sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Resenha: "Amores eternos de um dia" (Michele Contel)


Sinopse: Você sabe identificar os diversos tipos de boy lixo? E como lidar com eles? Existe reciprocidade no mundo virtual? E como fica o amor em tempos de likes?
Em Amores eternos de um dia, jogando a real sobre aplicativos e relacionamentos efêmeros, primeiro livro da jornalista Michele Contel.

São abordados os mais diversos temas atuais em relação aos relacionamentos virtuais, em como a tecnologia revolucionou e aproximou pessoas de diferentes regiões e até países apenas com um clique. Da mesma forma que isso possibilita uma imensa interação com qualquer pessoa  usuária de aplicativos sociais,isso também interfere na durabilidade dos relacionamentos amorosos.

Onde o "romance casual" prevalece e,a possibilidade de um relacionamento amoroso recíproco é quase inexistente. Michele Contel abre o coração nesse livro que retrata de forma franca e sutil o amor na realidade virtual em que vivemos hoje.

Por Estéfani Mates: Oi gente! Estreando por aqui, venho trazer a vocês a resenha desse livro cativante, que fala sobre as relações no mundo moderno. O livro Amores eternos de um dia traz que, atualmente, com os variados aplicativos de redes sociais, as relações foram se tornando efêmeras e sem muita profundidade. 

De ambos os lados os chamados "joguinhos", têm ganhado espaço onde quem demonstrar menos interesse na relação vence. Pois, muitos acreditam que estes aplicativos possibilitam encontrar várias pessoas e se, não der certo terá mais opções de conhecer a "pessoa certa ". 


A  autora Michele Contel também irá falar sobre muitas experiências suas e de algumas amigas que já vivenciaram as desventuras em busca do amor nas redes sociais, e em como isso também às fizeram ter experiências maravilhosas e inspiradoras ao longo dos anos. 

Como tudo na vida, muito pode ser levado como aprendizado, e isto não significa que você está errado por se permitir aproveitar o momento e usufruir da tecnologia a seu favor, conhecer pessoas, lugares e culturas novas ou até mesmo não estar afim dessa interação virtual, por achar que não é a melhor maneira de começar um relacionamento sério.

Na realidade, Michele nos fará perceber que neste quesito,  é tudo uma questão de opinião e bom senso. E toda interatividade é bem vinda, se usada com o intuito de promover bem estar seja em nossas relações de amizade,amorosas e familiares. 

Acredito que o propósito do livro é provar que nem tudo precisa ser efêmero, passageiro, nem tudo na internet e nos aplicativos das redes sociais tem malefícios e que, podemos sim, tirar ótimas experiências no convívio social virtual levando-as para a vida real. Recomendo!



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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

[Cineclube]: A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata





Cineclube é uma coluna semanal que tem como objetivo trazer para os leitores do Dear Book, críticas sobre filmes (do retrô até os últimos lançamentos), além de alguns especiais sobre temas do universo cinematográfico, passando eventualmente pelas séries que tocam nossos corações (seja por amor ou total aversão mesmo). Qualquer assunto da sétima arte que mereça ser discutido você vai ver por aqui, no Cineclube.





Titulo: A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata
Data de lançamento (Brasil): 10 de agosto de 2018
Diretor: Mike Newell
Elenco principal: Lily James, Michiel Huisman, Matthew Goode, Jessica Brown Findlay, Tom Courtenay, Penelope Wilton, Katherine Parkinson e Glen Powell
Gênero: Drama, Romance


Juliet Ashton (Lily James) é uma escritora na Londres de 1946 que decide visitar Guernsey, uma das Ilhas do Canal invadidas pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, depois que ela recebe uma carta de um fazendeiro contando sobre como um clube do livro local foi fundado durante a guerra. Lá ela constrói profundos relacionamentos com os moradores da ilha e decide escrever um livro sobre as experiências deles na guerra.


Este filme com um nome bastante peculiar é um dos filmes originais e recentes da Netflix e que trás suma história bem interessante. Para os amantes da leitura, ele tem um gostinho bem especial, porque há várias referências a clássicos literários, além da mensagem legal que o filme trás, sobre como os livros podem mudar a vida das pessoas, e uni-las nos momentos difíceis. E uma das coisas que mais me atraíram nesse filme, é o fato de ele se passar durante e logo após a 2ª Guerra.


Assim temos um momento histórico bem interessante e que pode ser bem aproveitado. É daí que o roteiro puxa toda a sua carga dramática, mostrando como a invasão alemã mudou a vida dessas pessoas e como influenciaram suas atitudes. A história é simples, mas contada de forma doce e com uma dose de mistério, já que nenhuma informação é dada de qualquer forma ou espontaneamente. Os cenários que retratam a ilha são espetaculares, e o figurino e detalhes foram colocados de forma bem condizente com a época.


Lily James (atriz que sou apaixonada) está um verdadeiro doce nessa história, como uma autora que ainda guarda sequelas emocionais dos tempos de guerra e parece não se adaptar facilmente ao fim dela. Conhecer esta Sociedade é fundamental para que ela consiga lidar com os seus sentimentos e descubra quem ela quer ser ou onde estar. O elenco também trás outros poucos nomes conhecidos como Michiel Huisman (que já vi milhares de vezes em A Incrível História de Adeline) e Matthew Goode ( da série Downton Abbey), que estiverem bem em seus papeis.


O filme A Sociedade Literária é um filme interessante e atraente de se assistir, principalmente se você gosta de filmes baseados em momentos históricos, com um elenco carismático e a dosagem certa de drama e romance. É uma boa opção para quer assistir algo bem feito e realista, e ainda fantasiar um pouco. Vale a pena dar uma chance a esse filme.







Jayne Cordeiro é de Salvador-Bahia, e tem 26 anos. Enfermeira, com pós graduação em auditoria, sempre foi apaixonada por livros e filmes, e entrou no universo dos blogs em 2015, ao se tornar resenhista literária da página Maravilhosas Descobertas. Além disso, hoje ela também participa do blog O Clube da Meia Noite, como resenhista literária e esporadicamente na crítica de filmes. E agora faz parte do blog Dear Book com a nova coluna sobre filmes, Cineclube.

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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Resenha: "Save the Date - O casamento de Lizzie e Darcy" (Natalia Oliveira)



Sinopse: Lizzie – como a Lizzie Benett, aquela, de Orgulho e Preconceito, afinal seus pais são fãs de literatura inglesa –passou por maus bocados em seu relacionamento anterior, mas atualmente está de casamento marcado com um homem tão lindo quanto o Clark Kent. 



Enquanto todos se divertem e se apaixonam ao conhecerem sua história de amor por meio de seu blog de casamento, seu relacionamento passa por uma crise que ninguém poderia imaginar. Afinal, como um casal tão perfeito poderia estar prestes a se separar?

Venha conhecer a história de amor e superação de uma protagonista tão atrapalhada e divertida, que te fará lembrar sua melhor amiga. Venha se apaixonar pelo nerd mais bonitão que você já imaginou. 

Venha participar do casamento do ano.


Por Jayne Cordeiro: Save the Date me atraiu por dois motivos, quando procurava algo para ler na Amazon: primeiro, ele tinha uma capa muito bonito e doce, que na verdade foi perfeita para retratar o jeito da história. E o segundo motivo foi a referência a Elizabeth Bennet e a Darcy no título, que para quem não sabe são o casal principal no clássico livro de Jane Austen, Orgulho e Preconceito. Save the Date é sobre esse casal icônico? Não necessariamente, mas faz uma boa referência a eles, já que nosso casal principal recebeu esses nomes de suas famílias exatamente por isso.

Ah, sim, meu pai é professor de literatura inglesa e minha mãe é louca por Austen e Brontë, sendo assim, eu e meus irmãos temos nomes de personagens de romances. Meu irmão, Frederico, por causa de Persuasão, eu, por causa de Orgulho e Preconceito, e minha irmão caçula, Katherine, por causa de Morro dos Ventos Uivantes.

Ao contrário da maioria das histórias de romances que focam em mostrar como o casal se conhece e enfrentam obstáculos para chegar ao "felizes para sempre" (normalmente envolvendo um noivado ou casamento), este livro decide inovar e mostrar nossos casal já vivendo esse grande final, onde falta pouco meses de organização para que o  dia do casamento deles chegue. Assim, acompanhamos os preparativos e como o casal lida com toda a pressão, mas também conhecemos seu passado, de uma forma bem divertida e única: através dos próprios noivos, que contam sua experiências em um blog de casamento, para seus futuros convidados.

- Então, sabe...é que você está atrasada para a reunião com a equipe de vendas.
- Merda, merda, merda! - Praguejei ao telefone enquanto corria para a porta. - D., eu esqueci, a Jessica está aí, pede para ela começar, que eu estou indo. Estou che...merda, merda, merdaaaa!!
- Lizzie, o que foi agora?! - grunhiu D. já em sua função chefe do outro lado da linha.
- Eu preciso tirar o vestido de noiva primeiro!

Save the Date é um livro que consegue ser bem inovador no jeito como conta a história, mas que ainda trás aquela fôrma da comédia romântica, cheia de momentos doces, e alguns problemas para que o casal fique junto. Mostrando que o final feliz é algo que a gente busca e conquista todos os dias. Adorei os personagens, principalmente a Lizzie, que é uma mulher profissional, esforçada, mas com seu jeito romântico e desastrado. Darcy é um sonho, com seu jeito nerd, e apaixonado, que conquista a todas as leitores rapidamente.

Eu não sei onde estarei daqui mais cinco anos, mas tenho certeza que quero estar dormindo exatamente com a mesma mulher em meu braços.

A leitura do livro é gostosa, simples, e bem escrita. Recebemos exatamente o que a sinopse e a capa prometem, e adoro o fato de que tudo foi tão fiel. Para quem gosta de romance, com uma pitada de diversão, contando pelos próprios mocinhos, com certeza vai se surpreender e adorar esse livro sobre a busca pelo Grande Dia. Espero que vocês deem uma chance a autora e seu livro, e curtam essa aventura. Abraços!







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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Resenha: "Corações na Atlântida" (Stephen King)

Por Sheila: Oi pessoas! Como vocês estão? esse mês de setembro foi dedicado à leitura e resenhas do King, o rei do meu coração 💖. Há tempos eu vinha querendo ler Corações na Atlântida, mas esse é um daqueles livros raros, difíceis de encontrar.

Tenho resolvido esses problemas desde que comprei meu kindle, e lendo livros que estavam em "lista de espera" há muito tempo. Tanto tempo, que eu confesso que até já havia esquecido por que havia adicionado esse liro à minha lista de leitura com tanto entusiasmo.

Assim foi com uma grata surpresa e alegria imensas que descobri que este livro contém alguns easter eggs da saga A Torre Negra! São cinco contos, dois mais longos e três curtos, tendo personagens que se entrelaçam em todas as histórias.

Como não achei nenhuma versão em português, vou colocar o título dos contos e falar um pouquinho sobre eles, e juro que vou tentar dar o mínimo possível de spoilers!


No primeiro dos contos, Low Men in Yellow Coats, vamos conhecer o jovem Bobby Garfield e sua mãe Nora. A relação dos dois parece seguir um fluxo constante de críticas e palavras amargas, ficando claro que talvez a mãe de Bobby o veja como um peso, um fardo deixado por seu marido falecido. 

De maneira totalmente improvável e inesperada, Bobby acaba por se tornar amigo do velho Ted Brautigan, quando o mesmo se muda para o mesmo prédio onde ele a mãe moram. Ted, que percebe a animosidade da mãe de Bobby, precisa de ajuda. Como subterfugio, explica que precisa que Bobby leia os jornais para ele, mas na verdadeTed está fugindo de um grupo de seres que querem raptá-lo, os homens maus em casacos amarelos. 

Para quem acompanha a Torre, Ted é um Sapador, e os homen maus estão à srviço do Rei Rubro, e como uma fã de carteirinha, só por poder ter esse pequeno vislumbre da Torre esse se tornou meu conto favorito do livro!

O segundo conto, que intitula o livro, vai nos trazer  um grupo de estudantes que, em meio ao caos vivido pela guerra do Vietnã, refugiam-se em um jogo de cartas de forma alucinante, deixando de lado os estudos e ameaçando serem expulsos da universidade e ter de servir no exército. Nesse conto, vamos encontrar Carol Gerber, a melhor amiga de Bobby (isso mesmo, o do primeiro conto!), e presenciaremos sua quase relação com Peter Riley, o personagem principal.

Confesso que, de todos, esse foi o conto que menos gostei. Não senti empatia nenhuma pelos personagens (exceto a Carol, claro) o drama não me convenceu e o final ficou tipo meio "ahn???". Mas, claro, que se dependesse inteiramente da minha vontade,  Low Men in Yellow Coats teria sido um livro inteiro, melhor elaborado, e os outros contos nem existiriam.

Os contos que se seguem a esse são curtos: em Blind Willie, vamos encontrar um veterano de guerra que, em sua adolescência, ajudou a ameaçar Booby e espancar Carol. Além disso, serviu no exército com John Sullivan, ex-namorado de Carol. Nessa história, vamos acompanhar Willie pedindo esmolas e se fingindo de cego.

E por falar em John Sullivan, é ele o protagonista de  Why We're in Vietnam. John Sullivan é ex de Carol, amigo de infância de Bobby, lutou ao lado de Willie e de um dos colegas de faculdade de Peter Riley, aquele do jogo de copas. O drama aqui refere-se às alucinações de John com uma senhora vietnamita, bem como algum estresse pós traumático.

E fechando o ciclo em Heavenly Shades of Night are Falling, vamos reencontrar nosso querido, meigo e carinhoso Bobby Garfield, de volta a sua cidadezinha natal após quarenta anos de ausência, ele próprio tendo de encerrar alguns ciclos que ele imaginava que já houvessem se resolvido. Mas nem tudo pode ser curado somente com o tempo.

No geral, foi um livro que eu gostei muito mas, sinceramente, você pode ler somente o primeiro e último conto sem prejuízo nenhum à leitura. Recomendo!





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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

[Cineclube]: A Freira






Cineclube é uma coluna semanal que tem como objetivo trazer para os leitores do Dear Book, críticas sobre filmes (do retrô até os últimos lançamentos), além de alguns especiais sobre temas do universo cinematográfico, passando eventualmente pelas séries que tocam nossos corações (seja por amor ou total aversão mesmo). Qualquer assunto da sétima arte que mereça ser discutido você vai ver por aqui, no Cineclube.





Titulo: A Freira
Data de lançamento (Brasil): 06 de setembro de 2018
Diretor: Corin Hardy
Elenco principal: Taissa Farmiga, Demian Bichir, Jonas Bloquet, Bonnie Aarons, Charlotte Hope, August Maturo, Michael Smiley, David Horovitch
Gênero: Terror

Presa em um convento na Romênia, uma freira comete suicídio. Para investigar o caso, o Vaticano envia um padre atormentado e uma noviça prestes a se tornar freira. Arriscando suas vidas, a fé e até suas almas, os dois descobrem um segredo profano e se confrontam com uma força do mal que toma a forma de uma freira demoníaca e transforma o convento num campo de batalha.



A Freira é um filme de terror que faz parte do universo de Invocação do Mal, uma franquia de filmes de terror que se tornou uma das de maior sucesso do cinema. Este filme pode ser visto sem que o telespectador tenha assistido nenhum dos outros filmes, mas pode ter certeza que muitos dos que vão até o cinema, já assistiram a série, e estavam ansiosos para ver o filme sobre esta aparição que conseguiu aterrorizar muita gente, no tempo que apareceu em Invocação do Mal 2.



Para mim, Invocação do Mal é uma franquia que só tem melhorado a cada filme lançado. A Freira consegue cumprir seu papel no gênero de terror, com uma trilha sonora que participa muito em causar a sensação de tensão que se espera. O filme utiliza de um cenário com aparência antiga e sombria, para criar o ambiente perfeito para a história. Utilizar um castelo no meio do nada, foi uma ótima ideia. Percebe-se que os detalhes foram pensados com muito cuidado, para trazer a melhor experiência possível.



Valak (a entidade do filme) é a personagem mais assustadora, visualmente, que eu já tive que encarar em uma tela. Sem muito efeito especial, e utilizam uma imagem que já me incomoda um pouco (freira), eles conseguem criar um personagem que associado ao ambiente, fica bem assustador. Por isso, tinha que ser feito o spin-off com ela. E não decepcionaram.



Sobre a história e elenco. O enredo é interessante, e tiveram o cuidado de relacionar o filme com os outro da série, o que é muito legal. Fora isso, a história consegue ser bem contruida e explicar um pouco  a origem de Valak. Sobre o elenco, não há nada de excepcional ali, mas gostei de ver a Taissa Farmiga no papel da noviça (atriz conhecida da série American Horror Story e irmã da atriz Vera Farmiga).



A Freira é um ótimo filme de terror que vai assustar os mais sensíveis, e entreter aqueles que se assustam com pouca coisa. É um exemplo de como a série Invocação do Mal pode continuar se inovando e assustando o público. Agora é só vocês irem conferir nos cinemas! Abraços.









Jayne Cordeiro é de Salvador-Bahia, e tem 26 anos. Enfermeira, com pós graduação em auditoria, sempre foi apaixonada por livros e filmes, e entrou no universo dos blogs em 2015, ao se tornar resenhista literária da página Maravilhosas Descobertas. Além disso, hoje ela também participa do blog O Clube da Meia Noite, como resenhista literária e esporadicamente na crítica de filmes. E agora faz parte do blog Dear Book com a nova coluna sobre filmes, Cineclube.


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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Resenha: "Acesso aos bastidores" ( Olívia Cunning)

Tradução: Juliana Romeiro


Por Ili Bandeira: Esse foi um livro muito, muito difícil de terminar de ser lido e, mais ainda, de ser resenhado. A proposta era interessante, mas infelizmente devo confessar que esse livro foi simplesmente a maior decepção do ano de 2018. Os personagens não me agradaram, muita cena de sexo logo nas primeiras páginas. 


Acesso aos bastidores é o primeiro livro da série The Sinners on Tour, da autora Olívia Cunning e, já adianto, não teremos resenha da série pois dificilmente conseguiria voltar a lê-los.

Myrna é professora de psicologia com especialidade em sexualidade humana que está numa conferência a trabalho. A princípio, a experiência toda se mostra uma grande frustração para Myrna, que gostaria de estar em qualquer outro lugar.


Uma pilha de panfletos da pasta de Myrna caiu no carpete florido. Logo agora! Na pressa de sair da sala de aula, tinha se esquecido de fe‑ char o zíper. Com um suspiro exasperado, ela se abaixou para catar os papéis. 
Será que o dia poderia ficar ainda pior? Do outro lado do saguão, perto dos elevadores, ouvia-se um coro de “vira, vira, vira” e uma gritaria animada. Pelo visto, alguém estava se divertindo aquela noite. Com certeza não era ela. Myrna enfiou os panfletos na pasta, fechou o zíper e atravessou o saguão ostensivo do hotel a caminho de seu quarto, no sexto andar. Só precisava de um banho quente e demorado. Não tinha ideia de como caíra na conversa do chefe do departamento e aceitara participar daquela conferência idiota. 

Assim, é uma grata surpresa para ela descobrir que no hotel em que ela está hospedada a banda da qual é super fã está confraternizando, claro que ela nem pensa duas vezes e vai conversar um pouco.


Um dos homens virou o rosto para coçar o queixo no ombro. Apesar dos óculos espelhados, Myrna reconheceu imediatamente o vocalista Sedric Lionheart. Seu coração acelerou alguns compassos. Era o Sinners. “Estou tão mamado!”, exclamou Brian. Ele saiu da mesa e caiu no colo de dois amigos, derrubando vários copos vazios de cerveja. Os dois o deixaram se espatifar no chão sem qualquer cerimônia. Myrna riu pelo nariz e olhou ao redor para ter certeza de que nin‑ guém a vira fazer um barulho tão deselegante. Tinha que falar com eles. Poderia fingir que queria se apresentar por causa da palestra. Na verdade, amava o som dos caras. E eles não eram de se jogar fora. A definição exata do seu tipo. Loucos. Isso mesmo. Exatamente o que ela precisava de‑ pois daquele dia

Todos os caras da banda se interessam por ela, mas ela só tem olhos para o guitarrista gato, Brian Sinclair. Cerveja vai e vem, ela o convida para ir ao seu quarto na cara de pau. Sim querido leitor, você leu certo. Eles tem uma noite de muito sexo selvagem com palavras chulas.

Sim, o livro é basicamente é isso. Sexo. Sexo. Sexo. 

Myma é uma mulher que tem muito fogo (e esse fogo não se apaga nunca). Já o Brian é um fofo e super apaixonado.

Uma certa cena de sexo que eles vivenciam me incomodou, me surpreendeu, realmente não imaginava que pudesse acontecer algo do tipo, nem nos meus pensamentos mais loucos. Não irei falar para não soltar spoiler. 

O livro para mim foi um porre sem fim, a autora tinha tudo para escrever uma história muito boa, mas acabou exagerando muito no sexo, só temos isso no livro. O final foi muito chato e previsível. Infelizmente não recomendo :(.






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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Resenha: "Laços de Amor" (Josiane Veiga)



Sinopse: Ele era um homem cruel...

Alex Grassi estava a um passo da presidência na Rozzi Empreendimentos quando seu caminho cruzou com uma jovem inocente e solitária que lhe despertou diversas emoções. 
Contudo, no auge de sua carreira, ele não tinha tempo para viver um amor avassalador como aquele. 
Alex tinha seus demônios e a segurança profissional se mostrou mais importante que a presença que parecia acalentar sua alma.

E ela sofreu por isso...
Liliana dos Santos tinha um histórico de rejeição que nunca a abandonou. Deixada ainda bebê em um orfanato, excluída até mesmo do convívio com as outras crianças por conta da dislexia, ela se tornou uma adulta insegura e medrosa até seu caminho cruzar com Alex.
Ele parecia o homem perfeito. Forte e seguro. E ela escondeu-se atrás de sua personalidade intensa. Todavia, quando se descobriu grávida, percebeu que precisava lutar sozinha.
Liliana soube, assim, que havia uma força imensurável em sua alma feminina. Ser mãe lhe deu coragem de lutar contra tudo e todos pelo seu bebê. E isso incluía Alex.


Por Jayne Cordeiro: Este romance nacional, escrito pela autora Josiane Veiga, trás uma protagonista bem interessante e fora dos padrões normais. Liliana é uma mulher pobre (até aí normal), faxineira, que viveu em um orfanato a vida inteira, onde foi molestada e ainda por cima nunca aprendeu a ler por causa de sua dislexia. Mas a pesar de tudo isso, e de sua inocência sobre a vida, ela se mostra uma mulher doce e direita, que acaba se envolvendo com um homem completamente diferente do mundo dela. 

Assim, ela entendeu que jamais devia abrir o coração novamente. Amar era enfraquecer suas defesas. E quando vinha a decepção, o sofrimento era tão inesgotável que não valia os poucos momentos felizes que viveu ao seu lado.

Para mim, ela foi uma protagonista bem especial, por não se deixar abater pelos problemas da vida, e mostrar depois, quando reencontra Alex, uma força única. Alex é um personagem que gostei e não gostei ao mesmo tempo, porque ele podia ser romântico (porque ele realmente teve sentimentos por ela), mas também acabava sendo muito esnobe e preconceituoso as vezes. Mas é claro, que ele amadurece muito em relação a esses pensamentos, e isso é legal de acompanhar.

- Saía daqui - ordenou, a voz franca e direta.
- Eu soube que deu à luz.
- Não graças a você - ela despejou.
E ele sentiu a mágoa crescente, enorme, envolta entre eles.

A história de Laços de Amor está rodeada de alguns clichês, mas eu particularmente adoro clichês, então a mim não incomodou em nada. A história é bem escrita, prendendo o leitor, e o livro é curto e dinâmico. A leitura é fácil e bem rápida, e ótima para aquele fim de noite, em que você quer uma leitura boa para relaxar. É uma boa opção para quem gosta de um romance simples. 


- Hoje vamos fazer amor - ele afirmou. - E nunca mais em sua mente vai se recordar das coisas ruins. Quando pensar em sexo, sempre se lembrará de nós dois, nessa cama, entregando-se um ao outro, está bem?
Eles mal se conheciam. Mesmo assim, Liliana confiou inteiramente naquele homem.





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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

[Cineclube]: Sierra Burgess É Uma Loser





Cineclube é uma coluna semanal que tem como objetivo trazer para os leitores do Dear Book, críticas sobre filmes (do retrô até os últimos lançamentos), além de alguns especiais sobre temas do universo cinematográfico, passando eventualmente pelas séries que tocam nossos corações (seja por amor ou total aversão mesmo). Qualquer assunto da sétima arte que mereça ser discutido você vai ver por aqui, no Cineclube.




Titulo: Sierra Burgess é uma loser
Data de lançamento (Brasil): 07 de setembro de 2018
Diretor: Ian Samuels
Elenco principal: Shannon Purser, Kristine Froseth, RJ Cyler, Noah Centineo, Loretta Devine, Lea Thompson, Alan Ruck, Mary Pat Gleason.
Gênero: Comédia, Romance.

Sierra (Shannon Purser) é uma adolescente inteligente, mas que não se encaixa exatamente nos padrões de beleza impostos no ensino médio. Quando um incidente de confusão de identidade resulta em um romance inexperado em sua vida, ela se vê precisando se juntar a garota mais popular da escola para poder ficar com o menino que gosta.



Sierra Burges é uma loser (termo usado para perdedora ou para definir um excluído/não popular da escola), é o mais novo lançamento da Netflix, e eles conseguiram novamente arrasar. O filme é uma comédia romântica juvenil, que não inova muito no roteiro, já que essa ideia de se passar por outra pessoa para se aproximar daquele carinha gato não é muita novidade, sem falar que sabemos que vai dar merda no final. Mas, o filme consegue trazer algumas coisas ao redor disso, que tornam o filme bem interessante, e um daqueles filmes que a gente se diverte assistindo.


Uma coisa que me chamou muito a atenção é a protagonista Sierra. Ela é muito bem resolvida no começo do filme. Não dando nenhuma bola para o bully que sofre de Verônica (garota popular), e ainda respondendo. Achei isso bem legal. Mas no fundo, ela também guarda muito insegurança, e o fato de se interessar por um garoto que acha que está conversando por mensagens com a Verônica, começa a fazer essa insegurança aparecer. Mas gosto como o filme, aproveita pra criar uma forma de a duas garotas se aproximarem e mostrarem que elas são mais do que aparência. Que ser bonita ou não, tem tantas qualidades quanto defeitos.



No geral a Netflix é ótima em escolher elencos juvenis para seus filmes e séries. Como casal principal nós temos a já conhecida Shannon Purser que ficou popular por seu papel em Stranger Things, e o recentemente conhecido, Noah Centineo, que já ganhou nossos corações em Para Todo os Garotos que Já Amei (lançamento de agosto da netflix). Posso dizer que se você já gostava dele lá, aqui você terminar de se apaixonar. Apesar de ser um atleta da escola, o personagem Jamey é bem diferente do que estamos acostumados a ver. Ele é bem normal, sendo inseguro, meio nerd e divertido, com amigo esquisitos. 



O filme tem um elenco legal, e uma história interessante. Além de toda essa parte amorosa, ele também trás de pano de fundo os questionamentos dos jovens e suas preocupações com a entrada para faculdade. Para quem gosta de comédias românticas, esse filme é sucesso garantido. Você vai se divertir, shippar o casal principal e também sentir vergonha alheia em alguns momento, do jeito que uma comédia romântica tem que ser. Sierra Burgess é uma loser é mais uma indicação para vocês. Aproveitem!











Jayne Cordeiro é de Salvador-Bahia, e tem 26 anos. Enfermeira, com pós graduação em auditoria, sempre foi apaixonada por livros e filmes, e entrou no universo dos blogs em 2015, ao se tornar resenhista literária da página Maravilhosas Descobertas. Além disso, hoje ela também participa do blog O Clube da Meia Noite, como resenhista literária e esporadicamente na crítica de filmes. E agora faz parte do blog Dear Book com a nova coluna sobre filmes, Cineclube.



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Ana Liberato