sexta-feira, 26 de junho de 2020

Resenha: "Ligeiramente Pecaminosos" (Mary Balogh)


Tradução: Ana Rodrigues

Sinopse: Em meio à Batalha de Waterloo, lorde Alleyne Bedwyn é ferido e dado como morto pela família. Ao acordar, ele se vê no quarto de um bordel sem lembrar quem é ou como foi parar ali. Sua única certeza é que deseja conquistar o coração do anjo que cuida dele todo dia.
Contudo, assim como ele, Rachel York não é quem parece. Depois de enfrentar uma situação difícil, que a levou a viver numa casa de pecados, agora a bela e inteligente jovem precisa recuperar seu dinheiro e as economias das amigas prostitutas, roubados por um falso clérigo. E o belo soldado de quem vem cuidando parece perfeito para se passar por seu marido e ajudá-la em seus planos.
Porém, apesar de ter perdido a memória, Alleyne não perdeu nada de sua sedução. De volta a Londres, os dois se envolvem em um escândalo pecaminoso e, a cada beijo, esquecem que seu relacionamento é apenas uma farsa e ficam mais perto de se entregar à paixão.
Neste quinto livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh apresenta um romance repleto de humor, com personagens carismáticos que o leitor não conseguirá abandonar ao fim da história.

Por Jayne Cordeiro: "Ligeiramente Pecaminosos" é o quinto, e penúltimo, livro da série sobre a familia Bedwyn. Essa família que me conquistou e que entrou no hall das melhores em romances de época. E outra vez, a autora se superou, explorando bem um tema comum, e ajnda trazendo um tópico que nunca vi ser abordado nesses romances.

A história desse livro acontece simultaneamente ao quarto livro, da Morgan. Alleyne acaba perdendo a memória após ser atingido na batalha de Waterloo, e resgatado por Rachel. Uma jovem dama, que acabou morando em um bordel. E é aí que vem uma das coisas mais legais do livro. A presença de jovens prostitutas como personagens secundárias, que são extremamente divertidas, e uns amores. Nunca tinha visto isso em um romance de época.

E todo mundo combinou perfeitamente, porque elas eram atenciosas, verdadeiras e divertidas. Da mesma forma que Rachel, apesar de ser mais inocente, e Alleyne, que mantém muito de suas características,  mesmo desmemoriado.

O livro trás a questão da prostituição de forma delicada e leve, como todos os temas tratados pela autora, e boa divertimos muito com esse grupo todo. É um livro muito leve, divertido e doce. Alleyne está maravilhoso, e ele faz um par bem legal com a Rachel. Principalmente do meio para o final, quando a coisa ganha rumo.

A interação de todos é muito interessante, apesar de achar que o conjunto acabou se sobressaindo um pouco mais do que o casal em si. Mas não deixa de ser um romance muito bom. E de certa forma me lembrou algo que a Julia Quinn escreveria. Neste livro a familia Bedwyn aparece pouco, mas temos uma das cenas mais fofas de toda a série. E agora começa a vir aquela nostalgia, porque só falta um livro para acabar, e esse é o mais esperado da série. Será a hora de ver Bewcastle se apaixonar.


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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Resenha: "O caso dos dez negrinhos" (Agatha Christie)

Tradução de Leonel Vallandro

Por Thaís Inocêncio: Dez pessoas que não se conhecem recebem um convite misterioso para passar alguns dias na famosa Ilha do Negro. Embora não se lembrem muito bem do anfitrião, elas aceitam o convite, afinal, parece ser um lugar muito agradável que abriga uma mansão luxuosa. O que elas não esperavam é que a estadia na ilha não seria nada relaxante, e sim muito assustadora.

Ao chegarem ao local, os dez convidados descobrem que o anfitrião não está lá e que o barco que os levou já partiu, deixando-os sem possibilidade de sair da ilha. Mas a mansão está abastecida com muitos alimentos, então eles ficam tranquilos. Até que, após o primeiro jantar, eles ouvem uma gravação acusando cada um deles de ter cometido um crime que, direta ou indiretamente, resultou numa morte.

Logo, eles descobrirão que, dentro da casa, existe alguém que pretende fazer justiça com as próprias mãos, vingando-se de um por um dos convidados. Para isso, o justiceiro desconhecido vai se inspirar num poema infantil em que dez negrinhos são eliminados, um de cada uma vez, de maneiras diferentes (É tipo a musiquinha dos 5 patinhos da Xuxa, que cada um vai sumindo de uma vez, sabe? Só que o poema do livro explica como cada um “some”). Ao mesmo tempo, dez figuras negras que estavam em cima de uma mesa começam a desaparecer. Mas quem é o assassino? É alguém de fora ou um dos dez convidados? E como eles vão escapar dessa? Só lendo pra saber!

Esse foi o segundo livro da Rainha do Crime que eu li e gostei bem mais do que o outro – que foi “Assassinato no Expresso do Oriente”). O livro é curtinho, mas tem muita ação, emoção e consegue prender a gente até o fim! Além disso, percebi que não tem como ler Agatha Christie sem ficar tentando adivinhar quem é o culpado. Durante quase toda a leitura, eu desconfiei de uma pessoa e é claro que eu estava errada, porque a dona autora sempre segue pelo caminho que a gente menos imagina!

No Brasil, o livro foi relançado em 2014 pela Globo Livros com o título “E não sobrou nenhum”. Isso ocorreu porque a versão original, lançada em 1939, é “Ten Little Niggers” e a palavra “nigger”, nos Estados Unidos, tem cunho racista; ela era usada para insultar os negros ou se referir a eles de maneira pejorativa. Na nova versão, o local se chama Ilha do Soldado e o poema fala sobre dez soldadinhos. Minha edição, comprada por 5 reais em um sebo, ainda leva o título antigo. De todo modo, a história não é sobre a morte de pessoas negras; o nome original se refere ao poema.

Recomento muito a leitura!

Até a próxima, galera!
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sexta-feira, 19 de junho de 2020

Resenha: "Ligeiramente Seduzidos" (Mary Balogh)


Tradução: Ana Rodrigues

Sinopse:  Jovem, estonteante e nascida em berço de ouro. É apenas isso que Gervase Ashford, o conde de Rosthorn, enxerga em Morgan Bedwyn quando a conhece, num dos bailes da alta sociedade inglesa em Bruxelas.  Em circunstâncias normais, ele não olharia para ela duas vezes – prefere mulheres mais velhas e experientes. Porém, ao saber que Morgan é irmã de Wulfric Bedwyn, a quem Gervase culpa pelos nove anos que passou longe da Inglaterra, decide que ela é o instrumento perfeito para satisfazer seu desejo de vingança.  Mas Morgan, apesar de jovem e inocente, também é independente e voluntariosa e, assim que entende as intenções do conde, se prepara para virar o jogo e deixar claro que não se deixará manipular por ninguém.  Em Ligeiramente seduzidos, quarto livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh nos brinda com mais uma história fascinante. Em uma trama repleta de traição e vingança, escândalo e sedução, ela mostra que o caminho para o amor pode ser difícil, mas que a recompensa faz cada passo valer a pena.

Por Jayne Cordeiro: "Ligeiramente Seduzidos" é o quarto livro da série Os Bedwyns, e foca na caçula da família, Morgan. Quando vi a sinopse do livro, achei que seria mais um livro sobre vingança, que vemos como tema em romances de época. Mas Mary Balogh tem um jeito especial de pegar ideias clichês e dar toda uma roupagem nova. E no final das contas não ficamos com aquela sensação de que já vimos isso antes. Este livro também trás alguns tópicos que não costumam ser usados em romances do gênero.

Pela primeira vez vi uma lady vivenciando a realidade de uma guerra, e também uma  questão  sobre sexualidade inédita para mim nesses livros. Fora isso, ela consegue trazer a vingança como chamariz do enredo, mas ele não é ponto principal da história aqui, e Gervase consegue ser único nesse sentido. Adorei como a autora deu um equilibrio a Morgan (personagem mais nova desse universo) entre imaturidade e racionalidade. Ela consegue ser tão madura para algumas coisas, mas também tem atitudes que são esperadas da idade e inexperiência dela.

Gervase me lembra muito Joshua, do livro anterior. Ele consegue seguir a maré e não se mostrar abalado por quase nada. Ele também não se deixa envolver pela vingança, e logo confunde vingança e emoções. Este livro trás mais uma overdose da familia Bedwyn, e vemos um Wulfric que não poderia ser imaginado a 3 livros atrás. Os personagens secundários novos dessa história também são ótimos, e há uma história bem interessante em relação ao passado de Gervase.

Não posso dizer que seja o melhor livro da série,  pois pra mim, o segundo  e o terceiro superam. Mas ainda assim é um ótimo romance de época. A autora conseguiu passar uma história real e com várias novidades. Divertida, dramática e romântica. É uma boa indicação de leitura. 

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segunda-feira, 15 de junho de 2020

Resenha: "Sweet" (Tammara Webber)


Tradução: Debora Isidoro

Sinopse: Ele é o amor da vida dela, mas não sabe disso. Ela é a única pessoa por quem ele faria um sacrifício. Os dois só precisam se dar uma segunda chance. Boyce Wynn é um cara ferido e selvagem, mas resiliente. Pearl Frank sempre foi uma garota obediente, mas agora está inquieta. Quando volta para sua cidadezinha, em crise com sua escolha profissional, Pearl tem duas certezas: Boyce é exatamente aquilo que ela deveria evitar ― e tudo o que ela mais quer. Ele é rebelde e barulhento. Indiferente ao que as pessoas pensam dele. Intenso. Forte. Perigoso. Mas Boyce tem mais uma característica ― algo que ele esconde de todos, exceto de Pearl: ele é doce. Neste volume da série Contornos do Coração, você vai conhecer a história de dois amigos conforme eles descobrem que sempre foram mais que isso ― além de rever personagens conhecidos, como Lucas e Jacqueline.

Por Jayne Cordeiro: "Sweet" é um daqueles livros em que o nome combina perfeitamente com a história. Mas ao mesmo tempo, temos um livro que consegue ser quente, e com gosto. Eu me surpreendi com essa história. Porque ela consegue misturar doçura e cenas sexys, de uma forma muito boa. A forma como acompanhamos e conhecemos o começo do romance entre Pearl e Boyce é fofo demais. Duas pessoas que se conheceram quando crianças  e que possuem uma ligação especial e secreta.

No começo estranhei um pouco a forma como a autora decidiu contar essa história. Ela intercala presente e passado, sem deixar claro essa troca, então estamos no presente e no parágrafo seguinte, o personagem e criança ou adolescente. Mas depois que você se acostuma, fica até gostoso de acompanhar e ver lentamente, como os mocinhos chegam aonde estão.

Boyce é um amor. Não é um rapaz com uma vida perfeita, e ele tem um complexo de inferioridade que consegue não ser chato, como vemos as vezes. Mas apesar de tudo o que ele passa, com pais horrorosos, ele conseguiu ser um adulto magnifico e muito maduro, mesmo em situações que me deram vontade gritar no lugar dele. Pearl veio de uma vida dificil, mas quando adolescente tudo melhorou, graças ao padrasto. Ela tem um patamar de vida melhor, mas isso não significa que ela tenha perdido seu jeito humilde. Ela é muito real, com suas dúvidas,  mas também com sua capacidade de decidir seu futuro.

É um livro que mostra um romance que cresceu com a idade, mas que as vezes demora para as pessoas envolvidas perceberem que é preciso passos de ambos os lados para dar certo. E trás também um debate bem interessante sobre o papel e a importância da família  no desenvolvimento e amadurecimento das pessoas. Este livro faz parte de uma série, mas pode ser lido separadamente sem nenhum problema. A escrita é gostosa, e consegue equilibrar romance, sexo, drama e diálogos legais, no equilíbrio certo. Pode não ser um daqueles livros que você fica extasiado  e quer que o mundo leia, mas é uma leitura muito legal para o gênero de romance, e não há arrependimentos no final.


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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Resenha: "Ligeiramente Escandalosos" (Mary Balogh)


Tradução: Ana Rodrigues

Sinopse:  Freyja Bedwyn é uma mulher diferente das outras damas da alta sociedade: impetuosa e decidida, ela preza a independência e a liberdade acima de qualquer coisa – até mesmo do amor.  Até que o destino lhe apresenta Joshua Moore, o marquês de Hallmare, um homem cheio de charme e mistério, dono de uma beleza estonteante e de uma reputação terrível. Quando ambos se encontram a caminho da pacata cidade de Bath, a química entre os dois é imediata.  Entre encontros e desencontros, conflitos e provocações, Joshua faz uma proposta inusitada: pede que Freyja finja ser sua noiva, para evitar que uma artimanha de sua tia o leve a se casar com a própria prima.  Para uma dupla que acha graça das convenções sociais, esta parece ser a oportunidade perfeita para se divertir. Mas a brincadeira acaba trazendo consequências inesperadas. Aos poucos, suas máscaras vão caindo e ambos se revelam pessoas bem diferentes do que aparentam.  Neste terceiro livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh se aprofunda ainda mais nos segredos e desejos dessa família incomum e extremamente sensual. 

Por Jayne Cordeiro: Continuando as últimas resenhas a respeito dessa série maravilhosa que estou lendo, chegamos no terceiro livro da série Os Bedwyns. "Ligeiramente Escandalosos" era um livro que estava ansiosa para ler, pois trás como protagonista a Freyja Bedwyn, personagem de grande personalidade e que já se destacou bastante nos outros livros da série. Tinha uma história bem interessante, com dois noivados arruinados, e com um comportamento bem diferente, em relação as moças da época.

Joshua é um personagem incrível também. Ele tem uma perspicácia fenômenal. É divertido, sempre com um sorriso no rosto, e consegue ser o par perfeito para a Freyja. E é incrível como começamos a história imaginando ele de uma forma, e na medida em que o tempo passa, vamos conhecendo um outro lado dele. 

Apesar de o enredo inicial não ser muito original, até porque a autora já tem outro livro com a mesma ideia do noivado falso, esse conseguiu ser desenvolvido de uma forma única, e extremamente divertida. Não há uma diálogo entre o casal, ou deles com outras pessoas que não seja especial. E a autora ainda conseguiu tocar em temas pesados, mas de uma forma delicada. Há uma cena envolvendo o diálogo, que foi a coisa mais doce que já vi na vida.

Não resta dúvidas que esse livro é maravilhoso e indico para todo mundo. Os personagens secundários (principalmente a família  Bedwyn) são parte essencial em tornar esta história única. E ainda temos uma antagonista que consegue se destacar bem aqui. O livro trás romance, diversão,  temas únicos e resoluções inteligentes. A série melhorando mais  a cada livro. Vamos ver o que o próximo livro vai trazer.

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segunda-feira, 8 de junho de 2020

Resenha: "Função CEO - A descoberta da verdade" (Tatiana Amaral)


Sinopse: "Respirei fundo forçando minha mente a aceitar que aquilo era perigoso e que ceder seria estragar tudo. Eu precisava entender, aceitar e continuar. Por mim, por Abby e por todos que foram subjugados, humilhados e destruídos por causa daquele jogo inescrupuloso, imundo e desumano. Tinha que ter um fim. Porque ninguém recomeça sem finalizar. Não pode existir restos, sobras, pendências. Tudo precisava ser concluído."
Melissa Simon está de volta, mas nem tudo é o que parenta ser. Robert Carter sofre pelos seus erros e anseia pela volta da sua amante, para tanto precisará expurgar todos os seus pecados, reconhecer seus erros e pagar por eles. No último livro da Trilogia Função CEO a verdade não será a arma principal. Robert e Melissa vão descobrir que mentir, enganar e roubar, muitas vezes é a forma mais rápida de conseguir o almejado recomeço. Mas em um jogo onde tudo é possível, quem está contra quem?

Por Jayne Cordeiro: E aqui estamos no final dessa trilogia que devorei  em pouco tempo. Uma trilogia que já tinha ouvido falar e que finalmente tive a oportunidade de ler. E que gostei muito. Comecei a série sem grandes expectativas, e acabei me surpreendendo mais a cada livro, e foi incrível ver, como a minha ansiedade aumentava cada vez que um livro acabava. 

Quando comecei esse fiquei preocupada com o rumo da história, já que a Melissa voltaria bem diferente após os meses afastada, e com uma noticia bem bombástica para Robert e os outros. Será que isso criaria mais problemas para o relacionamento de Robert e Melissa? Será que eles passariam o livro todo separado? Felizmente tudo aconteceu de uma forma excepcional, seguindo uma história dinâmica, cheia de momentos inesperados e ainda com muito romance.

Gostei de como o Robert se tornou mais frágil (se a palavra pode ser essa) emocionalmente. Ele parecia mais humano, mais focado no amor do que no ódio e guerra. Melissa estava mais emotiva e mais reativa do que o normal, mas a autora conseguiu passar e justificar isso, sem deixar que a personagem ficasse chata. Adorei ver a forma madura com a qual os dois se relacionavam.

No geral, foi um livro que consegiu passar para o leitor, diversas emoções.  Diversão,  revolta, drama, romance (muito romance), tudo junto em uma história que se manteve firme o tempo todo, e que trouxe um grande final para a história desses dois. Fiquei feliz de também poder ver algumas cenas apenas dos outros casais, e me diverti muito com a de Bruno e Alexa. Achei o final dessa bela história bem verdadeira e não mudaria nada em relação a como os mocinhos ou vilões se comportaram. Valeu muito a leitura, e indico para todos que gostam do gênero.


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sexta-feira, 5 de junho de 2020

Resenha: "Ligeiramente Maliciosos" (Mary Balogh)


Tradução: Ana Rodrigues

Sinopse: Após sofrer um acidente com a diligência em que viajava, Judith Law fica presa à beira da estrada no que parece ser o pior dia de sua vida. No entanto, sua sorte muda quando é resgatada por Ralf Bedard, um atraente cavaleiro de sorriso zombeteiro que se prontifica a levá-la até a estalagem mais próxima. Filha de um rigoroso pastor, Judith vê no convite do Sr. Bedard a chance de experimentar uma aventura e se apresenta como Claire Campbell, uma atriz independente e confiante, a caminho de York para interpretar um novo papel. A atração entre o casal é instantânea e, num jogo de sedução e mentiras, a jovem dama se entrega a uma tórrida e inesquecível noite de amor. Judith só não desconfia de que não é a única a usar uma identidade falsa. Ralf Bedard é ninguém menos do que lorde Rannulf Bedwyn, irmão do duque de Bewcastle, que partia para Grandmaison Park a fim de cortejar sua futura noiva: a Srta. Julianne Effingham, prima de Judith. Quando os dois se reencontram e as máscaras caem, eles precisam tomar uma decisão: seguir com seus papéis de acordo com o que todos consideram socialmente aceitável ou se entregar a uma paixão avassaladora? Neste segundo livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh nos conquista com mais um capítulo dessa família que, em meio ao deslumbramento da alta sociedade, busca sempre o amor verdadeiro. 

Por Jayne Cordeiro: "Ligeiramente Maliciosos" é o segundo livro da série Os Bedwyns, que resenhei o primeiro a pouco tempo. E posso dizer que adorei esse livro. A história já trás um inicio bem diferente do comum. Um romance de época em que o casal tem um romance casual logo no começo? Um romance com tudo que tem direito? Não dava para se decepcionar, e com certeza não foi o que aconteceu. 

Me simpatizei muito com a Judith, por seu costume de "interpretar" sozinha, e com o destino infeliz que a esperava, como empregada/familiar pobre de uma família rica. É uma personagem doce, que aceita seu destino, mas que também não se deixa abater ou de lutar pelo que acha certo. Já Rannulf, é  membro da família que me conquistou com seu jeito bem diferente do que normalmente vemos nos livros. Até achei que não veria os outroa membros nesse livro, mas felizmente eles aparecem em algum momento. Ele é outro que se mostrou doce, respeitoso,  mas que também não passou por cima de seus princípios ou sentimentos. 

Acho muito fofa essa tradição da familia Bedwyn de se apaixonar e ser devoto ao casamento. Isso dá uma importância ainda maior aos seus relacionamentos. O livro tem o equilíbrio certo de romance, paixão e realismo, o que é uma característica da autora. De criar romances que se desenvolvem com o tempo (mesmo que  paixão venha antes), em que o casal é uma mistura natural entre racional e emocional. Eu gostei muito desse livro, dos diálogos entre eles, das cenas românticas, e das participações secundárias. O enredo foi divertido, instigante e que mostra como a autora se superou em relação ao primeiro, que também foi bom. E agora fiquei ainda mais ansiosa para ler o terceiro, que promete, já que será com a Freyja.


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segunda-feira, 1 de junho de 2020

Resenha: "Função CEO - A Descoberta do amor" (Tatiana Amaral)


Sinopse: “Uma vez minha mãe me disse que satanás era o anjo mais bonito do céu e o mais querido por Deus, mas sua beleza o fez acreditar que podia mais. Então, depois de uma guerra, foi atirado ao inferno, e jurou vingança. Para isso escolheu corromper a humanidade. Como? Alguns dizem que através do dinheiro, outros através das palavras, mas muitos juram que foi através da beleza. Robert tinha os três: dinheiro, persuasão e beleza. E roubava de mim todas as virtudes. Eu cobiçava, traía, roubava, tudo em nome do amor que sentia por ele.”

Quando Melissa Simon encontrou Robert Carter seu mundo virou de cabeça para baixo. Quando aceitou ser sua amante, não fazia ideia do que seria estar ao seu lado. Robert Carter e Melissa Simon descobrem o amor, mas para vive-lo precisam se despir dos segredos que circundam a relação. Robert está disposto a contar a verdade. Melissa está segura do seu amor e disposta a enfrentar todos os problemas para permanecer ao seu lado. Juntos, eles vão descobrir que nem sempre o amor é suficiente, a verdade não é capaz de derrubar barreiras e o bem pode não vencer no final. O segundo livro da Trilogia Função CEO, está ainda mais emocionante, onde Melissa e Robert precisarão enfrentar um grande oponente: Tanya, e descobrir que ela não joga para perder.

Por Jayne Cordeiro: Este livro é o segundo da trilogia Função CEO, que comecei a resenhar recentemente. O livro é bem maior que o primeiro, mas isso não é um problema. Na verdade, li ele bem mais rápido, porque eu não conseguia parar a leitura. Enquanto que o começo do primeiro foi mais lento e não tinha me conquistado tanto, o segundo já vem no ritmo e me deixou ansiosa para saber mais.

Gosto muito das interações entre a Melissa e o Robert, e apesar de as vezes quer dar uma sacudida nos dois, a autora consegue criar situações sem ser de forma forçada. A história é dinâmica,  quente e muito romântica, se misturando com segredos, reviravoltas e intrigas. É um livro divertido, doce, sexy e com uma boa carga dramática, o que torna a leitura muito boa.

Fiquei com medo de o livro ter muita enrolação,  considerando seu tamanho e a trama principal, mas não foi o que aconteceu. Muita coisa acontece, e tudo de forma muito bem estruturada, que não dá para enxergar nada como supérfluo. Os personagens não são limitados, e conseguem trazer nuances diferenciadas e que enriquecem bem a história. Não dá pra prever o que vai acontecer, e tudo caminha para um terceiro livro ai da melhor do que tivemos aqui, o que já é muita coisa, já que esse foi uma ótima leitura. E preciso mencionar as capas dessa edição especial da Pandorga, que estão uma mais linda que a outra.



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Ana Liberato