segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Resenha: "Antologia da Literatura Fantástica" (Casares, Borges e Ocampo)



TraduçãoJosely Vianna Baptista

Sinopse: Clássico absoluto da literatura em língua espanhola, este volume reúne 75 contos fantásticos de todos os tempos, de mestres do gênero como Edgar Allan Poe, H. G. Wells, Franz Kafka e Julio Cortázar, entre outros.
Numa noite de 1937, ao conversar sobre ficções fantásticas, três amigos ― Jorge Luis Borges, Adolfo Bioy Casares e Silvina Ocampo ― resolveram criar uma antologia com seus autores preferidos. Do filósofo Martin Buber ao explorador Richard Burton, passando pela tradição dos contos orientais, além de Cortázar, Kafka, Cocteau, Joyce, Wells e Rabelais, são 75 histórias ― não só contos, como fragmentos de romance e peças de teatro ― que nos apresentam uma literatura marcada pelo imaginário e por um modo diferente de representar a realidade. “A nossa sociedade ― global, multilinguística, imensamente irracional ― talvez só possa descrever a si mesma com a linguagem intuitiva da fantasia”, anota a escritora Ursula K. Le Guin no posfácio desta edição.

Por Jayne Cordeiro: A primeira edição desse livro é dos ano 40, e desde então já foi traduzido e publicado em diversos países, incluindo o Brasil. Este ano a editora Companhia das letras trouxe essa nova edição, em que a capa não é muito atraente, mas ganha pontos com a capa dura, e a diagramação interna que está bem trabalhada. Como o nome já diz, temos aqui uma antologia, um conjunto de histórias, contos, trechos e etc, mostrando a origem e as nuances mais importantes do gênero da literatura Fantástica.

Este compilado escolhido e traduzido para o espanhol pelos próprios autores traz histórias orientais, algumas escritas pelos autores do livro e também autores clássicos como Lewis Carroll, Kafka, Guy de Maupassant e Edgar Allan Poe. É presente histórias mais longas como também pequenos trechos de peças e outras histórias. 

Para quem tem interesse em conhecer partes do gênero fantástico através da escrita de diversos autores, como também a questão histórica, esta antologia é uma ótima opção. Não dei mais estrelas, muito mais por meu gosto pessoal, pois descobri recentemente que antologias não são a minha praia. Não consigo me apegar a um livro em que as histórias não estão diretamente relacionadas. Mas o livro ainda traz boas qualidades. 

É um tipo de livro para quem quer ler aos poucos, sem a necessidade de longos períodos de atenção ou que o leitor pode começar a ler de qualquer parte. Algumas histórias são mais simples que outras, a linguagem também vária, desde algo mais simples para uma linguagem mais rebuscada, o que pede mais esforço do leitor. Ainda assim, para quem quer se aprofundar no gênero, mais por um interesse acadêmico, acredito que esse seja o tipo de livro que procura.




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sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Resenha: "Uma Casa no fundo de um lago" (Josh Malerman)


 Tradução: Fabiana Colasanti

Sinopse: ames e Amelia têm dezessete anos. Em comum, além da idade, têm o fato de estarem um a fim do outro e de serem tomados pelo nervosismo quando James chama Amelia para sair. Mas tudo parece perfeito para um primeiro encontro: um passeio de canoa pelos lagos, levando um cooler cheio de sanduíches e cervejas.
À medida que se aprofundam na exploração, os dois chegam a um lago escondido e encontram algo impressionante debaixo d’água. Um lugar perigosamente mágico: uma casa de dois andares com tudo que tem direito — móveis, um jardim, uma piscina e uma porta da frente, que está aberta.
Enquanto, fascinados, vasculham o imóvel e tentam passar uma boa impressão para o outro, cresce o medo. Será que um local misterioso como aquele esconde alguém — ou algo — vivo? Uma coisa é certa: depois de mergulhar nos mistérios da casa no fundo do lago, a vida deles jamais voltará a ser a mesma.

Por Jayne Cordeiro: O primeiro livro que li de Josh Malerman foi Caixa de Pássaros, que foi uma surpresa muito boa. Li por causa de um clube do livro, sem expectativas, e me surpreendi. Por causa disso, eu acabei comprando Uma Casa no fundo de um lago, por achar a premissa do livro bem interessante e com um suspense legal. Dessa vez, também me surpreendi, mas negativamente. 

Este livro promete uma coisa e no final das contas não entrega nada. A história é bem curtinha, com 160 páginas. As coisas acontecem de forma rápida, mas sem ser apressada. O ritmo é bom, e até quase o final, você segue na leitura, preso e tentando adivinhar o porque da casa no fundo do lago, como isso acontece e o mais importante: Existe algo ou mais alguém lá? Mas quando o livro acaba, fica aquela sensação de que nada aconteceu. A questão não é nem a presença de uma explicação, porque Caixa de pássaros também não explica muita coisa, mas te entrega fatos para uma indução. Mas nem isso esse loivro faz.

O livro acaba sendo sobre um romance de verão, que trás algunas fatos inusitados, que o leitor não consegue de forma nenhuma analisar se é uma metáfora para esse romance ou se é algo sobrenatural/fantasioso, que realmente aconteceu com o casal. E não é nem para dizer que o autor deixa as peças lá para o leitor fazer sua analise. Porque isso seria o suficiente para mim. Mas ele não entrega nada mesmo, e foi o que todas as pessoas com quem conversei sobre o livro também concluiram. Foi realmente uma pena, porque o enredo é muito interessante, e a construção das cenas de suspense são boas, causando ansiedade no leitor. Mas o final acaba estragando tudo. No final você pensa:Ainda bem que o livro era curto.



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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Resenha: "Um Cavalheiro a Bordo" (Julia Quinn)



Tradução: Thaís Paiva

Sinopse: Ela estava no lugar errado... Durante um passeio pela costa, a independente e aventureira Poppy Bridgerton fica agradavelmente surpresa ao descobrir um esconderijo de contrabandistas dentro de uma caverna. Mas seu deleite se transforma em desespero quando dois piratas a sequestram e a levam a bordo de seu navio, deixando-a amarrada e amordaçada na cama do capitão. Ele a encontrou na hora errada... Conhecido entre a alta sociedade como um cafajeste e um corsário inconsequente, o capitão Andrew James Rokesby na verdade transporta bens e documentos para o governo britânico. No meio de uma viagem, ele fica assombrado ao encontrar uma mulher na sua cabine. Sem dúvida sua imaginação está lhe pregando peças. Mas, não, ela é bastante real – e sua missão para com a Coroa o deixa preso a ela. Será que dois erros podem acabar no acerto mais maravilhoso de todos? Quando descobre que Poppy é uma Bridgerton, Andrew entende que provavelmente terá que se casar com ela para evitar um escândalo. Em alto-mar, as disputas verbais entre os dois logo dão lugar a uma inebriante atração. Mas depois que o segredo de Andrew for revelado, será que ele conseguirá conquistar o coração dela?

Por Jayne Cordeiro: Chegamos ao terceiro livro da série Os Rokesbys. Os dois primeiros já foram resenhados aqui no blog, e podem até ser lidos fora de ordem, apesar que recomendo a leitura cronológica. Neste livro acompanhamos Andrew Rokesby, um antigo capitão da Marinha, que agora atua como um corsário disfarçado, fazendo serviços para a Coroa. Sem querer, ele acaba tendo que abrigar Poppy Bridgerton em uma viagem até Portugal, correndo o risco de acabar com a reputação da moça e com sua missão secreta.

Posso começar dizendo que esse não assumiu o pódio da série, que pertence ao segundo livro Um Marido de Faz de Conta. Mas acho que ele fica quase no mesmo nível do primeiro, Uma Dama fora dos padrões. Só ficaria atrás, porque Uma Dama acaba tendo mais situações interessantes, já que neste aqui, a mocinha e o mocinho passam muito tempo presos em um barco. Mas Um Cavalheiro não deixa de ser um livro muito bom, com personagens bem cativantes.

Eu já gostava bastante de Andrew desde o primeiro livro, quando ele aparecia nos diálogos com Billie e George. E agora temos a chance de conhece-lo mais profundamente, e também sair um pouco daquele universo padrão de bailes e festas no campo. Aqui conhecemos mais profundamente o funcionamento de um navio e sobre outro país, no caso, Portugal. E foi interessante de acompanhar. O romance demora bastante para começar, mas isso é algo comum com a Julia Quinn. Ela nos conquista muito mais pelos diálogos inteligentes e alfinetadas entre os protagonistas, do que pelas cenas românticas.

No fundo, fiquei com a sensação de que o romance acabou ficando muito corrido no final. Então você não se encanta tanto com casal, como com os anteriores. Mas os personagens ainda são muito bons, e a Poppy é uma jovem viva, extremamente curiosa e divertida de acompanhar. É um bom livro, que prende o leitor e a gente acaba lendo bem rápido. Foi legal também, ver a família Bridgerton aparecer mais uma vez, e inclusive ter nossa família original sendo mencionada.

Agora é esperar o lançamento do último livro da série, que ainda será lançado nos Estados Unidos em 2020, sobre Georgiana Birdgerton e Nicholas Rokesby. E pelo enredo que li, tem tudo para ser tão bom quando Um Marido de Faz de Conta.



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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Resenha: "Wild Cards - O Começo" (George R. R. Martin)



Tradução: Alexandre MartinsPetê Rissatti e Edmundo Pedreira Barreiros

Sinopse: Um vírus alienígena atinge a Terra logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, dotando algumas pessoas de poderes incríveis ou deformidades abomináveis, e transformando para sempre o rumo da história.
Aqueles abençoados com superpoderes físicos ou mentais são chamados de ases, enquanto as pessoas afligidas com habilidades ou características bizarras são denominadas curingas. Alguns usam seus poderes a serviço da humanidade. Outros, para os próprios interesses.
Nesse novo mundo, a humanidade busca recuperar seu equilíbrio - e enquanto ases viram heróis nacionais e estrelas de cinema, os curingas são marginalizados e relegados à miséria. No entanto, nem todo ás usa seu poder para o bem, e no Bairro dos Curingas os ânimos estão esquentando - e uma revolta parece prestes a explodir.
Wild Cards: O começo é o primeiro livro da Tríade Original, e dá início à série Wild Cards editada por George R.R. Martin, o consagrado autor de A guerra dos tronos. Capítulo a capítulo, um time de grandes nomes da ficção fantástica apresenta personagens complexos e interessantes, e constrói a trama inesquecível de um mundo ao mesmo tempo tão parecido e tão diferente do nosso.

Por Jayne Cordeiro: Nos últimos tempos tenho tido a oportunidade de me aventurar em outras obras de George R. R. Martin além de Game of Thrones. Indo para o mesmo lado que The Nightflyers, que é ficção, temos Wild Cards que se envereda para o lado da fantasia, e traz um universo de super herois, criados a partir de um vírus alienígena, que por um lado criou pessoas como poderes espetaculares, mas que também criou aqueles que tinham habilidades estranhas e se tornaram excluídos da sociedade.

Como o próprio título já diz, esse livro conta o começo da história e da série Wild Cards, que é uma antologia, onde vários autores contam histórias de personagens diferentes ambientados no mesmo universo. O que gostei muito aqui, é como a ficção se mistura com a realidade. Há esse desvio após o fim da segunda guerra mundial, e na medida em que você vai lendo, fatos reais vão se misturando e se adaptando a história. E isso torna a história bem mais verídica, apesar de ser uma história de fantasia.

Todos os autores souberam aproveitar bem o enredo principal, e apesar de vir de escritas diferentes, todas se complementam. Quando comecei a ler o livro nem sabia que se tratava de autores diferentes. O livro é atraente, e apesar de longo, a leitura flui rápida e interessante. Achei a capa também muito bonita, com cores atraentes e com imagens que representavam bem os personagens. O livro ainda traz trechos de textos falando sobre o vírus, como se tivessem selecionados artigos que poderiam complementar aquilo que a história já traz.

O livro é bom. Não é um livro espetacular pra mim, porque não sou muito fã de antologias. Prefiro histórias que seguem um caminho com um objetivo no final, mas no geral é um bom livro. Para quem gosta do gênero de fantasia/ficção e de histórias de super herois, é uma boa opção de leitura. E consegue trazer uma história do tipo sem ir muito para o lado fantasioso, mas para algo bem realístico. Que o leitor poderia ver acontecendo na sua vida.




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sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Resenha: "Um Marido de faz de conta" (Julia Quinn)


Tradução: Thaís Paiva

Sinopse: Enquanto você dormia…
Depois de perder o pai e ficar sabendo que o irmão Thomas foi ferido durante uma batalha nas colônias, Cecilia Harcourt tem duas opções igualmente terríveis: se mudar para a casa de uma tia solteira ou se casar com um primo vigarista. Então ela cruza o Atlântico, determinada a cuidar de seu irmão pelo tempo que for necessário. Só que, após uma semana sem conseguir localizá-lo, ela acaba encontrando seu melhor amigo, o lindo oficial Edward Rokesby. Ele está inconsciente, precisando desesperadamente de cuidados, e Cecilia promete salvar a vida desse soldado, mesmo que para permanecer ao lado dele precise contar uma pequena mentira...
Eu disse a todos que era sua esposa
Quando Edward recobra a consciência, não entende nada. A pancada na cabeça o fez esquecer tudo que aconteceu nos últimos três meses, mas ele certamente se lembraria de ter se casado. Apesar de saber que Cecilia Harcourt é irmã de Thomas, eles nunca foram apresentados. Mas, já que todo mundo a trata como esposa dele, deve ser verdade.
Quem dera fosse verdade…

Por Jayne Cordeiro: A pouco tempo postei a resenha do primeiro livro da série Os Rokesbys, "Uma dama fora dos padrões". E agora venho trazer "Um marido de faz de conta", que é o segundo livro da série. Esta super curiosa para esse livro, porque ele traz uma premissa que adoro: um casamento logo no começo. E nesse caso ainda é mais legal, porque não houve um casamento de fato, mas o nosso mocinho acredita que sim. Com isso, temos uma interação muito próxima entre os protagonistas, e é claro, Edward já tomando várias liberdades com a "esposa".

Eu me apaixonei por esses dois. Edward é extremamente divertido e bem humorado, apesar de estar bem debilitado no começo, após se machucar. Ele segura muito bem a onda de acordar casado com alguém. Cecilia viaja para o Novo Mundo, querendo ajudar ao irmão, e acaba assumindo os cuidado de Edward. Gostei de como eles não eram tão desconhecidos quanto imaginei que seriam, já que os dois já se correspondiam através das cartas que Cecilia trocava com o irmão. O que é mostrado no livro e garante momentos divertidos e também doces.

Achei esse bem interessante, por trazer um ambiente bem diferente do que os livros da Julia costumam passar. Em vez de se passar em bailes ingleses e mansões no interior, vivenciamos o território americano, com todo o atrito que envolve a guerra entre colonos e colonizadores. Nesse ambiente em meio a guerra, o clima é mais liberal, cheio de curiosidades e com uma pitada de aventura. A autora acaba abordando uns pontos bem mais sérios e dramáticos do que o habitual, e isso é bem refrescante. 

Gostei bem mais desse livro do que o primeiro, apesar dele também ser ótimo. Mas "Um marido de faz de conta" tem todo um destaque, que acaba colocando ele naquele grupo de livros inesquecíveis e entre os melhores que autora já publicou por aqui. Vale muito a pena conferir essa história e dedicar um espaço no coração, para essa família que também sabe nos conquistar.

  



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segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Resenha: "Mister" (E. L. James)



Tradução: Julia Sobral Campos, Cássia Zanon, Maria Carmelita Dias e Catharina Pinheiro

Sinopse: Maxim Trevelyan é inglês, bonito, rico, nunca precisou trabalhar e quase nunca dorme sozinho. Essa vida fácil muda quando uma tragédia acontece e Maxim herda um título de nobreza, as propriedades da família e toda a responsabilidade que vem com isso. É um papel para o qual ele não está preparado, e que agora deve se esforçar para desempenhar.
Mas o maior desafio de Maxim vai ser lutar contra a atração por uma jovem enigmática que conheceu recentemente e que guarda um segredo do passado. Discreta, Alessia é misteriosa e sedutora, e logo o desejo de Maxim por ela se transforma em algo que ele nunca experimentou e não ousa nomear. Mas, afinal, quem é Alessia Demachi? O que ela esconde? Maxim será capaz de protegê-la do mal que a ameaça? E o que ela fará quando souber que ele também tem seus segredos?
Do coração de Londres, passando pelo cenário rural da Cornualha até a sombria e ameaçadora beleza dos Bálcãs, Mister é uma história de amor e suspense que vai deixar os leitores de E L James apaixonados.

Por Jayne Cordeiro: Mister é o mais novo lançamento da autora conhecida pela trilogia 50 Tons de Cinza. Como uma leitora da trilogia, e fã, fiquei ansiosa para ler esse livro. E ainda mais por mostrar um membro da aristocracia inglesa na atualidade. Isso porque Maxim é o novo Conde, apenas porque seu irmão mais velho morreu tragicamente. Como era de se esperar, Maxim era a ovelha negra da familia, ssem nenhuma responsabilidade. Mas agora, além de lidar com a morte do irmão querido, precisa lidar com as responsabilidades que a herança traz.

No começo, não gostei muito do Maxim, porque ele começa extremamente galinha. Mas, como sempre, ele muda quando conhece e se envolve com a nossa mocinha Alessia. Uma estrangeira, que veio fugida para a Inglaterra, e que guarda um segredo. Pode ter quem não goste muito dela, porque Alessia é realmente uma donzela em perigo. Ela é extremamente tímida, fruto de uma criação bem antiquada, e quase não teve contato com o sexo oposto. Mas eu gostei dela, principalmente de como ela se desenvolve depois do romance começar.

As cenas dos dois juntos são muito boas, e o Maxim vira um amorzinho. A história tem essa coisa da plebeia se envolvendo com um lorde, e lidando com as diferenças entre os dois. Mas a autora nem foca tanto nisso. Há mais de mistério e ação, com o passado que persegue Alessia. Esta tem um talento especial para o piano, que me atraiu, por adorar musica classica. Imaginava que isso seria mais aproveitado na história, mas acabou não sendo.

Na verdade, o livro termina com um final, mas há algumas pontas soltas que poderiam ser aproveitadas em um segundo livro, e acabei a leitura com vontade de saber o que viria depois. O livro tem um enredo bom, apesar de sem grandes surpresas. É um romance doce, mas recheado de cenas hots, e sem a pegada Dom/Submissa de 50 Tons. A história conseguiu me prender até o final, e acabei muito rápido. Acho que vale a penar ler e tirar suas  próprias conclusões. Mas para mim, foi um bom retorno da autora.




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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Resenha: "Uma Herdeira Apaixonada" - Os Ravenels 5 (Lisa Kleypas)


Tradução: Ana Rodrigues

Sinopse: Viúva ainda jovem, Phoebe já viveu um grande amor e não cultiva mais ilusões românticas. Agora, ela precisa ser prática – e cuidar dos dois filhos pequenos e da propriedade da família. Mas quando vai passar alguns dias no Priorado Eversby, a bela dama se surpreende ao conhecer um cavalheiro incrivelmente charmoso.                                                
Seu encanto se desfaz no momento em que ele se apresenta como ninguém menos que West Ravenel: o homem que tornou a vida de seu falecido marido um tormento. E ela jurou nunca perdoá-lo por isso.    West sabe que é um homem com um passado manchado e que não está à altura de uma mulher como Phoebe, mas, ao conhecê-la, é consumido por um desejo irresistível e um sentimento inteiramente novo. Sem terras nem fortuna, tudo que ele pode lhe oferecer é prazer.                            
O que West não imagina é que, apesar da aparente ingenuidade, Phoebe está decidida a tomar as rédeas da própria vida. Será que essa paixão esmagadora será suficiente para superar os obstáculos do passado?

Por Jayne Cordeiro: "Uma Herdeira Apaixonada" é o quinto livro da série Os Ravenels, e eu estava super ansiosa por ele, por ter como protagonista o meu personagem favorito da série, West Ravenel. E para a coisa ficar ainda melhor, a mocinha é a irmã de Gabriel, do terceiro livro, e filha de Sebastian, nosso famoso Duque e ex libertino da série As Quatro Estações do Amor. Não dava para errar aí, certo? E não deu mesmo.

É um dos melhores livros da série, e por vários motivos. West está apaixonante aqui. Na verdade ele é o verdadeiro galã dessa série toda. Um lorde com jeito de fazendeiro, que coloca a mão na massa, mas não perde a classe. Que fica lindo e atraente arrumado ou sujo de terra, com as mangas da camisa dobrada. Enfim...um colírio para os olhos de Phoebe, e nosso. E ele consegue ser tão doce e humano, que você quer acompanhar todas as reações dele. Gosteid e como a autora trouxe o tema de ele ser considerado inferior em classe, a filha de um duque, e esse romance entre os dois.

Me surpreendi com a Phoebe. Logo no começo achei que não gostaria dela. Porque o livro já começa com ela não gostando de West por algo que ele fez ao marido dela quando bem jovens. Não gostei de ela julgar alguém por um comportamento na infância e que nem foi com ela, mas achei legal como isso saiu do foco muito rápido, já que ninguém consegue odiar o West por muito tempo. E ela ainda se mostrou uma mulher divertida, uma mãe excepcional, e com um grande desejo de aprender. As cenas deles dois eram muito boas, cheia de química, e é muito importante ver uma mocinha que não se coloca como obrigada a nada

Fora isso, o livro tem um enredo que prende, e em que muita coisa acontece em pouco tempo, ma sem corrido. E é preciso mencionar o filhos que são uma extrema fofura. Os comentários de Justin rendem boas risadas. É um livro leve apesar de tudo, em uma carga dramática forte, mas eu gostei disso. E outro que deve ser mencionado é Sebastian, que arrasou em todas as cenas em que apareceu. Dando até vontade de voltar lá no livro dele. Um Herdeira Apaixonada é um ótimo livro de romance. Mais um livro encantador da série.



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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Resenha: "Uma dama fora dos padrões" - Os Rokesbys 1 (Julia Quinn)



Tradução: Viviane Diniz

Sinopse: Às vezes você encontra o amor nos lugares mais inesperados... Esta não é uma dessas vezes. Todos esperam que Billie Bridgerton se case com um dos irmãos Rokesbys. As duas famílias são vizinhas há séculos e, quando criança, a levada Billie adorava brincar com Edward e Andrew. Qualquer um deles seria um marido perfeito... algum dia. Às vezes você se apaixona exatamente pela pessoa que acha que deveria... Ou não. Há apenas um irmão Rokesby que Billie não suporta: George. Ele até pode ser o mais velho e herdeiro do condado, mas é arrogante e irritante. Billie tem certeza de que ele também não gosta nem um pouco dela, o que é perfeitamente conveniente. Mas às vezes o destino tem um senso de humor perverso... Porque quando Billie e George são obrigados a ficar juntos num lugar inusitado, um novo tipo de centelha começa a surgir. E no momento em que esses adversários da vida inteira finalmente se beijam, descobrem que a pessoa que detestam talvez seja a mesma sem a qual não conseguem viver. 

Por Jayne Cordeiro: Todo fã de romances de época já leu ou ouviu falar da série Os Bridgertons, da autora Julia Quinn. E nessa nova série dela, ela decidiu voltar algumas décadas no tempo, e trazer de volta essa família, mas com o foco em outra família é são os Rokesbys. E ela consegue facilmente fazer com que nos apaixonemos por essa família, que também é divertida, despojada para a época. 

A protagonista é Billie Bridgerton, uma jovem que sempre preferiu brincar com os meninos da família Rokesby. Com um enorme coração, ninguém nunca conseguiu impedi-lá de se meter em encrenca e é assim que o livro começa. Com Billie presa no telhado, após tentar salvar um gato ingrato e precisando ser salva pelo único Rokesby com o qual ela não se dá bem, George, o herdeiro da família.

Já dá pra saber que acontece muitas alfinetas entre esses dois no decorrer do livro. A autora consegue encaixar aqui uma das suas principais características que é o humor nos diálogos. É muito legal acompanhar o casal, porque eles se conhecem desde a infância, e isso dá uma proximidade e intimidade que nos afeiçoa ao casal. Billie é doce e decidida, e George é centrado e ao mesmo tempo carinhoso e divertido. É um casal muito fofo de acompanhar. E a pesar de as coisas demorarem para acontecer entre o dois, a leitura continua sendo divertida, interessante e encantadora. 

É uma leitura rápida, sem um enredo secundário complexo, mas ainda sim, uma ótima leitura para quem gosta do gênero. Foi um bom começo para a série, que já conta com 3 livros lançados e que já me deu aquela ansiedade de conseguir o segundo livro, que foca no irmão de George, Edward. Tenho certeza de que os fãs da Julia, não vão se decepcionar com esse livro.




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sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Resenha: "Obsessão" - Trilogia Breathless 1 (Maya Banks)



Tradução: Tina Carvalho Gouveia

Sinopse: Gabe, Jace e Ash: Três dos homens mais ricos e poderosos do país. Eles estão acostumados a conseguir tudo o que querem. Absolutamente tudo. O desejo de Gabe é realizar uma fantasia em particular com uma mulher que é o fruto proibido. Agora, ela está madura para a colheita. Quando Gabe Hamilton viu Mia Crestwell entrar no salão na inauguração de seu hotel, ele soube que iria para o inferno pelo que havia planejado. Afinal, Mia era a irmãzinha de seu melhor amigo. Mas ela não era mais tão pequena. E Gabe esperou muito tempo para colocar seus desejos em ação. Gabe já fez parte das fantasias de Mia mais de uma vez, desde que ela era uma adolescente apaixonada pelo melhor amigo do irmão. E daí se Gabe era quatorze anos mais velho? Mia sabia que não estava à altura dele, mas a atração só aumentou com o tempo. Ela é adulta agora, e não há razão para não fazer algo em relação aos seus mais secretos desejos. Enquanto Gabe a conduz para esse mundo provocante, ela percebe que não sabe quase nada sobre ele nem sobre até onde suas exigências podem ir. A relação dos dois é intensa e obsessiva, mas quando cruzam o limite da secreta odisseia sexual para algo mais profundo, o caso deles corre o risco de ser revelado - e fica vulnerável e uma traição muito mais íntima do que eles poderiam esperar.

Por Jayne Cordeiro: Obsessão é o primeiro livro da trilogia Breathless, em que cada livro foca em um dos amigos Gabe, Jace e Ash. Este primeiro é sobre Gabe e Mia, que é irmã de Jace. Eu me interessei por esse livro, primeiramente porque acho a capa muito bonita (e dos outros livros também), e porque trás um casal com certa diferença de idade, o que me atrai. Apesar de que isso não é foco principal do livro, mas sim o fato de os dois manterem o relacionamento escondido do Jace. Eu posso dizer que gostei muito desse livro. O que é um alívio, porque tinha lido anteriormente uma outra história dela, e não havia gostado muito do livro e do casal principal.
Ele se sentiu tentado a atravessar o salão e cobri-la com seu casaco de maneira que ninguém mais visse o que considerava seu. Jesus, e se não era aquilo o que o deixava mais louco! Ela não era nada sua.
Gostei do casal protagonista. A mia é uma jovem esforçada, que sempre teve uma paixão por Gabe, mas que quando se envolve com ela, não fica totalmente dependente ou disposta a aceitar tudo o que ele quer. Gabe é autoritário, mas sempre pensando no bem estar de Mia. Ele carrega certas questões por ter sido traído pela ex esposa, e isso cria uma barreira entre os dois que ele precisa superar.
A língua dele invadia sua boca com erotismo e sensualidade, entrelaçando-a com a dela, acariciando-a numa dança delicada. Ele não estava simplesmente beijando-a. Ele a devorava. Ele a possuía com apenas um beijo.
A história em si é boa, com momentos de ápice e momentos de interação do casal. Gostei da situação adversa que a autora colocou para eles terem que resolver, além do caso de Jace, que também tem destaque mais para o final. Gostei das interações dos três homens entre eles e com a Mia, e fiquei curiosa para ler os livros de Jace e Ash. As cenas românticas são ótimas, e bem no estilo BDSM que a autora gosta de colocar nos seus livros contemporâneos, mas sem ser pesado demais. O livro te conquista no relacionamento dos dois, e além do romance e sexo, trás um drama por trás da relação da Mia com o irmão e de Gabe com os pais, que achei bem legal. Este livro é um bom começo para a trilogia e acredito que vale a pena conferir.





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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Resenha: "Um Estranho Irresistível" - Os Ravenels 4 (Lisa Kleypas)


 Tradução: Ana Rodrigues

Sinopse: Garrett Gibson, a única mulher médica na Inglaterra, é tão ousada e independente quanto qualquer homem – então por que não aproveitar os prazeres da vida como um deles? No entanto, ela nunca se sentiu tentada a embarcar em um caso. Até agora.
Ethan Ransom é um misterioso ex-detetive da Scotland Yard corajoso e enigmático. Apesar dos boatos de que é um assassino, ninguém imagina os segredos que ele esconde a sete chaves.
Por uma única noite sublime, Garrett e Ethan se entregam à poderosa atração que nasce entre eles. Embora prometam esquecer o que aconteceu, não conseguem se manter longe um do outro e, sem se dar conta, Garrett é arrastada para a missão mais perigosa da vida de Ethan.
Em meio a uma trama de espionagem e traição, ele precisa repensar toda a sua vida e se vê disposto a assumir qualquer risco pelo amor da mulher mais extraordinária que já conheceu.

Por Jayne Cordeiro: Um Estranho Irresistível é o quarto livro da série Os Ravenels. Um romance de época inovador, ao trazer a protagonista como uma médica, em uma época em que isso era uma novidade e um escândalo.  Garret é uma mulher que lutou muito contra as tradições da época e que precisa se provar como médica a todo momento, já que ninguém confia em uma mulher médica. Por sempre precisar se mostrar mais como médica do que como mulher, ela nunca se casou e nem tenta se mostrar mais feminina.



Mas quando ela conhece Ethan, as coisas mudam, porque ele começa a fazê-la pensar em outras coisas, que não só a carreira dela. Ethan é um homem extremamente inteligente, mas sem muitos trejeitos sociais. Ele carrega nas costas o peso de seu passado familiar, e com a carreira difícil que possui, não acredita que possa se envolver romanticamente com ninguém. E aí vem o legal. Garret e Ethan carregam profissões que pedem uma extrema dedicação, e que até podem colocá-los em risco. Mas tudo isso perde a importância quando estão juntos.

É um casal muito cativante, mas do que achei que seria. Para mim foi uma bela surpresa, e devorei esse livro em um dia. Não é o meu livro favorito da série, mas ainda assim carrega um peso alto. A história traz cenas bem legais sobre a atuação médica da Garret, que para mim, que sou da área de saúde, achei super interessante, e que sei que atrairá outros leitores também. Isso demonstra uma enorme pesquisa da autora para deixar tudo o mais real possível.



Fora isso, ainda temos um mistério e um enredo perigoso envolvendo nosso casal, quando Ethan descobre uma trama que pode causar morte de inocentes. As cenas romântica são ótimas também, e vemos vários dos nossos Revenels aparacendo e se destacando na história. Inclusive já dá a dica do protagonista do próximo livro West Revenel, que se destaca bastante aqui, e já atrai os nossos corações. Inclusive o livro se chama Uma herdeira apaixonada. Vale a pena conferir Um Estranho Irresistível e se apaixonar ainda mais por essa família cheia de personagens cativantes se boas histórias.




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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Resenha: "Mapa dos Dias" - Lar da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares 4 (Ransom Riggs)



 Tradução: Giu Alonso e Ulisses Teixeira


Sinopse: Mapa dos dias é a aguardada continuação de uma das séries de maior sucesso dos últimos anos. Para os leitores que estavam com saudades do universo mágico criado por Ransom Riggs, esta sequência vai além do prometido e descortina um cenário ainda mais rico, com novas criaturas, mistérios que envolvem todo o mundo peculiar e uma infinidade de aventuras a serem exploradas. Fascinante e imperdível para os amantes da série e para os novos fãs que certamente virão.
Jacob voltou para sua casa nos Estados Unidos após vencer os etéreos no Recanto do Demônio, mas ainda não sabe como conciliar a vida normal e tudo o que viveu. Agora que Emma, a srta. Peregrine e seus outros amigos vivem com ele no presente, em sua casa na Flórida, vamos acompanhá-los no processo de reconstrução do mundo peculiar.
Mas essa ideia cai para segundo plano quando eles descobrem um bunker subterrâneo na casa onde seu avô morou. A partir daí, surgem pistas de uma organização secreta que caçava etéreos e ajudava peculiares por todos os Estados Unidos, e isso os inspira a sair em uma missão tão perigosa quanto significativa por esse território desconhecido. Um mundo novo, sem regras nem ymbrynes; um país em que clãs vivem em conflito e em que cada fenda temporal esconde criaturas nunca antes vistas.
A série de Ransom Riggs é sucesso absoluto no Brasil e no mundo, tendo conquistado milhões de leitores graças a uma encantadora combinação de mistério, romance, aventura, viagem no tempo e à sombria seleção de fotografias antigas, da coleção pessoal do autor – desta vez, muitas delas coloridas.

Por Jayne Cordeiro: Anos após o lançamento do terceiro livro da série Lar da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, os personagens estão de volta com Mapa do dias, quarto livro da série. Todos os nossos personagens queridos estão de volta, e um universo completamente novo se apresenta para eles e os leitores. Um mundo peculiar destruído e precisa se recuperar, onde a direção das Ymbrynes (que sempre foram as líderes do povo), começa a ser questionada, e desa vez é os EUA, o local explorado pela série.

A escolha de tirar a história da Europa para os EUA é uma boa ideia. A cultura é diferente, a relação entre os peculiares é mais tensa, cheia de clãs e relações conflituosas. Agora os protagonistas peculiares estão tendo que se adaptar ao mundo moderno, e a essas diferenças e falta de regras que ronda o povos da América. Tudo isso cria situações bem divertidas e também tensas, criando a maior parte do enredo do livro.

Mas tudo é uma introdução para um mistério maior que começa a dar as caras nesse livro. E já dá para perceber que será uma história bem mai complexa e madura que a anterior. Envolvendo até questões politicas e a discussão sobre a saída dos peculiares do armário. O autor trás aquela mesma escrita rápida e  divertida, com uma história que controla bem os momentos calmos com os bem movimentados. E gostei de como ele aprofunda o relacionamento entre Jacob e Emma, e como o fato de ela ter tido um relacionamento como avô dele influencia os dois. Algo que não teve tempo de ser explorado na trilogia anterior.

A série volta com tudo nesse livro, e ele não deixa a desejar para os fãs da série. Ressaltando que a série continua trazendo fotos reais para complementar a história, mas acho as fotos da trilogia original mais impactantes. Ainda sim é uma ótima leitura, que super recomendo. Lembrando que não dá para ler este livro, sem ter passado pela trilogia inicial.



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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Ressenha: "O Príncipe Serpente" (Elizabeth Hoyt)


Tradução: Ana Resende e Carolina Simmer

Sinopse: Quando o diabo encontra um anjo...
Lucy Craddock-Hayes está satisfeita com a vida tranquila no interior. Até o dia em que tropeça num homem inconsciente ― um homem inconsciente e nu ― e perde para sempre sua inocência.
Ele pode levar ao paraíso...
O visconde Simon Iddesleigh apanhou de seus inimigos até quase morrer. Agora ele está determinado a se vingar. Mas quando Lucy cuida dele para restaurar sua saúde, a sinceridade da jovem surpreende sua sensibilidade calejada ― e desperta um desejo que ameaça consumir os dois.
Ou ao inferno.
Encantada com a inteligência perspicaz de Simon, com seus modos urbanos e até com seus sapatos de solado vermelho, Lucy rapidamente se apaixona por ele. Embora sua honra o mantenha longe dela, a vingança envia os agressores de Simon à sua porta. Enquanto o visconde entra em guerra contra seus inimigos, Lucy luta pela própria alma, usando a única arma que tem ― seu amor...


Por Jayne Cordeiro: O Príncipe Serpente é o terceiro e último livro da trilogia dos Príncipes. Como acontece com o outros, ele pode ser lido separadamente ou fora de ordem. E dos três, este foi o que eu menos gostei. Ele não é ruim. Ainda é um ótimo romance de época, com uma ótima escrita da autora, mas eu fiquei com a sensação de que faltava algo. Eu não consegui me apegar ao casal principal.


O homem morto aos pés de Lucinda Craddock-Hayes parecia um Deus caído.

Acredito que faltou alguma química entre o dois, ou posso ter sentido falta do embate que pode ser visto nos dois primeiros livros, entre os protagonistas. A história em si também segue muito linear, sem um mistério ou uma situação tensa. É um livro que li rapidamente e que me prendeu. Mas no final não me marcou muito. Acabou ficando apagado depois de O Príncipe Leopardo, que para mim foi o melhor.

Era difícil dizer por que a donzela rural o fascinava tanto. Talvez fosse simplesmente a atração das trevas pela luz, o demônio querendo despojar o anjo, mas ele achava que não. Havia algo nela, alguma coisa significativa, inteligente e perturbadora para sua alma. Ela o tentava com o perfume do paraíso, com a esperança da redenção, por mais impossível que isso fosse.
Mas o livro tem suas qualidades. Individualmente, os protagonistas são bem estruturados, o relacionamento deles evolui de uma forma bem madura e natural. Gosto sempre de histórias em que o casamento acontece logo no começo, e vejo os dois interagindo na mesma casa, então isso foi um ponto a favor. As cenas românticas são boas e tem várias cenas divertidas, que animam as coisas. Esse livro também tem bastante movimento em termos de ação, pelo método de vingança empregado pelo Simon. E gostei muito do fato de ele não ser uma pessoa 100% correta. E não estou de ser libertino, como muitos livros trazem. Falo da agressão e morte como vingança. É bem diferente do que costumo ver nos livros que trazem a temática da vingança.


“Eu me lembrarei da senhorita por todos os dias da minha vida” – murmurou ele tão baixo que ela quase não ouviu. – “E não sei ao certo se isso é uma benção ou uma maldição.” – Ele se ajoelhou, inclinando-se sobre as mãos dela, e Lucy sentiu os lábios quentes roçando na palma da sua mão fria.

Resumidamente, O príncipe serpente é um bom livro de romance de época, e quem lê o outros dois, deve passar por ele. Mas não deixa de ser o mais fraco, com uma história que não me deixou suspirando. Mas cabe a cada leitor chegar a sua conclusão.







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sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Resenha: "Um Novo Coração" (Sylvia Day)


Tradução: Lígia Azevedo e Alexandre Boide

Sinopse: Emocionante e poderoso, Um novo coração marca o retorno da sensação global Sylvia Day, autora best seller internacional da série Crossfire. Nunca teria me imaginado aqui. Mas estou bem agora. Em um lugar que amo, minha casa reformada e passando meu tempo com novos amigos que adoro, num emprego que me motiva. Estou me recuperando do passado para um futuro em que possa ser feliz. E daí Garrett Frost se torna meu mais novo vizinho. Ele é determinado e ousado, uma força da natureza que ameaça destruir a ordem cuidadosa da minha vida. Mas também sei reconhecer alguém perseguido por fantasmas de seu passado. Garrett é um perigo e, magoado e assombrado, parece muito mais perigoso. Temo que eu ainda esteja frágil demais para enfrentar a tempestade que existe dentro dele, muito delicada para encarar sua dor. Mas ele é muito decidido... e tentador. E algumas vezes a esperança surge mesmo em meio à desolação.

Por Jayne Cordeiro: Duas coisas me atraíram nesse livro, no primeiro momento. Tanto que nem sabia a sinopse, quando comecei a ler. Primeiro, que era escrito pela Sylvia Day, que é uma escritora que adoro. E segundo, essa capa linda, e que passava uma ideia bem diferente de livro, do que estava acostumada a ver com a Sylvia. Passava uma imagem mais doce, mais dramática. Então comecei a ler. E adorei.

Sei que esse é um daqueles livros de extremos. Há quem ame e há quem odeie. No skoob, vi desde uma estrela a cinco. Então está na cara que é uma daqueles livros que vai depender muito do leitor e sua bagagem. Eu gostei muito dele. Meu único ponto a reclamar, se posso dizer assim, é que queria que fosse maior. Este livro tem 170 páginas. Pouca coisa. E a autora consegue passar tanto...que eu queria ter um pouco mais. Talvez as coisas fossem menos corridas. Mas ainda reforço, que a história fluiu muito bem, apesar das poucas páginas.

Essa história tem um peso emocional muito grande. Temos uma protagonista, que apesar de não ser usada a palavra, claramente sofre de depressão e ansiedade. Adorei como isso ficou subentendido, e não rotulado. Era lago para pegar nos detalhes. Ao mesmo tempo, temos um romance explosivo acontecendo, do jeito que a Sylvia Day sabe fazer. E durante a leitura surge alguns questionamentos, que só nas últimas páginas são respondidos. E o que falar desse final? Faz muito tempo, que eu não sou pega de surpresa com um final. Normalmente eu sempre adivinho a surpresa antes, e o final perde um pouco do impacto. Mas aqui? Foi algo que me chocou e me deixou extasiada no final. 

Por isso, eu gostei tanto desse livro. Achei uma mistura certa entre drama, doce e hot, que é difícil de achar, e conseguir então poucas páginas. Acredito que é um livro que merece ser lido, e que o leitor deve tirar suas próprias conclusões. De mim, só saíram elogios e indicações.






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Ana Liberato