segunda-feira, 30 de março de 2020

Resenha: "De Repente uma noite de Paixão" (Lisa Kleypas)


Tradução: Ana Rodrigues

Sinopse: Não há espaço para romance na vida da escritora Amanda Briars. Reconhecida no meio literário londrino, ela realiza as próprias fantasias através das personagens que cria em suas histórias de amor. Em nome da liberdade, está satisfeita em viver na solidão.

Amanda só não quer completar 30 anos sem nunca ter experimentado o prazer, e a solução mais discreta é contratar os serviços de um profissional. Quando o homem aparece à sua porta, a atração entre os dois é evidente, mas, para frustração dela, ele interrompe a noite de paixão no meio e vai embora.
Uma semana depois, ela o reencontra em um jantar e descobre que Jack Devlin é, na verdade, seu novo editor. Amanda fica mortificada.
Porém as lembranças daquela noite permanecem vivas na mente dos dois, e basta uma centelha para que o fogo entre eles se reacenda. Só que Jack, filho rejeitado do nobre mais notório de Londres, tem o coração endurecido e não acredita no amor, enquanto Amanda resiste ao desejo crescente em nome de sua independência.
Quando o destino entrelaça suas vidas, suas convicções mais profundas entram em choque. Agora os dois precisam decidir se, depois de conhecerem a verdadeira paixão, conseguirão voltar a se satisfazer com menos que isso.

Por Jayne Cordeiro: Lisa Kleypas é a minha rainha quando se trata de romances de época. Por isso, fui correndo atrás desse novo lançamento dela, e posso já começar dizendo que ADOREI. E para mim ele foi muito inovador na forma como o relacionamento de Amanda e Jack começa e se desenrola. Eu sempre digo que gosto dos livros da Lisa porque eles costumam ser mais passionais, com romances que começam mais rápido do que nos livros da Julia Quinn, por exemplo. Mas neste livro a Lisa consegue bater seu próprio recorde.

Logo nas primeira páginas já temos cenas quentes porque a nossa protagonista Amanda decide contratar um homem para perder a virgindade e conhecer os prazeres da vida, já que é uma solteirona de 30 anos, e não tem pretensões de se casar. E Jack acaba aparecendo e sendo confundido com o contratado. A atração entre o dois é palpável desde o primeiro encontro, o que vira um problema para Amanda depois, quando descobre que o homem seria seu editor. E além desse encontro apimentado no começo, temos um casal que começa um relacionamento amoroso sem ideias iniciais de casamento ou de precisar resguardar a mocinha porque ela tem que achar um pretendente para casar.

Nunca tinha lido um romance de época em que o casal tinham esse tipo de relacionamento antes. E isso foi bem interessante. Sem falar que Jack e Amanda são ótimos personagens. As interações entre os dois são incríveis, e Jack é um sonho, com seu gosto por irritar um  pouco Amanda, e com seu tino comercial implacável. E ele consegue ser um homem bem evoluído e moderno pra sua época. Foi um livro gostoso de ler, que matei em um dia. Trata-se um ótimo lançamento, e diversão garantida para os leitores de romance.


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sexta-feira, 27 de março de 2020

Resenha: "A Filha do Conde" (Lorraine Heath)



Tradução: Daniela Rigon

Sinopse: “Era revoltante ver que ela estava ainda mais bonita do que quando a vira pela última vez, quando trocaram juras de amor e fizeram promessas que foram quebradas poucas horas depois… Os anos e a maturidade tinham acrescentado uma graça que Lavínia não possuía aos 17, quando Finn declarara o seu amor.Será que ela ainda se lembrava dos momentos com carinho ou a memória também rasgava seu coração, como fazia com o dele? Lavínia o fizera de tolo. Nenhuma das lembranças que tinha dela deveriam ser agradáveis. Mas, em algumas noites, ainda ficava na cama encarando o teto, porque a imagem dela surgia sempre que fechava os olhos.Cinco anos de sua vida em isolamento, e a única coisa para lhe fazer companhia, para mantê-lo são, era a lembrança que tinha dela. Aquelas memórias eram seu sustento. No começo, ele as invocava para alimentar a sede de vingança, de retribuição, mas a solidão fora aumentando até transformá-las em sonhos. As lembranças traziam a esperança de que o amor estaria esperando em algum lugar, que voltaria a tê-la, sorrindo para ele, rindo com ele, enchendo-o de alegria. Lavínia não era mais sua - na verdade, nunca fora - mas, ainda assim, uma parte tola de si não conseguia se esquecer de quando quase a tivera, aquela garota que amara no passado.”

Por Jayne Cordeiro: "A Filha do Conde" é o terceiro livro da série da Lorraine Heath que venho trazendo as resenhas aqui no blog. E preciso dizer a essa altura, que a Lorraine entrou na lista de melhores autora de romance de época para mim. Os livros delas trouxeram temas relevantes, diferenciados, e ela consegue dar um ótimo equilíbrio entre drama e romance. E esse livro trouxe um tema que me interessou bastante, que é um casal que já tinha uma história passada. E o livro já vem com um gancho do livro anterior ao explicar porque a Lavinia fugiu do casamento e porque se escondeu naquela região.

O enredo desse livro foi o mais emocional e pesado dos três até agora. Ainda existe o tema ligado ao bastardo, e o estigma social, mas também mostra mais das consequências negativas disso. E fala sobre como a nobreza pode ser cruel com os seus próprios. Foi um livro carregado de drama, porque Lavinia e Finn passaram por muita coisa, mas também foi um livro divertido e doce. As interações entre os dois, e como a Lavinia mudou durante esses anos foi ótimo de acompanhar. Eu achei que eles passariam o livro todo se engalfinhando, mas não foi o que aconteceu. 

O livro é muito bom, e acabei lendo ele em menos de um dia. A leitura é gostosa, rápida, e muito interessante. Os personagens secundários são ótimos, fazendo menção especial a Robyn, que já tinha conquistado nossos corações no livro anterior, e que parece conseguir um belo desfecho neste. O casal é envolvente, e é um ponto positivo poder acompanhar o desenvolvimento a longo prazo do casal, já que vemos eles desde a adolescência até a vida maduro. É outro livro que super indico, e estou muito ansiosa para ver os próximos livro da série.

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terça-feira, 24 de março de 2020

Resenha: "Amor de Um Duque" (Lorraine Heath)


Tradução: Daniela Rigon

Sinopse: Gillie Trewlove sabe o valor da bondade de desconhecidos, já que foi abandonada ainda bebê na porta da mulher que a criou. Quando se depara com um homem sendo agredido em sua própria porta ― ou melhor, no beco próximo da sua taverna ―, ela não hesita em ajudá-lo. Porém, o homem é tão bonito que não pode pertencer a um lugar como Whitechapel, muito menos à cama de Gillie, na qual ele precisa ficar para se recuperar. O duque de Thornley está tendo um péssimo dia. Ser abandonado no altar é humilhante, ser salvo de bandidos por uma mulher ― ainda que uma mulher linda e corajosa ― é mais ainda. Após ajudá-lo a se recuperar, Gillie concorda em acompanhá-lo pelas ruas sombrias de Londres em busca da noiva. No entanto, cada momento juntos os leva ao limite do desejo, e faz o duque repensar sua escolha a respeito do casamento. Gillie sabe que a aristocracia nunca iria aceitar uma duquesa como ela, mas Thorne está disposto a provar que nenhum obstáculo é insuperável diante do amor de um duque.

Por Jayne Cordeiro: "Amor de um duque" é o segundo livro de uma série focada em um grupo de irmãos considerados bastardos. O primeiro livro já foi resenhado aqui, dias atrás, que se chama "Desejo e Escândalo". E preciso dizer que gostei muito do primeiro, mas gostei ainda mais desse segundo. Aqui nós temos um verdadeiro conto de fadas, já que há um duque e uma plebeia, que ainda por cima, carrega o estigma de ser uma bastarda. E de novo a autora utilizada dessa questão cultural tão impactante e nada explorada por outras autoras do gênero.

Gillie é uma mulher espetacular. Forte, decidida, independente, mas sem ser fria. Ela consegue ser simpática, atenciosa e não levar desaforo pra casa. Thorne é um verdadeiro duque, que sabe se impor, mas que também é bastante atencioso e justo. Eles dois sabem desde o começo que não há chance para um relacionamento, mas é difícil lutar contra uma atração tão forte, e ainda mais quando envolve duas pessoas que se dão tão bem. Gostei muito de como o romance foi se desenvolvendo aos poucos. No começo, um intrigava ao outro, por virem de mundos tão diferentes, e esse desejo de se conhecerem, leva a esse romance encantador.

O livro é muito bem escrito, com uma história gostosa e envolvente. Os personagens são bem elaborados, e adoro a família da Gillie, principalmente a proteção dos irmãos dela. Ainda há um mistério envolvendo a noiva fugitiva de Thorne, que já serve de plot intrigante e de ligação para o livro seguinte da série "A filha do conde". Resumidamente, "O amor de um duque" é um ótimo romance de época, com uma história cheia de profundidade, e ao mesmo tempo romântica e divertida. É uma ótima recomendação de leitura para esses tempos conturbados que vivemos. Vocês vão gostar.


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sexta-feira, 13 de março de 2020

Resenha: "Desejo e Escândalo" (Lorraine Heath)

Tradução: Thalita Uba

Sinopse: Mick Trewlove é o filho bastardo do duque de Hedley, mas ninguém sabe disso. Mesmo depois de se tornar um empresário de sucesso, ele ainda busca vingança contra o homem que o abandonou. E qual a melhor forma de fazer isso do que seduzir a noiva do filho legítimo do duque? Lady Aslyn está noiva do conde Kipwick, filho único do duque de Hedley, mas se vê, inesperadamente, apaixonada pelo misterioso bilionário Mick Trewlove. Durante os passeios pelos parques de Londres, ela começa a desconfiar de que algo se esconde por trás do sorriso sedutor, mas não tem certeza. Quando os segredos são revelados, uma reviravolta inesperada surpreende Mick, que terá que escolher entre manter seu plano de vingança ou ser feliz.

Por Jayne Cordeiro: Temos aqui mais um romance de época que me conquistou demais. É o primeiro livro da Lorraine Heath que eu leio, e gostei muito dele, por trazer um enredo bem diferente. Para começar, o protagonista Mick é um empresário de sucesso, sem nenhuma ligação com a nobreza, e ainda por cima um bastardo. Mas ele sabe quem é seu pai e desde cedo planeja sua vingança contra o homem que o abandonou. Já Aslyn, é filha de nobres, que foi criada como protegida do pai biológico de Mick. Por vingança, este decide se aproximar de Aslyn e usá-la.

A ideia de trazer um bastardo como protagonista foge dos padrões de homem aristocrata, e nesse caso a mocinha é a nobre. O livro aproveita para mostrar uma realidade de antigamente que era o abandono de bastardos filhos de nobres e o que acontecia com essas crianças. Além disso temos um casal que é muito simpático. Mick tem um jeito mais bruto em relação aos nobres, mas isso torna ele mais atrativo, além de ser rico e protetor, do jeito que eu gosto. Asly sempre foi muito protegida pela família, vivendo como uma verdadeira lady. E se envolver com Mick a leva para fora da sua zona de conforto.

O romance dos dois demora um pouco para acontecer, mas desde o começo é muito interessante acompanhar os dois  juntos. Seus diálogos e pensamentos fazem a leitura passar bem rápido. E o livro ainda conta com um final muito bom, trazendo uma surpresa, que foi um dos pontos máximos da história. Para mim, foi uma ótima apresentação a autora, que mostrou uma escrita fácil, envolvente, na medida certa de romance, drama e diversão. Os dois livros seguintes da série já foram lançados, sendo que o próximo "Amor de um Duque", traz como protagonista uma das irmãs postiças de Mick, que também foi abandonada quando criança. Logo devo trazer a resenha dela aqui no blog também.



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sexta-feira, 6 de março de 2020

Resenha: "Até Você Chegar" (Judith McNaught)



Tradução: Therezinha Monteiro Deutsch

Sinopse: A romântica Sheridan Bromleigh sonha em encontrar o homem de sua vida. Mas sua realidade como professora de etiqueta para damas da alta sociedade americana sempre a obrigou a colocar seus sonhos de lado. Até o dia em que precisou levar uma de suas pupilas, Charise Lancaster, para a Inglaterra, onde a moça se casaria com um jovem aristocrata, o Lorde Burlenton. Mas Charise foge com um desconhecido antes mesmo de encontrar seu pretendente. Sheridan fica aflita, sem saber o que fazer ou como dar a notícia ao lorde. Nesse ínterim, Stephen Westmoreland, conde de Langford, acidentalmente tira a vida de Burlenton. Sentindo-se culpado pela morte do rapaz, Stephen resolve ir ao porto no dia seguinte receber a noiva e relatar o ocorrido. O acaso coloca Stephen e Sheridan frente a frente, porém, antes de se apresentar, a professora é vítima de um terrível acidente e acorda na mansão do conde, sofrendo de amnésia. Sentindo-se responsável pela moça, a qual pensa se tratar de Charise, o conde assume o papel de seu noivo. A partir daí, o casal se depara com uma série de mal-entendidos, meias verdades, reencontros — o que pode culminar em uma bela história de amor.

Por Jayne Cordeiro: Este é o último livro da Dinastia Westmoreland, que acompanha integrantes da família. E o rapaz dessa vez é Stephen, irmão do Duque de Claymore, e protagonista do livro anterior (Whitney, Meu Amor). E com certeza, esse foi o meu livro favorito dos três. A sinopse parece um pouco clichê, quando pensamos em uma protagonista que perde a memoria, mas a história é muito bem contada e bem divertida, com ótimas interações com o outros personagens, e diversos acontecimentos.

Foi bom ver um casal que não nutria um ódio mortal um pelo outro, e que começam se dando bem. O que foi diferente dos outros dois livros. Não tenho queixas quanto aos dois protagonistas. O fato de Sheridan ter perdido a memoria, possibilitou que ela tivesse um comportamento bem mais despojado que uma mulher da época teria, e isso foi muito divertido. Stephen é a mistura perfeita entre um nobre com poder e um libertino. E o que falar dos personagens secundários? Divertidos e ajudaram a criar os melhores momentos da história. Para mim, esse livro foi o mai bem humorado da série.

A história foi bem construída, sobrando nenhum tempo para enrolação ou reviravoltas maçantes, como percebi em outro livro dela. Tudo acontece no tempo certo, e de forma bem realista. O livro é grande, mas li em pouquíssimo tempo, porque você quer saber o que acontece a seguir com os dois, e como eles vão resolver toda a mentira que envolve os dois. É um dos melhores livros de época que já li, com o acréscimo de trazer uma história mais complexa e longa, sem ser cansativo. É uma ótima indicação, para quem gosta do gênero. E também para quem quer começar a leitura de um do tipo.


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Ana Liberato