Cineclube é uma coluna semanal que tem como objetivo trazer para os leitores do Dear Book, críticas sobre filmes (do retrô até os últimos lançamentos), além de alguns especiais sobre temas do universo cinematográfico, passando eventualmente pelas séries que tocam nossos corações (seja por amor ou total aversão mesmo). Qualquer assunto da sétima arte que mereça ser discutido você vai ver por aqui, no Cineclube.
Titulo: A Primeira Noite de Crime
Data de lançamento (Brasil): 23 de agosto de 2018
Diretor: Gerard McMurray
Elenco principal: Y`lan Noel, Lex Scott Davis, Joivan Wade, Marisa Tomei, Luna Lauren Velez, Melonie Diaz, Steve Harris e Mitchell Edwards
Gênero: Suspense, Terror
Quando um novo partido político, o New Founding Fathers of America, ascende, é anunciado um novo experimento social. São 12 horas sem lei, em que o governo incentiva as pessoas a perderem toda e qualquer inibição. A participação não é obrigatória, mas como estímulo, 5.000 dólares é dado para quem fica na cidade, e mais prêmios para quem participa.
Lembro quando lançou o primeiro Uma Noite de Crime e achei a ideia muito boa. 12 horas para que todo fizessem o que quisessem sem se preocupar com a lei. Imaginei a loucura que seria, as atitudes de quem pode fazer qualquer coisa e daqueles que precisariam se esconder para não serem as vitimas. O primeiro filme foi muito bom, dando origem a uma franquia, que agora parece ter chegado ao máximo que poderia oferecer.
Este novo filme vem com a ideia (popular hoje em dia) de mostrar o inicio que levou aos acontecimentos dos filmes anteriores. Nesse caso, mostrar com surgiu o Expurgo. Por isso, o filme até trás umas informações novas, e interessantes, mas no geral, segue o mesmo modelo dos outros, o que torna tudo manjado a certo ponto. Para mim a série poderia ter ficado com apenas os dois primeiros filmes, mas vamos ver o que os produtores pretendem fazer no futuro.
Nos ponto positivos, o filme consegue trazer uma boa dose de violência, com mortes, tiros, e alguns personagens mais caricaturados (de forma sinistra) o que mantém a proposta dos filmes anteriores. Gostei de como eles escolheram como cenário uma comunidade mais pobre, mais exposta aos riscos do Expurgo, e trouxe um elenco mais negro para as telonas. Ele busca trazer uma mensagem interessante sobre a relação da pobreza e violência, mostrando como elas estão interligadas, mas que uma não define a outra.
O filme não é muito longo, e até consegue prender a atenção de quem gosta do gênero, mas talvez para quem já viu os outros filmes, seja mais difícil se fixar em uma obra que parece tanto igual as outras. De qualquer forma o filme foi bem feito, dentro de suas possibilidades, e serve como um bom entretenimento. Cabe a você, telespectador, decidir se vale a pena continuar assistindo a franquia.
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