sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Resenha: "Através do Vazio" (S. K. Vaughn)


Tradução: Renato Marques

Sinopse: Em Através do vazio, ficção científica e suspense se misturam, construindo uma trama complexa e emocionante que mantém o leitor envolvido até a última página. É Natal de 2067. Os acordes de uma música natalina ecoam pelas ruínas de uma espaçonave que flutua pela escuridão. Lá dentro, May desperta lentamente — a única sobrevivente de um acidente desastroso na primeira viagem tripulada a Europa, a lua de Júpiter. Sozinha no vazio do espaço, em uma nave caindo aos pedaços, May tenta desesperadamente reencontrar o caminho para a Terra. A única pessoa capaz de ajudá-la é Stephen Knox, um cientista brilhante da Nasa... e um homem que ela magoou profundamente antes de partir. Enquanto ela batalha pela própria sobrevivência e sinais de sabotagem começam a vir à tona, a voz de Stephen parece ser a única coisa capaz de atravessar o vazio insondável do espaço e levá-la de volta para casa em segurança. 

Por Jayne Cordeiro: Ando meio que em uma "vibe" de Sci-Fy, então não podia deixar a chance de ler esse livro passar. Através do Vazio é um suspense misturado com ficção cientifica, que carrega toda uma tensão, enquanto acompanhamos a luta da protagonista May para conseguir escapar do espaço. Junto com isso vemos todo o desenrolar que acontece na Terra, envolvendo seu marido Stephen. Eu adorei esse livro. Ele tem a dosagem certa entre romance ficção e suspense, que cativa o leitor, e não deixa você parar de ler até chegar no final.

Se não tivéssemos felizes e satisfeitos como indivíduos, seriam dois chatos ressentidos, vulneráveis e insuportavelmente maçantes, como praticamente todos os outros casais do planeta.

Ele é muito bem elaborado na questão da ficção, com conversas e dinâmicas bem condizentes com cientistas, astronautas e viagens espaciais, mas sem ficar cansativo, confuso, e ainda mantendo uma pegada bem atual, mesmo se passando em 2067. Durante a leitura acompanhamos o presente, com a May e o Stephen, mas também momentos do passado que nos ajudam a entender os personagens, seus comportamentos e que vai esclarecendo aos poucos alguns mistérios que vivenciamos com a May, que logo no começo do livro acorda com perda da memória mais recente.

Só tem essa coisa chamada movimento orbital. Talvez você tenha ouvido falar. Planetas se movendo ao redor do Sol e coisa e tal. A menos que você seja um desses merdinhas que acham que a Terra é plana.

Gostei de como temos esse mistério envolvendo o que aconteceu com a nave e com a May, mas também sobre como ela foi parar nessa viagem, ou porque a relação dela como Stephen estava estremecida. O livro trás uma bela carga dramática, como as questões de relacionamento, filhos, pais e carreiras. Fou um complemento bem legal, e torna o livro muito mais rico.

Você quer ser o herói, como todos os homens, e não enxerga que eu não preciso de um herói. Eu sou a heroína. Eu.

Junto com todo o drama e suspense, damos boa risadas com a May e a Eva (a Inteligência artificial da nave) que são ótimas nos comentários. Na verdade, eu gostei muito dos personagens do livro. São extremamente ricos, bem aproveitados, e complexos. Você entende seus comportamentos, agustias, e torce junto com eles. A May é uma girl power de marca maior, e é gostoso ver uma protagonista que não é perfeita, mas que se impõe e não desiste. A história também nos dá um bastante emoção, com cenas de ação e surpresas. É um ótimo livro para quem gosta do gênero de ficção cientifica e viagens espaciais. Foi uma leitura que me surpreendeu muito, e que vale a indicação.





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Ana Liberato