Por
Kleris: Adoro um livro de crônicas
quando tô bloqueada nas leituras – crônicas
salvam vidas, gente! Dose de Quinta
estava na estante tem um tempão tempinho, e se você também é de vibes, vai entender o que é esperar pelo
momento certo. Coloquei o DQ num desafio de leitura (você pode conferir aqui) e foi de um respiro
muito bom.
Sabe quando um cientista erra uma das substâncias e acaba criando algo mágico? Às vezes o nosso maior acerto é apenas errar na hora certa.
Pra quem não conhece, o Dose de Quinta começou como blog, com grande atuação no instagram. A ideia era de postar “textos de quinta” e todas as quintas-feiras – coisa que rola até hoje (acompanhe aqui). O Bruno é de São Luís, minha cidade, e atua em diversos projetos culturais. Acredito que seu livro é um dos mais conhecidos por aqui.
Foi, então, que eu entreguei você a Deus, para, finalmente, conseguir lhe dizer adeus.
Você simplesmente coleciona os momentos bons e volta e meia os revive em segredo, porque eles realmente valeram a pena.
Com
textos nada pretensiosos, mas nem por todo de “quinta categoria”, o livro é o
que nasceu pra ser – falar com simplicidade de como a banda toca quando se
trata de amor. Temos desabafos honestos, melindres, idealizações e “fics” que
acometem os apaixonados – ou os românticos, como diz. O ar, como fica sugerido
pela ideia do DQ, é de tomar doses de amor.
Escrever para você esse adeus, me fez entender que existe um espaço reservado no peito, só para guardar as relíquias.
Dar gelo para provocar saudades pode parecer tentador, mas é assinar um atestado de óbito. Esse coração é um verão jamais visto, pede calor e jamais, frio.
Estou precisando de alguém que me convença a banhar na chuva, e a não pensar que isso pode me render uma boa gripe no dia seguinte.
São
pouco mais de 50 crônicas, textos bem rapidinhos, todos em diferentes fases de
relacionamentos, tal qual a gente se encontra no mundo – todo mundo no seu
tempo, no seu espaço, sem que ninguém precise estar em sintonia.
Não sei se digo que te amo agora ou espero mais um pouco. É muito cedo pra dizer isso? Há tempo certo? [...] Talvez, o mais importante seja viver e não descobrir.
Servi para você se sentir servido, mas só isso pra mim não serve.
Tem
hora que parece que estamos em diversas cabeças, como quando a gente assiste
variadas séries duma vez e acompanha o desenrolar daqueles relacionamentos
todos. A propósito, acho que encontrei cartas
da Robin e do Ted de How I Met Your Mother haha
A verdade é que você não é obrigado a encontrar ninguém, assim como ninguém é obrigado a encontrar você.
Você apoderou o amor, colocando-o num arquétipo que não lhe cabe. Laços líquidos e nós frouxos amarram essa fantasia de que você está amando (ou é amado).
Saudade é como fermento.
É estranho olhar distante quem já foi de dentro. E mais estranho ainda é saber que somos estranhos, mesmo nos conhecendo tanto.
Vontade
também não me faltou de chegar em algumas pessoinhas e dizer um “lerigou, my
friend” ou um “que tal conversar isso com uma terapeuta e investigar essas
sabotagens todas? Vai ser ótimo!” – mas é aquele lance: a gente respeita o que
o outro tá sentindo. Daí rola uns textos bem autoconsciência que dão uma folga dos
“muito idealizadores”.
Mas só insista em derreter um coração gelado se a sua intenção é mantê-lo aquecido.
Você merece muito mais. E eu vou continuar aqui, amando-a mais do que você se ama. Esperando, enfim, o dia em que vai parar de querer o que já tem e vai desejar o que já possui.
Magno
traz uma escrita de quem está se lançando, tateando as palavras, descobrindo
seu ritmo. Então você pode encontrar uns textos um pouco incertos, mais crus,
que, na real, é a intenção do livro.
O
livro é totalmente independente – sem intervenção de editora – e nem por isso
deixa a desejar na edição, que, aliás, é linda, toda trabalhada na ideia de um bar, onde você vai, senta e toma.
Melhor menu/índice de pedidos. Ao fim, Magno deixa a sugestão de que vai ter
outro livríneo. Será?
Aos
traços de poesia, jogos de palavras, drops de respiro e pequenas doses, dá pra
ler num sopro, dá pra ler em doses homeopáticas. É ideal para você que busca
algo breve e leve, suave na nave. Só garanta suas bandeirinhas pra marcar as
páginas, porque livro de crônicas não é livro de crônicas sem você guardar umas
palavras pra vida.
O que eu não digo é mais forte do que qualquer palavra. [...] Eu escrevo pra que você sorria, pra que você chore, pra que você sinta que as mesmas palavras que podem ferir, também podem curar. Eu escrevo pra que você leia sobre amor, pra que você sinta e se lembre do que passou.
Não
sei como o livro está de tiragem, mas se você tiver interesse pode contatar o
Bruno lá no @dosedequinta. Deixo aqui meu recomendo :)
É que nós fazemos planos. E, na maioria das vezes, eles dão errados.
Até a próxima!
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