Sinopse: “De todas as bobagens incríveis que ele já tinha visto as mulheres fazendo ao longo de sua vida, aquela era, sem dúvida, a pior.” Sophie Talbot é conhecida pela Sociedade como uma das Irmãs Perigosas – mulheres Talbot que fazem de tudo para se arranjar com algum aristocrata. O apelido chega a ser engraçado, pois se existe algo que Sophie abomina é a aristocracia. Mas parece que mesmo não sendo uma irmã tão perigosa assim, o perigo a persegue por todos os lugares. Quando a mais “desinteressante” das irmãs Talbot se torna o centro de um escândalo, ela decide que chegou a hora de partir de Londres e voltar para o interior, onde vivia antes de seu pai conquistar um título. Em Mossband, ela pretende abrir sua própria livraria e encontrar Robbie, um jovem que não vê há mais de uma década, mas que jura estar esperando por ela. No entanto, ao fugir de Londres, seu destino cruza com o de Rei, o Marquês de Eversley e futuro Duque de Lyne, um homem com a fama de dissolver noivados e arruinar as damas da Sociedade. Rei está a caminho de Cumbria para visitar o odioso pai à beira da morte e tomar posse de seu ducado. Tudo o que ele menos precisava era de uma Irmã Perigosa em seu encalço. O Marquês de Eversley está convicto de que Lady Sophie Talbot invadiu sua carruagem para forçá-lo a se casar com ela e conquistar um título de futura duquesa. Já Sophie tenta provar que não se casaria com ele nem que fosse o último homem da cristandade. Mas e quando o perigo tem olhos verdes, cabelos claros e a língua afiada? Essa viagem será mais longa do que eles imaginavam...
Por Jayne Cordeiro: Sarah MacLean é uma conhecida escritora de romances de época. Sou uma fã desse tipo de romance, mas nunca tinha lido nada da Sarah, apesar de sempre ter ouvido ótimas referências. Elas não são em vão, porque Cilada para um Marquês é muito bom. Baseado nesse único livro dela que eu já li, não poderia dizer que ela é superior a Julia Quinn ou a Lisa Kleypas (de quem gosto mais), mas com certeza merece a fama que tem.
Ela não ligava se ele a aprovava ou não. Nem ligava para o que ele pensava dela. Ou o que o resto do mundo tolo, horrível e insípido em que ele vivia pensava dela. Na verdade, se toda a Sociedade a considerava desdivertida, por que ela deveria se importar?
Eu gostei muito desse livro. Primeiramente, gostei da forma como a autora utilizou a ideia dos jornais de fofocas da época, colocando o títulos dos capítulos como manchetes de jornal. A capa e a diagramação do livro está muito bonito e bem condizente com a ideia da história. Sobre a história, achei ela muito bem escrita, e a autora sabe aproveitar bem os momentos e criar situações que se relacionam muito bem. Este livro é um romance de época recheado com muito bom humor. A mocinha Sophie consegue se colocar em situações bem inusitadas, mas nada que poderíamos chamar de fora da realidade.
Ela era obstinada como o capeta e problemática demais. E se havia uma coisa de que ele não gostava, era de mulheres problemáticas.
Sophie e Rei são ótimos juntos. No começo se detestam, porque cada um vê no outro, o esteriótipo de pessoa que deseja evitar. Mas na medida em que o tempo vai passando, e as situações acontecem, eles vão se aproximando, e fica cada vez melhor acompanhar esses dois. São personagens muito bem construídos, com traumas e desejos profundos. E são muito espertos. Todos os diálogos deles são interessantes e divertidos. Mas as vezes dava uma vontade de sacudir os dois, principalmente Rei.
Ele não iria beijar Sophie Talbot. Isso oferecia um tipo completamente diferente de perigo.As cenas românticas também são muito boas. Ao mesmo tempo que eu queria que tivesse tido romance mais cedo na história, eu não senti muita falta disso durante a leitura, porque as interações do casal e as situações que se colocavam já prendem o leitor o suficiente. Resumidamente, o livro é muito bom, e junto com o bom humo e romance, há um enredo bem elaborado e interessante. Vale a pena conferir.
Para de acreditar no que quer que lhe tenham dito todos esses anos. Não há nada em você que não seja memorável. [...] Pare de acreditar que é menos do que você é.
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