terça-feira, 19 de outubro de 2021

Resenha: "Imbatível" (Stuart Reardon e Jane Harvey-Berrick)

 

Tradução: Claudia Costa Guimarães

Sinopse: Para Nick Renshaw, o rugby é a coisa mais importante de sua vida ― mais importante até do que sua namorada, Molly. Seu empenho e sua determinação fizeram dele o garoto de ouro do rugby inglês e garantiram um contrato com um importante clube. E ele não consegue imaginar o que seria de sua vida sem isso. Então, quando sofre uma grave lesão que pode significar o fim de sua carreira, Nick vê seu mundo desmoronar. Como se não bastasse ter a vida profissional abalada, ele ainda é abandonado e traído pelas pessoas que mais ama. Sozinho e sem rumo, Nick está lutando com todas as suas forças para recomeçar do zero. Mas há alguém que parece capaz de ajudá-lo: Anna Scott, sua psicóloga. O problema é que nenhum dos dois consegue negar a atração que sente pelo outro ― e manter a relação estritamente profissional se torna mais difícil a cada dia que eles passam juntos. No entanto, quando o passado de Nick volta para assombrá-los, desistir parece o caminho mais fácil para os dois. Mas será que, depois de tantos golpes do destino, eles conseguirão se reerguer e se tornar imbatíveis?


Por Jayne Cordeiro: Em "Imbatível", conhecemos Nick, um jogador de rugby, que conseguiu no último jogo, antes de se tornar parte de um time da primeira liga, uma lesão que vai deixá-lo fora do campo, e com o peso de talvez não poder jogar nunca mais. Para completar ele terá que lidar com uma traição, que vai colocá-lo na mídia, e mostrar como sua vida pode ser destruída com poucas palavras. A única coisa positiva nos últimos tempos será a psicóloga de esporte Anna Scott, que o ajudará a lidar com a sua mente, e garantir que ele consiga dar o seu melhor. Só que sentimentos começam a surgir entre eles, o que pode trazer mais um problema, quando precisam manter a relação profissional. 

Eu peguei esse livro para ler, porque já tinha lido uma duologia da autora, que inclusive resenhei aqui, e fiquei curiosa pela parceria da autora, com um ex jogador de rugby conhecido. Mas não é que a parceria deu certo? Ele conseguiu passar todos os pensamentos e emoções de um jogador com futuro em risco, enquanto a autora, trouxe o romance e suas dificuldades, que já me atraiu tanto em seus livros anteriores. Gostei de conhecer esse universo novo do Rugby, um esporte que nunca vi ser explorado em romances (virei especialista em hóquei no gelo, graças à Elle Kennedy). E comprei totalmente as dúvidas e reações do protagonistas.

Nick é um homem bonito, atencioso e educado, mas também é uma pessoa bem real, que perde o controle, que carrega dúvidas e inseguranças, e o jeito de falar ou se comportar dele, é do tipo que você realmente veria em outra pessoa. Já a Anna é uma ótima personagem, que sabe o que dizer e como agir, para ajudar ao outro. Mas que também vai precisar de suporte, quando ela tiver as suas próprias incertezas. Os dois fazem um casal muito bom, que me atraiu desde o começo.

O livro aborda limites profissionais, diferenças entre países, relações de poder, a pressão por sucesso e carreira, e o mais interessante pra mim, o poder da mídia dentro das nossas vidas, e o impacto que ela tem no fazemos ou pensamos de nós e dos outros. A escrita é gostosa e envolvente, e a leitura passa bem rápido. É um romance bem legal, com o rugby como plano de fundo. Vale a pena dar uma conferida. E descobri que o livro tem uma continuação chamada "Namorado Modelo", que já estou lendo, para trazer a resenha depois pra vocês.


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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Resenha: "Quase Rivais" (J. Sterling)

 

Tradução: Ricardo Lelis

Sinopse: James é louco por sua vizinha Julia... Julia brilha e se arrepia cada vez que esbarra com James... a combinação seria perfeita se suas famílias não fossem rivais há gerações. E, como se não bastasse, os dois são concorrentes no trabalho. Mas, mesmo com tudo jogando contra, quanto mais tentam resistir, mais forte fica o desejo. James e Julia entendem que precisam se manter afastados. O problema é: como? J. Sterling, autora conhecida por seus romances incríveis, recria em Quase Rivais a maior história de amor de todos os tempos. Neste Romeu e Julieta dos tempos modernos, há alguns detalhes que se repetem, mas o que poderia ser diferente?


Por Jayne Cordeiro: Em "Quase Rivais", de J. Sterling, conhecemos James e Julia. Os dois são membros de duas famílias vizinhas e rivais à gerações. Desde crianças foram orientados a não se aproximar um do outro, e a odiar tudo envolvendo a outra família. O problema é que desde novos, os dois nutrem sentimentos um pelo outro. Como uma versão moderna de "Romeu e Julieta", será que os dois estão dispostos a ir contra a rixa de família, e seguir atrás desse romance, ou vão se manter distantes, apesar da atração cada vez maior entre eles?

"Quase Rivais" foi um livro muito gostoso e rápido de ler. Ótima opção para aliviar a mente, e curtir um romance rápido e divertido. Gostei de como os protagonistas já começam com toda essa bagagem passada e já sabem que nutrem sentimentos um pelo outro. Enquanto James já dá como certo que precisa dar um jeito de ficar com Julia, ela luta contra tudo o que envolve ele, devido ao medo de ser deserdada pelo pai, e dono da vinícola onde trabalha. Sendo assim, cabe a James a tarefa de acabar com as inseguranças dela, e mostrar que é possível superar décadas de rancores, e dar um final feliz para essa história.

Os protagonistas tem uma química ótima. Também adorei os amigos deles, aquele tipo amigo que sabe dos sentimentos que os protagonistas tentam disfarçar e ficam tentando colocar as coisas para andar. Me diverti muito com eles, e até mesmo com os membros da pequena cidade onde todos vivem, que já conhecem toda a história da família, e parecem saber mais sobre esse romance, do que os próprios mocinhos.

A história é rápida, mas ainda assim bem escrita e completa. Não há muito tempo para dramas ou enrolações, e a história nos conquista rápido também. Já tinha lido outro livro da autora, e continua achando a escrita dele bem envolvente, dinâmica, e que consegue fluir sem enrolar demais, e trazendo reações e comportamentos bem reais. Consegui ler em uma tarde, e achei a capa bem fofinha, com a cara da história. O romance fica no ar, o tempo todo, com direito a algumas cenas hots, e flashs do passado, mostrando toda a história do casal. Como disse, é um livro gostoso de ler, sem grandes expectativas ou grandes plots, mas cumpre a ideia ao qual se propõe, e recomendo com certeza!


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segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Resenha: "Entrega" (J. C. Reed)

 

Tradução: Julio de Andrade Filho

Sinopse: Sem a paixão, não nos entregaríamos e conquistaríamos aquilo que nunca julgamos ser nosso. As verdadeiras histórias de amor não têm finais felizes. Para aqueles que o valorizam, o verdadeiro amor é infinito.

Existem amores indecifráveis, que não enxergam distâncias, desafiam o tempo, fazem com que qualquer obstáculo seja superado e dispensam justificativas ou explicações. Brooke Stewart pode dizer que já viveu uma verdadeira montanha-russa de sentimentos desde que conheceu Jett, o homem mais envolvente e arriscado de sua vida. Como agente imobiliária workaholic em Nova York, ela não havia conhecido o amor até cruzar com os olhos verdes que lhe tiraram o bom senso: alto, sexy e arrogante, Jett era tudo aquilo do qual ela havia jurado ficar longe.

Jett Mayfield sabe que finalmente encontrou alguém capaz de envolvê-lo e desafiá-lo no momento em que coloca os olhos em Brooke, e não mede esforços para mantê-la em sua vida... e em sua cama. O futuro parece maravilhoso, mas quando o passado começa a persegui-los é preciso fazer escolhas difíceis. Salvar a quem se ama significa se despir de limites. No terceiro livro da série que conquistou o mundo, você perderá o sono até chegar à última página. O amor de Brooke e Jett passará por um novo teste: será ele forte o suficiente para superar essa prova definitiva?


Por Jayne Cordeiro: "Entrega" é o último livro da trilogia "Sr. Estranho". No final do livro anterior, as coisas parecem ter se resolvido, e Jett e Brooke estão de volta ao Estados Unidos. Tudo parece estar indo bem, com Brooke assumindo um novo cargo na empresa, e seu relacionamento com Jett cada vez mais forte. Mas o misterioso clube ainda ronda o casal, colocando a vida de todos em risco.

Juntos, eles precisam descobrir mais sobre o grupo e  quem é o líder. Além de sobreviver aos perigos, vamos conhecer mais sobre o passado misterioso de Jett, com direito a corridas clandestina, gangues e revelações surpreendentes.

Vou logo dizendo que achei esse livro uma conclusão bem no nível do resto da série. A trilogia não me conquistou muito, apesar de a leitura ser interessante e te segurar até o fim. De todos, gostei mais do segundo, depois vindo esse último. O livro foi uma oportunidade de focar mais no passado de Jett, já que nos anteriores vimos bem mais da vida de Brooke. As cenas envolvendo os amigos do passado de Jett, foram bem legais. Jett e Brooke estão ainda mais sintonizados, e é um casal bem gostosinho de acompanhar. 

Aqui temos várias respostas, para perguntas que foram lançadas nos livros anteriores, e algumas informações foram bem surpreendentes. Teve uma coisinha ou outra que acabou ficando sem resolução, mas não foi nada que afete a história. No geral, toda a história é interessante, trás um tema forte de fundo, mas é uma história que não me fez suspirar.  Não me conquistou, de me deixar ansiosa para ler um próximo livro, mas ainda assim, não vi nenhum grande defeito. Acho que vai muito do gosto de cada leitor, e acredito que vale a pena dar uma chance para essa história.


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sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Resenha: "A inquilina de Wildfell Hall" (Anne Brontë)

 

Tradução: Debora Landsberg

Sinopse: Gilbert Markham está intrigado com Helen Graham, a bela e misteriosa mulher que acabou de se mudar para Wildfell Hall com o filho e sem o marido. Gilbert é rápido em oferecer amizade, mas, quando o comportamento recluso da inquilina começa a ser motivo de fofoca na cidade, ele se pergunta o que mais pode haver na história daquela família.

Quando Helen permite que Gilbert leia seu diário, ele começa a entender os detalhes obscuros de sua vida, seu casamento desastroso e a situação em que a vizinha se encontra.

Por Jayne Cordeiro: "A inquilina de Wildfell Hall"  foi o segundo e último romance, publicado pela Anne Brontë, a irmã mais nova, e menos conhecida, entre as escritoras da família. Suas irmãs são conhecidas pelos romances "Jane Eyre" e " Morro dos Ventos Uivantes". Neste livro da Anne, conhecemos o jovem Gilbert, um rapaz com posses, mas simples, que vive no interior da Inglaterra, e que está contando para um amigo, através de cartas, uma história de sua vida. É através dele que conhecemos Helen Graham, uma viúva que vai morar com filho pequeno em Wildfell Hall, e que não faz muita questão de socializar com a pequena comunidade do local.

O mistério envolvendo sua história levanta suspeitas em todos, e acaba atraindo a atenção de Gilbert, que se aproxima da jovem viúva. Para que ele entenda sua situação, Helen lhe entrega seu diário, para que ele entenda como ela chegou aquele lugar, e porque seus caminhos podem não se entrelaçar.

Apesar de ser uma fã de "Jane Eyre" e "Morro dos Ventos Uivantes", nunca tinha lido nada da Anne Brontë antes, mas recentemente tive essa chance, e me surpreendi bastante. Para mim, esse livro tem uma pegada menos romântica do que os outros, mas ainda assim tem uma história muito envolvente, e retrata temas bem incomuns para a época, o que provocou muitos comentários, no período em que foi lançado. O livro já interessante por trazer dois períodos, narrados por personagens diferentes, Gilbert e Helen. Gilbert é um jovem que se apaixona por Helen, apesar dos cometários e do fato de ela ser viúva. Mas apesar de parecer atender a seus sentimentos, Helen é taxativa em não se envolver, e através de seus relatos, ficamos sabendo o porquê.

Este livro é considerado um dos primeiros livros feministas da época, por trazer uma protagonista que sabe se impor perante seu marido, e que toma decisões pensando no seu próprio bem estar. Além de trazer temas como alcoolismo e suas consequências, infidelidade, depravação e uma mulher quebrando regras sociais. Apesar de achar Helen boazinha demais, com quem não merecia, em alguns momentos, adorei seu posicionamento na hora em que as coisas chegavam a determinado limite. Uma personagem na era vitoriana que não deixava de falar seus pensamentos e ser firma no que achava correto.

Apesar de ter determinados pontos agridoces, o livro tem o final que imagino satisfazer a todos os leitores, pelo menos eu fiquei bem feliz com o final, e me espantei, como consegui acabar essa leitura rápida, apesar de ser um estilo livro que se deve ter muito atenção na leitura. Essa edição ainda conta com um prefácio de um especialista, falado sobre a obra e suas influências, e um comentário da própria autora, que imagino tenha sido publicado nas edições seguintes, após seu lançamento.

Anne Brontë se mostra tão digna de sua reputação através do tempo, como qualquer uma de suas irmãs, e para quem gosta de um bom clássico inglês, esse livro tem que fazer parte da sua leitura, e da sua estante também.


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Ana Liberato