Por Kleris:
Leonardo escrevia microcontos no Facebook para os amigos e suas historietas –
todas inspiradas em alguma experiência jornalística – tiveram incrível
repercussão. O livro nasceu daí, uma maneira de registrar histórias do povo,
histórias de uma geração, ficção e realidade, e abrir nossa percepção
diariamente.
Primeiro, foram os nomes dos netos. Depois, a literatura que amava. E ela foi se despindo na frente de todos. Foi estranho, mas o Alzheimer lhe concedeu o direito a uma só lembrança. O que é forte o suficiente para vencer o vazio?
As
narrativas são variadas, assim como todos os sentimentos envolvidos. Não há um
norte, nem um tema direto, senão esse convite a enredos rápidos. É um livreto
de doses literárias para serem bebidas pouco a pouco. Leituras pausadas como
esta são uma ótima garantia de companhia, seja para começar o dia (como o livro
propõe), seja para respirar entre uma e outra coisa da vida corrida.
Nem
todos os contos são 10/10. Tem aqueles que te tocam profundamente, tem aqueles
que te levam à reflexão imediata e aqueles que “passam passando” – vai da
história de vida e da sede de conhecimento do leitor para abraçá-los.
Quando ficava de cama, seu pai trazia um velho livro cuja últimas três páginas haviam sido arrancadas. Então, ela se aninhava em seus braços para inventarem juntos o final. Na gripe, a princesa fugiu do castelo e foi ser repórter. Perna quebrada: deixou o príncipe em casa cozinhando e saiu com as amigas. Amídalas? Juntou-se a outras e mudaram o mundo. Ontem, já crescida, foi comprar o primeiro livro para a filha. Escolheu com carinho, arrancou as três últimas páginas e, sorrindo, pediu: “para presente”.
Mas
é certo que algumas histórias ficam cá conosco e precisam de bandeirinhas para
marcar seu lugar no livro. Não à toa as melhores partes ficam exato no meio,
pois é comum que Leonardo lance os cenários e nos arrebate nas frases finais,
bem centralizadas nas páginas.
É
pra você que procura leituras que não precisam de grande imersão, que pode
passar dias sem ler e não se perder. Cabe na bolsa e pode ficar bastante tempo
na cabeceira.
Largou tudo. Comprou um sítio. Produz morangos. Tem cachorro. Vive um amor. E perdeu o medo de usar o ponto final.
E juntos descobriram que, na verdade, os biscoitos não estavam vazios.
O
livríneo me lembra bastante de Recorte!
da miga Talita
Guimarães – quem me presenteou ♥️ Aliás, recomendadíssimo para
dar de presente!
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