Tradução de Leonel Vallandro
Por Thaís Inocêncio: Dez pessoas que não se conhecem
recebem um convite misterioso para passar alguns dias na famosa Ilha do Negro.
Embora não se lembrem muito bem do anfitrião, elas aceitam o convite, afinal,
parece ser um lugar muito agradável que abriga uma mansão luxuosa. O que elas
não esperavam é que a estadia na ilha não seria nada relaxante, e sim muito
assustadora.
Ao chegarem ao local, os dez convidados descobrem que o
anfitrião não está lá e que o barco que os levou já partiu, deixando-os sem
possibilidade de sair da ilha. Mas a mansão está abastecida com muitos
alimentos, então eles ficam tranquilos. Até que, após o primeiro
jantar, eles ouvem uma gravação acusando cada um deles de ter cometido um crime
que, direta ou indiretamente, resultou numa morte.
Logo, eles descobrirão que, dentro da casa, existe alguém
que pretende fazer justiça com as próprias mãos, vingando-se de um por um dos convidados. Para
isso, o justiceiro desconhecido vai se inspirar num poema infantil em que
dez negrinhos são eliminados, um de cada uma vez, de maneiras diferentes (É
tipo a musiquinha dos 5 patinhos da Xuxa, que cada um vai sumindo de uma vez,
sabe? Só que o poema do livro explica como cada um “some”). Ao mesmo tempo, dez figuras negras que estavam em cima de uma mesa começam a desaparecer. Mas quem é o
assassino? É alguém de fora ou um dos dez convidados? E como eles vão escapar
dessa? Só lendo pra saber!
Esse foi o segundo livro da Rainha do Crime que eu li e
gostei bem mais do que o outro – que foi “Assassinato no Expresso do Oriente”).
O livro é curtinho, mas tem muita ação, emoção e consegue prender a gente até o
fim! Além disso, percebi que não tem como ler Agatha Christie sem ficar
tentando adivinhar quem é o culpado. Durante quase toda a leitura, eu
desconfiei de uma pessoa e é claro que eu estava errada, porque a dona autora
sempre segue pelo caminho que a gente menos imagina!
No Brasil, o livro foi relançado em 2014 pela Globo Livros com o título “E não
sobrou nenhum”. Isso ocorreu porque a versão original,
lançada em 1939, é “Ten Little Niggers” e a palavra “nigger”, nos Estados
Unidos, tem cunho racista; ela era usada para insultar os negros ou se referir
a eles de maneira pejorativa. Na nova versão, o local se chama Ilha do Soldado e o poema fala sobre dez soldadinhos. Minha edição, comprada por 5 reais em um sebo,
ainda leva o título antigo. De todo modo, a história não é sobre a morte de pessoas negras; o nome original se refere ao poema.
Recomento muito a leitura!
Recomento muito a leitura!
Até a próxima, galera!
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