segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Resenha: "Amor(es) verdadeiro(s)" (Taylor Jenkins Reid)

Tradução de Alexandre Boide.

Por Thaís InocêncioNa adolescência, Emma Blair tinha um crush no líder da equipe de natação do colégio, mas achava que nada iria acontecer entre eles, afinal, ele era popular e ela era... normal (bem coisa de filme estadunidense, sabe?).

Um dia, em meio a uma confusão numa festa, eles iniciam uma conversa e descobrem que têm muito em comum. Ambos não querem atender às expectativas dos pais e desejam fugir de toda a pressão que eles fazem: Emma não quer trabalhar na livraria da família; Jesse não quer ser nadador profissional. E assim eles começam a namorar.

Emma e Jesse, então, deixam sua cidade natal, em Massachusetts, e vão para a faculdade em Los Angeles. Eles se casam e têm uma vida muito feliz – até que uma tragédia acontece. Na véspera do aniversário de casamento deles, Jesse sofre um acidente de avião e é dado como morto.

Emma, é claro, passa por um longo processo de luto. Ela volta para a casa dos pais, para ter o apoio deles e da irmã, mas o sofrimento parece não ter fim. Aos pouquinhos, porém, ela vai se reerguendo. É nesse momento que ela reencontra Sam, um antigo colega, que trabalhava na livraria da família Blair. Eles se aproximam e iniciam um relacionamento. Emma, enfim, acredita ser capaz de se abrir novamente para o amor e, mais de três anos após a morte de Jesse, ela fica noiva de Sam. Então, chega a notícia bombástica: Jesse está vivo! É aí que Emma se vê dividida entre seus Amor(es) verdadeiro(s).

Narrado pela protagonista Emma, o livro consegue chamar a nossa atenção desde, literalmente, a primeira frase. Dá uma espiadinha:: 

"Eu estava terminando de jantar com a minha família e com o meu noivo quando meu marido de repente me liga."

Ou seja, já no prólogo, recebemos a informação de que Jesse está vivo. A história, portanto, começa na atualidade e, nos capítulos seguintes, recorre a flashbacks. Primeiro, somos levados à adolescência de Emma, que nos conta como conheceu e se apaixonou por Jesse. Depois, acompanhamos o seu intenso processo de luto. Por fim, vemos como ela consegue retomar a vida e se apaixonar novamente.

"Eu havia encontrado um homem que me entendia e me aceitava completamente, que tinha força suficiente para não se incomodar com o espaço no meu coração que guardei para o meu antigo amor." 

Essa estrutura é muito interessante porque permite que a gente conheça a personalidade dos personagens masculinos e saiba como nasceram e se consolidaram esses dois relacionamentos. Além disso, esse recurso de flashback nos permite entender o momento que Emma vivia quando se apaixonou por cada um. Isso é essencial para que os leitores se sintam tão divididos quanto ela, o que torna a experiência de leitura bastante imersiva. 

Além de romance, o livro tem bastante drama (acho que dá pra notar, né?). Alguns leitores podem achar certos momentos do livro cansativos ou repetitivos, como os que a Emma enfrenta o luto ou fica em dúvida sobre qual dos dois é o amor da sua vida, mas isso não ocorreu comigo. Eu entendi todas as dificuldades e os questionamentos da protagonista e me envolvi completamente com a história. Diria até que sofri quase tanto quanto ela.

Para mim, esse livro é 5 estrelas! Além de envolvente e emocionante, a história nos deixa belas lições sobre amor, amadurecimento e transformação. Será que daqui a cinco anos você será a mesma pessoa que é hoje? Isso é bom ou ruim? E, afinal, existe apenas um amor verdadeiro? Essas são algumas reflexões que poderão te acompanhar durante a leitura. 

"Não acho que um amor verdadeiro precise ser o único. Acho que amor verdadeiro significa amar de coração." 

Se você se interessou por esse livro, saiba que ele é só mais uma das obras perfeitas dessa autora. Por aqui, também somos fãs de Os sete maridos de Evelyn Hugo e Daisy Jones & The Six, todos escritos por Taylor Jenkins Reid. Confira nossas resenhas e até a próxima!

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Ana Liberato