Por Thaís Inocêncio: Como sua vida ficaria se todas as mensagens que você trocou de maneira anônima nas redes sociais fossem reveladas para o mundo todo? Aquele WhatsApp em que você fala mal da sua amiga, aquele nude que você mandou pro contatinho, aquele e-mail em que você revela que odeia seu chefe. Imaginou a catástrofe? É esse o cenário de Cinco Júlias, o livro mais divertido que li em 2019.
Neste livro, hackers invadem as redes sociais de todas as pessoas e divulgam todo o conteúdo na internet. Para encontrar as mensagens de alguém, basta digitar o nome da pessoa num campo de busca. Fugindo dos conflitos que isso causou, cinco meninas chamadas Júlia decidem sair do Rio de Janeiro e seguir até São Paulo, numa viagem que resulta em muitas descobertas sobre as relações pessoais e, principalmente, sobre si mesmas.
"A partir de hoje a gente não vai depender de mais ninguém pra ser feliz além de nós mesmas. E vamos saber o valor de uma boa parceria apesar disso, porque a vida sozinha é uma bobagem."
Cada capítulo é narrado por uma das Júlias, que são nomeadas de 1 a 5. Se alguém me dissesse que cinco autores diferentes escreveram esse livro, eu acreditaria, de tão potente que é a escrita do Matheus Souza. Originalmente, Cinco Júlias foi criado como um musical para o teatro, mas o roteirista conseguiu fazer uma bela adaptação para o livro. Ele consegue criar jovens muito reais e com personalidades bastante diferentes, por isso o fato de os nomes serem iguais não causa nenhuma confusão na leitura.
Além disso, ele traz inúmeras referências da cultura pop, principalmente dos anos 2000 (a era emo) até agora, citando seriados como Greys Anatomy – e todos os outros criados pela Shonda - e cantoras como Iza, Marília Mendonça e a rainha Taylor Swift. A obra também apresenta muitas músicas que eu, particularmente, não conhecia (a maioria delas indicada pela Júlia 5) e que fizeram da minha leitura uma experiência completa.
Aqui temos um livro que traz muitos e bons ensinamentos para os jovens de hoje. Ele discute sobre amizade, sexualidade, depressão, suicídio, amor-próprio e, sobretudo, a (má) influência da tecnologia na nossa vida. Tudo isso com doses cavalares de humor (sério, eu gargalhei várias vezes).
"Na vida, a coisa que mais importa são as conexões que a gente faz com as outras pessoas."
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