segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Resenha: "Como se não houvesse amanhã" (Carian Cole)

 

Tradução: Carolina  Caires Coelho

Sinopse: Dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece.

O meu foi um músico de rua que entrou com tudo na minha alma.
Ele foi meu primeiro em tudo. E mesmo depois de catorze anos, ainda não o esqueci.
Ele quebrou todas as minhas regras. E o meu coração.
Eu assisti sua ascensão, torcendo de longe. Fui uma garota apaixonada, não uma fã.
Ele explodiu como um meteoro, deixando um rastro de destruição para trás.
Mas o amor vence sempre, não é? Tem de vencer. Porque aqui estou eu, devastada, arruinada, precisando acreditar que isso seja verdade.
Desejo poder voltar no tempo. Voltar ao parque. Voltar na época em que ele cantava só para mim. Antes de ficar famoso. Antes de partir o meu coração.
Pensei que o conhecia bem.
Mas me enganei.
Ele me prometeu todos os amanhãs.
E aqui estou eu…
Esperando.
Torcendo.


Por Jayne Cordeiro: Em "Como se não houvesse amanhã " conhecemos Piper, uma jovem que acaba conhecendo Blue, um atraente musico que toca por trocados em um parque da cidade. Com seu jeito de estrela, sexy e com uma voz e letras cheias de emoção,  Piper não consegue evitar de se aproximar dele, mesmo Blue sendo sem-teto. Os dois acabam se apaixonando, mas parece que o peso dos anseios de cada um não será o suficiente para ficarem juntos.

Anos depois, mas ainda apaixonada por ele, Piper o reencontra como uma estrela do rock. Os ainda parecem se atrair com uma força que vai além das dificuldades, mas há muita bagagem para ser analisada. Será que seus sentimentos serão suficientes para superar os obstáculos que aparecerem?

Acho que nenhuma sinopse vai conseguir explicar como esse livro funciona. Eu já tinha lido algo dessa autora e sabia que seria uma boa leitura, mas esse livro vai muito além disso. Pra começar, temos um mocinho bem fora dos padrões: sim, um músico lindo e sexy, cheio de demônios, mas também um morador de rua, que vive pelas cidades, sem desejo de se fixar em nenhum lugar e com histórico de drogas. Blue é um personagem tão complexo, e com uma bagagem que vai sendo explorada aos poucos e ainda nos trás uma surpresa lá no final do livro.

Muita gente pode questionar como a Piper consegue lidar com tudo o que acontece e insiste num relacionamento, que vai durar anos, entre idas e vindas, com Blue, que não é a pessoa mais fácil, mas ela sempre se mostra forte, doce, e compreensiva, de um jeito que só assim, alguém poderia dar uma chance a esse homem doce,  atencioso, quente, mas também bem difícil.

Temos uma bela passagem de tempo nessa história, em que vamos acompanhando o amadurecimento dos personagens, e temas bem interessantes são abordado, e explorados de forma excepcional pela autora. Temos esse tópico sobre os moradores de rua, gravidez, abuso de drogas, transtornos mentais, indústria da música e até mesmo o papel dos animais como companheiros e parte da família. Foi um livro que me fez chorar, com temas que nunca vi tão bem retratados na literatura, me fez sorrir e sonhar junto com esse casal que conquistou um lugar especial na minha estante.


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Ana Liberato