segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Resenha: "Ascensão" (Stephen King)


Tradução: Regiane Winarski

Sinopse: Scott Carey tem muito em que pensar ― o projeto enorme que pegou no trabalho; o casal lésbico que mora na casa ao lado e o cachorro delas, que insiste em fazer as necessidades no seu quintal; e a súbita e inexplicável perda de peso das últimas semanas.
Apesar de não querer ser estudado e examinado, Scott decide compartilhar a questão com seu velho amigo, o dr. Bob Ellis. Afinal, apesar dos números decrescentes na balança, sua aparência continua a mesma ― além disso, seu peso não varia quando está nu ou usando roupas pesadas, quando está de mãos vazias ou carrega algo no colo. Não importa o que ele faça ou coma, Scott está cada vez mais leve ― embora não mais magro ―, e conforme seu peso se aproxima de zero, ele sabe que logo nada vai prendê-lo ao chão.
Scott não quer se preocupar com o que vem pela frente; ele ainda tem tempo para resolver todas as suas questões antes do Dia Zero, e por que não começar pelas mais difíceis? Por exemplo, encarando o preconceito que suas vizinhas têm sofrido da comunidade ― e dele ― e fazendo o possível para ajudar.
Amizades improváveis, a maratona anual da cidade e a misteriosa condição de Scott são a fórmula para grandes transformações. Incrivelmente alegre e profundamente triste, Ascensão é um verdadeiro antídoto para nossa cultura intolerante.

Por Jayne Cordeiro: Ascensão é um livro bem curtinho de Stephen King, com um pouco mais de 120 páginas. A primeira coisa que me chamou a atenção foi a capa, que achei muito bonita, e ainda mais sendo de capa dura. Este livro é diferente das outras obras do autor que já li. O livro é bem mais curto, e a história é mais simples. Não espere aqui grandes explicações de o porque das coisas, mas ainda assim é um livro muito interessante e que me conquistou, mesmo sem ter um enredo complexo.

Gostei muito da forma como a história foi contada. Os personagens são extremamente cativantes, o que é uma surpresa, considerando as poucas páginas disponíveis. Scott é um encanto de pessoa e lida muito bem com a sua nova realidade. Esta ficando cada vez mais leve, percebendo que um dia ele não pesará o suficiente para permanecer ligado ao chão. Junto a essa história ligada mais ao gênero fantástico do que ao suspense/terror, o autor retrata outros temas bem interessantes, como o preconceito por opção sexual, e a aceitação das diferenças. 

No final da sinopse, existe a seguinte frase "Incrivelmente alegre e profundamente triste", definindo o livro. E acho que nada se encaixa tão bem quanto isso. Ao mesmo tempo que sorrimos com as interações entre os personagens, sentimos uma doce tristeza pelo destino que aguarda Scott. Apesar de o livro não trazer explicações para o fenômeno, acho que ele cumpre exatamente seu papel de passar uma mensagem voltada para a aceitação. Seja de qual forma for. É um livro bonito e muito diferente do que estou acostumada a ver do autor. E gostei muito disso.




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Ana Liberato