sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Resenha: "O Elefante Desaparece" (Haruki Murakami)

Tradução: Lica Hashimoto

Sinopse: Com a mesma genialidade com que escreveu seus romances mais famosos, 1Q84ou Crônica do Pássaro de Corda, por exemplo, Haruki Murakami usa esta coletânea de contos para tomar o senso de normalidade de assalto. Um homem vê seu elefante favorito desaparecer, dois recém-casados sofrem de uma fome avassaladora que os faz roubar uma lanchonete no meio da noite, e uma jovem mulher descobre que a forma de se livrar de um pequeno monstrinho verde pode estar ligada a seus próprios pensamentos: esses são apenas alguns dos contos que integram essa seleção de dezessete histórias. Por vezes assustador, por vezes hilário, O elefante desaparece é mais uma prova da habilidade que Murakami tem de ultrapassar as fronteiras da realidade — e de voltar carregando um tesouro.


“Todos os contos se passam em universos paralelos não tão distantes da realidade, é quase como se eles sempre estivessem escondidos logo abaixo da superfície: ruelas secretas que oferecem uma perspectiva inesperada.” — The New York Times



“Encantador e intrigante. Todos os contos possuem características surreais e um tom moderno e espirituoso.” — The Wall Street Journal



“Essa coletânea consegue reunir as melhores características de um romance: um tom homogêneo e uma multiplicidade de detalhes que cria uma textura única para a escrita.” — The Independent

Fonte: Grupo Cia das Letras

Por Eliel: O título causa um estranhamento logo de cara. Isso é proposital, pois o estilo de Murakami é cheio repleto de surrealismo, abstracionismo beirando o absurdo deixando a obra aberta para interpretação e discussão. 

Os contos são ambientados principalmente no Japão e geralmente são pessoas comuns que trazem um ar solitário até melancólico. Parece até que conhecemos aquele vizinho ou aquela senhora que passa pela rua tamanha a habilidade do autor de nos envolver na narrativa.

Não existe um tema central que ligue os contos uns aos outros, por isso eles podem ser lidos em qualquer ordem. Murakami tem uma habilidade para distorcer a realidade usando de transtornos psicológicos, inércia, fantasia, entre outros. Ele faz isso de uma forma natural que você só se dá conta que atravessou o véu da realidade depois de estar bem longe na trama.

- Sei que soa estranho - ela admitiu. - Não é para menos. A história toda é bem esquisita.

Os contos podem parecer meio sem pé nem cabeça e Murakami tem o costume de não dar muitas explicações, mas o conceito é esse mesmo, provocativo e ousado. Esse autor vai mexer com seu psicológico (no bom sentido).

Hoje eu entendo que, em muitos casos, não se deve relatar a realidade das coisas. A realidade deve ser criada.

Meu conto favorito é Sono, nele acompanhamos o dia a dia de uma mulher que por alguma razão não sente mais sono e não se sente cansada. Por isso começa a refletir sobre sua vida, seu casamento  e as consequências na sua rotina por não dormir.

São 17 contos e o conto de abertura (O Pássaro de Corda e as Mulheres de Terça) é o primeiro capítulo de um dos seus livros (O Pássaro de Corda). O conto que fecha essa antologia é justamente o que dá título à esse livro. São contos de diversos tamanhos e ritmos, mas a leitura do livro em si é bem rápida. Gostei bastante da experiência e com certeza recomendo

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Ana Liberato