coincidências. Agora, de tempos em tempos, recebem complexas missões a serem executadas. Seu trabalho é permanecer na área cinzenta entre destino e livre arbítrio, onde eles criam situações que criam situações que criam mais situações que darão origem a pensamentos e decisões, gerando os mais diversos resultados: o encontro de almas gêmeas, invenções que podem mudar o mundo, a inspiração que dará origem a obras-primas.
Mas, quando Guy recebe uma missão especial, que vai além daquilo que ele acredita poder fazer, as coisas começam a se mover de forma a mudar tudo o que os criadores de coincidências entendem sobre a vida e a verdadeira natureza do amor.
Um thriller improvável sobre os operários invisíveis que mantêm girando as engrenagens do acaso.

Fonte: Skoob

Por Eliel: Uma narrativa leve dessas que em uma tarde chuvosa com um bom café pode ser devorada em um fôlego só. Aparentemente, é apenas uma coletânea de pequenas histórias de coincidências cotidianas onde o fio que as liga é um desses funcionários sobrenaturais dessa organização secreta que arquiteta todas essas pequenas brincadeiras do destino.

Entretanto, além de um romance bem arquitetado é um thriller surpreendente. Se você gosta de plot twist, aqui vai encontrar uma enxurrada deles. Quando estiver entendendo a narrativa ela vai se virar e mostrar que ainda tem muito para entender, e assim vai até os últimos 4 primeiros capítulos (só vai entender quem ler).

Uma coisa que me incomodou foi que algumas histórias ficam sem final para o leitor. Mas, esse incomodo logo passou ao entender que esse livro não é sobre essas histórias e assim como na vida real não sabemos o final de um encontro de um casal na mesa do lado, será que viveram felizes? Será que aquele foi o último encontro? Isso na verdade não nos interessa, afinal a narrativa que ansiamos em desvendar é a nossa própria.

Guy, Emily e Eric são nossos protagonistas, é neles que temos que prestar a atenção. Eles se formaram juntos na turma de Criadores de Coincidências e se tornaram amigos inseparáveis. Todos são muito eficientes no que fazem.

Emily tem uma paixão platônica por Guy, e ele é apegado a um amor antigo por Cassandra, uma mulher que ele conheceu quando trabalhava como amigo imaginário de um menino. Desde o primeiro momento, Guy e Cassandra tiveram uma ligação que iria além de suas próprias existências. Emily sabia que jamais haveria lugar para ela no coração de Guy.

- Então o que eles dizem parece ser verdade. Quando a pessoa certa está ao seu lado, você tem uma sensação de pertencimento, onde quer que esteja.

Com um ritmo frenético somos apresentados a questões de cunho filosófico sobre questionamentos comuns da humanidade. A leitura pode até ser rápida, mas o efeito que ela causa pode ser comparado ao Efeito Borboleta (parte da Teoria do Caos), onde o simples bater de asas de uma borboleta em uma parte do planeta poderia causar um furacão do outro lado dele.

A estrutura organizacional dessa "empresa" é abalada quando Guy recebe uma missão que ele tem certeza que não poderá cumprir. Somente quando o envelope passa por baixo da sua porta com as instruções para o seu próximo trabalho é que sentimos que a aventura realmente começa (e não para).

Um romance bem original, envolto em mistério que vai fazer você querer que todos leiam para poder discutir um milhão de teorias na mesa do bar, no café ou onde o destino te levar. Após ler esse livro as coincidências não vão te parecer apenas o que parecem ser.

P.S.: Estou tentando digerir o final até agora, sensacional.


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comentários

  1. Pelo que eu entendi este livro é como estar naquele ônibus lotado, ouvindo a conversa do casal sentado no banco da frente e daí o teu ponto de descer chega e você tem que ir embora, sem saber o final do que eles falavam!rs
    Adorei!
    Afinal, não é assim com a gente todos os dias? Sem saber o final da maioria das coisas?
    Vai pra lista de desejados com certeza.
    Beijo

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Ana Liberato