Resenha: "Linhas Borradas" (Cora Kenborn)

 

Tradução: Daniella Maccacheiro

Sinopse: Carrera. Uma palavra sussurrada com medo. Um nome a evitar a todo o custo.

Até que eu fique cara a cara com isso. Sequestrada. Presa contra a minha vontade. Prisioneira de uma guerra da qual eu não sei nada. Cativa de um impiedoso príncipe do cartel que quer mais do que a minha liberdade...

Ele me quer. Eu deveria odiá-lo... Mas quanto mais fundo Valentin me arrasta para seu mundo manchado de sangue, mais difícil se torna resistir. Até que aquela mancha? Aquele sangue? Se torna meu… E não sou mais uma prisioneira de guerra. Eu sou a guerra.

Por Jayne cordeiro: "Linhas Borradas" é um lançamento da editora The Gift Box, e o primeiro livro da autora Cora Kenborn que eu leio. Nele conhecemos a Eden, uma mulher que não quer nenhum apego emocional, após sofrer uma traição no passado. Muito apegada ao irmão, ela o ajuda na loja da família durante o dia, e trabalha como bartender à noite. Até que um dia, ela testemunha um crime terrível, que levá-la a ser sequestrada pelo cartel Carrera.

Ela não esperava que o lider do cartel fosse o homem para quem já preparou algumas bebidas no bar, e que se sentiu atraída. Agora, ela está tendo que lidar com a atração por seu sequestrador, enquanto se vê envolvida em uma briga de cartéis. Toda a situação pode significar danos físicos e também emocionais.

Li este livro no Kindle Unlimited, e ele me atraiu por ser no estilo dark romance, e trazer essa premissa inicial do sequestrador e cativa. Mas apesar disso, a história não segue como um enredo pesado, apesar de ter uma boa dose de ação de violência, por causa do tema de briga entre facções. A protagonista é uma mulher forte, lutadora e que está disposta a tudo pelo que acredita. Já Val é um líder que impõe respeito, e que carrega o peso de ser o herdeiro de todo um negócio, apesar da relação difícil com o pai.

Nesta história, o leitor vai encontrar uma ótima quimica entre os protagonistas, com direito a cenas quentes de arrasar, cenas de ação e perseguição, e um certo mistério. É uma leitura dinâmica e que prende o leitor. Essa história faz parte de uma série, mas em que os livros são independentes, e fiquei bem curiosa pelo próximo, já que vejo um personagem ou outro que poderiam funcionar em um livro próprio.

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Resenha: "Bad Prince" (Zoe X)

 

Sinopse: Scarlet Wright não tem mais dúvidas sobre o quão solitário alguém pode ser, nem quanto de ódio pode carregar em cada célula. Seu corpo vibra, se alimenta e vive cada segundo dos seus dias na base do mais puro ódio e da mágoa mais profunda. Ela odeia Conrad Prince, e se odeia ainda mais por não conseguir expulsá-lo de seu sistema, mesmo depois de tanto tempo. Na adolescência, ele foi sua maior cobiça, agora, quase adulta, ela acredita fielmente que ele foi o maior e mais maldito erro do percurso.

Conrad sabe que errou, mas não como toda a cidade pensa. Para ele, só sobrou sua própria consciência queimando dia após dia, depois de toda a merda do passado, e a culpa se transformou no mais puro ressentimento quando ele entendeu que ela queria apagá-lo.

Agora, anos depois, ele está de volta, e fará questão de dar a cada uma das pessoas um real motivo para odiá-lo.

Ele não está para brincadeira, mas ela não é mais uma garotinha inocente.

Eles se odeiam.

Eles estão quebrados.

E está na hora do confronto.

Por Jayne Cordeiro: "Bad Prince" é um romance dark, escrito pela Zoe X. Nele conhecemos Scarlet, um jovem que perdeu tudo no passado  incluindo sua maior paixão,  que hoje é a fonte de seu maior ódio. Em meio a solidão e ao fato de não se encaixar, ela agora precisa lidar com o retorno de Conrad, o homem que ela não consegue esquecer, apesar de tudo o que aconteceu no passado.

Conrad está de volta na cidade, após ser exilado. Agora ele quer se vingar de todos que lhe fizeram mal, e isso inclui Scarlet, a maior traidora. Agora ele está disposto a tudo, e vai usar todo o seu ressentimento e ódio, como munição. Mas se ele esperava que Scarlet fosse uma jovem que aceitaria tudo calada, ele está enganado. E os dois vão precisar lidar com o passado e seus sentimentos.

Já sou acostumada a ler romances dark, mas foi o primeiro livro da autora que eu li, apesar de já ter ouvido falar dela. E só consigo pensar em porque demorei tanto para começar. Simplesmente adorei. Uma história muito bem construída, com dois personagens complexos, que estão presos a dois sentimentos fortes e opostos: amor e ódio. Personagens fortes,  com passados difíceis e que não são perfeitos, mas com um elo difícil de quebrar.

A autora soube desenvolver bem ao misturar presente e passado, deixando um suspense sobre o que levou a todo esse rancor, e que instiga o leitor a continuar acompanhando a história. Há várias referências literárias, envolvendo "Morro dos ventos uivantes" e "Orgulho e preconceito", o que amei. O livro trás alguns temas mais pesados, o que é de se esperar de um romance dark, envolvendo suicídio,  violência física e sexual, morte, bullying, mas nada vem gratuito, e a autora soube abordar os temas muito bem.

Toda a tensão do casal, e as relações entre eles, e também com os personagens secundários são ótimas de acompanhar. É uma leitura que prende até o fim, com a dose certa de drama, sofrimento, romance e cenas hot. É um ótimo exemplar do gênero, e vale a leitura.

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Resenha: "Acorrentado" (Jaimie Roberts)

 

Tradução: Samantha Silveira e Gabriela Peres Gomes

Sinopse: Depois da perda devastadora de seus pais e de ter enfrentado uma depressão, Olivia Brown decidiu recomeçar a viver num novo lugar. Por isso, deixou Cambridge para trás e seguiu para a efervescente Londres. Lá, vivendo de sua herança, com um trabalho noturno num pub apenas para mantê-la ocupada, ela tinha verdadeiramente dois prazeres na vida: a pintura – sua maior paixão – e ajudar a alimentar moradores de rua, através de um refeitório comunitário.

Mas entre os frequentadores, havia um que nunca lhe dirigia a palavra, nunca a encarava e parecia fugir de algo debaixo de sua longa barba e cabelo comprido. E quanto mais ele se afastava, mais Olivia se sentia conectada a ele. E foi numa noite, após sair tarde do trabalho, ao ser atacada e arrastada para um beco escuro, que o seu homem misterioso tornou-se o seu cavaleiro em armadura prateada.

Kit Chain não era um morador de rua qualquer. Ele tinha segredos e pesadelos que rivalizavam com os de Olivia, e foi pela insistência dela que ele sentiu que não havia mais escapatória. Mas certos segredos não ficam impunes e, talvez, esse encontro traga mais do que momentos felizes de gozo... Traga perseguição, castigo e mortes...

Por Jayne Cordeiro: "Acorrentado" é um livro único, escrito pela autora Jamie Roberts. Nele conhecemos Olivia, que é voluntária em um refeitório comunitário, e que parece estar investigando algo importante.  Além disso, ela lida com traumas, e um vício passado, que já a levou para o fundo do poço. Atualmente, ela tenta levar uma vida diferente, e não consegue esquecer o homem que sempre vem ao refeitório, mas nunca fala nada.

Uma mistura de curiosidade e atração, puxa Olivia em direção ao misterioso homem, que parece estar fugindo de algo do seu passado, que pode ser mortal. Enquanto isso, ela também precisa lidar com alguém que se mostra capaz de tudo para conseguir o que quer.

"Acorrentado" é um romance dark, rodeado de mistérios, violência, morte e também um belo romance sobre duas pessoas que enxergam uma conexão, apesar de todas as dificuldades. A autora intercala passado e presente, para nos apresentar a protagonista, e sua relação com um dos personagens, e também o antagonista do livro. O sexo é usado aqui, tanto de forma romântica, como também como algo pesado e sombrio. Já que se trata de uma história dark, temas mais pesados, ligados a violência e morte, com certeza aparecem.

Olivia é uma personagem interessante, que conquista o leitor. Em alguns momentos, ela teve uns comportamentos que estranhei, principalme te com determinado personagem. A autora tenta explicar isso mais para o final, mas toda a situação não foi muito bem esperada. Kit também foi um personagem que me surpreendeu, porque ele é uma boa mistura entre ser protetor, atencioso e sombrio. As cenas dos dois foram sempre boas, apesar que a autora não soube aproveitar tão bem, quanto poderia.

Meu maior problema com este livro foi o modo como a autora decidiu contar essa história. Já tinha lido outros dois livros dela, que apresentaram o mesmo problema, mas nesse aqui foi pior, porque a história era mais complexa, e as respostas, reviravoltas que a autora colocou, ficaram muito superficiais para mim. Tudo foi sendo explicado de vez, alguns personagens apareciam do nada, e as coisas seguiam rumos sem muita explicação. A ideia do livro é boa, e se você aceita jeitos rápido e superficiais de amarrar situações,  não verá problemas aqui. Mas no meu caso, queria que as informações fossem soltar de uma forma mais pontual, e com resoluções menos rápidas. Alguns pontos foram apenas jogados e fim. Fora isso, foi uma boa leitura, que me manteve entretids e curiosa até o final.

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Resenha: "Rainha do Escândalo" (Sarah MacLean)

 

Tradução: Barbara Morais

Sinopse: O que faz uma mulher quando a sociedade lhe impõe a alcunha de “escandalosa”? Abraça a graciosa reputação e desfruta de toda a liberdade proporcionada pelo título, é claro! E se há alguém que personifica a realeza dos escândalos londrinos é Lady Sesily Talbot. Os mais puritanos devem ficar chocados ao vê-la se esquivando pelos jardins dos bailes em Mayfair, sempre acompanhada de um cavalheiro. Mas como nem tudo é o que parece, se engana quem acha que a vida de Sesily é feita apenas de ócio e prazeres...

A indecorosa lady também é uma peça importante das Belas Fatais, um grupo de mulheres criado pela Duquesa de Trevescan com a finalidade de identificar e punir homens perigosos e vis. E Londres está repleta deles!

Atrair esses homens é uma missão simples para Sesily, porém há um rapaz que parece resistir à sua sedutora teia: Caleb Calhoun, sócio de sua irmã. Mas o jovem também está envolvido num submundo perigoso, e um terrível segredo de seu passado pode colocar tudo a perder. Será que Caleb é capaz de se manter firme e resistir à tentação de se entregar perdidamente para sua escandalosa lady?

Por Jayne Cordeiro: Sesily Talbot é uma lady com fama de escandalosa, porque diversos motivos. Mas além de não parecer ter interesse pelo casamento e usar roupas atrevidas, ela faz parte de um grupo chamado Belas Fatais, sob o comenda da Diquesa de Trevescan. É o papel dela chamar atenção e atrair os cavalheiros, quando o plano exige, para que certos lordes sejam desmascarados e punidos. E ela está acostumada com essa vida e como chama a atenção, mas o que não consegue lidar, é com a aparente indiferença de Caleb Calhoun, sócio de sua irmã, e o único homem que resiste aos seus avanços.

Caleb não deseja e não pode se envolver com Sesily, mesmo que seu corpo peça pelo contrário. Ele não pode colocar em risco os segredos que envolvem seu passado esquecido. Mas ele não consegue desviar da lady atrevida, quando ela se coloca em risco, e ele acaba envolvido com as tramas das Belas Fatais.

Adoro romances de época, e os livros da Sarah MacLean sempre garantem mocinhas atrevidas, decididas e diferentes. E com esta aqui, não foi diferente. Sesily é uma personagem que já apareceu em outra série da autora (Escândalos e Canalhas), e por ter esse papel de dama fatal, em uma época onde a virtude e seriedade eram valorizados, ela sempre conseguiu se destacar. Sesily consegue acumular vários escândalos para a época, desde não ser casada e ter affairs, à roupas atrevidas e saber lutar. Tudo isso, a torna uma mocinha bem diferente das outras.

Além disso, este livro tem uma história muito divertida, garantindo muitas risadas ao leitor, com diálogos espertos e interações engraçadas. Sempre que Sesily se juntava as outras personagens do bando (que terão seus próprios livros), era diversão certa, ainda mais quando Caleb se juntava a esse bolo. A história é dinâmica, atrativa, com cenas únicas, que fazem a leitura passar rápido e ser muito divertida. 

O casal também foi ótimo, tendo uma boa química, e garantindo ótimos diálogos e cenas românticas. A autora conseguiu dar um suspense à história, sobre o mistério do Caleb. Muitas vezes pego a resposta rápido, mas dessa vez, apesar de várias teorias, fui surpreendida no final. Minha única crítica, é que em pelo menos dois momentos, a autora cortou a cena e passou para o "depois", de forma muito repentina, sendo que poderia ter aproveitado para mostrar uma cena interessante. Mas de qualquer forma, foi um ótimo inicio para a história, com certas perguntas, que imaginam que serão explicadas nos próximos livros. 

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Resenha: "Doce Dandelion" (Micalea Smeltzer)

 

Tradução: Daniella Maccachero

Sinopse: Dandelion Meadows é amaldiçoada. Nome horrível. Sorte horrível.

Aos dezoito anos ela deveria estar indo para a faculdade, toda sorrisos e ingenuidade. Em vez disso, uma vítima de um tiroteio na escola, ela está começando seu último ano do ensino médio em uma nova cidade e morando com seu irmão. Pesadelos daquele dia terrível a assombram, afetando sua vida diária e os relacionamentos ao seu redor. Forçada a se encontrar com o conselheiro da sua escola, Dani o encontra destruindo as paredes que ela construiu em torno de si mesma e até mesmo seu coração.

Lachlan Taylor não sabe o que fazer com a aluna quebrada que ele tem a tarefa de ajudar. Ela sobreviveu a um trauma do qual ele não tem certeza se pode salvá-la, mas ele sabe que precisa tentar. Quanto mais tempo eles passam juntos, mais eles aprendem sobre o que realmente significa viver. Algumas coisas são proibidas. Algumas coisas são necessárias para a sobrevivência. O amor deles é ambas as coisas.

Por Jayne Cordeiro: Dandelion, ou Dani, está começando a escola em uma nova cidade, após sobreviver a um atentado em sua antiga escola. Ainda lidando com as perdas que o evento causou, ela precisa se adequar ao novo ambiente e com a convivência com seu irmão mais velho, que também tem suas próprias questões relacionados ao atentado. Dani é obrigada a ter encontros com o conselheiro escolar, e ela não acha que isso vai mudar em nada, pois nenhum outro profissional conseguiu lhe ajudar. Mas ela não imagina que Lachlan fosse conseguir superar suas paredes e ainda chegar onde ninguém mais foi.

Quando peguei este livro, imaginava que seria uma daqueles romances, focado em um relacionamento proibido. Além da diferença de idade de uns dez anos, havia o cargo que o Lachlan ocupava. Mas esse livro é muito mais do que sobre esse romance. É um drama sobre uma jovem que está destruída após perder amigos, família e seus sonhos, após vivenciar um atentado na escola onde estudava. Um tema tão atual e real. A autora foi perfeita em mostrar como a Dani se sentia e lidava, ou não, com o que aconteceu. Sem falar, das pessoas ao redor de quem vivenciou a experiência, como o irmão da Dani.

Temos aqui um livro muito bem escrito, que a autora não deixa de aproveitar cada momento para desenvolver os personagens e suas relações. O desenvolvimento do casal, acontece de forma doce e natural, sem começar focando no sexual, mas na confiança e semelhanças que eles possuíam. Adorei o papel dos livros, na união deles, e na ajuda que eles representaram para a Dani. As cenas entre os dois eram ótimas, e o relacionamento foi evoluindo de forma gradual, e quando realmente chega ao ápice, foi só maravilhas. Acredito que foi necessárias algumas decisões de ambos os personagens, e isso tornou a história ainda melhor e crível. É um livro que realmente recomendo, para quem gosta de um bom romance, com uma dose certa de drama. 

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Resenha: "Tudo termina aqui" (M. Robinson)

 

Tradução: Débora Isidoro

Sinopse: Cinzas às cinzas.

Pó ao pó.

E toda essa coisa.

Eu matei.

Eu me sacrifiquei.

O inocente e o corrupto. Conheci sangue e conheci violência.

Nunca imaginei que também poderia conhecer o amor.

Mia Ryder era uma mulher para amar. Para cuidar. Para assumir. Agora, para sempre e todos os dias entre um e outro...

Se tinha alguém por quem eu morreria, esse alguém era ela.

Mesmo que isso significasse entrar em guerra com...

Meu irmão.

Por Jayne Cordeiro: "Tudo termina aqui" é a segunda parte da duologia que começou com "Estrada para lugar nenhum", e começa exatamente onde o primeiro termina. Mia está grávida de Noah, tendo que lidar com uma gravidez tão nova, e do irmão do homem por quem é apaixonada. Para completar, após um ataque no motoclube, ela acaba desaparecendo, e Creed precisa encontrar a mulher que ama, e lidar com esse ataque ao clube, além de toda a tensão envolvendo a gravidez da Mia.

Eu li esse livro muito rápido, porque a escrita da autora é ótima, e o livro é muito dinâmico. Tem um pouco de tudo, se considerar drama, reviravoltas, romance e ação. E tenho muita simpatia pelo Creed, porque ele apesar de seus defeitos, ele sempre tem uma boa intenção, quando se trata da família dele ou de Mia. Mas as vezes, esse sentimento de não ser bom o bastante e de assumir responsabilidades que não cabem a ele, cria mais problema do que ajuda.

Quanto a Mia, eu passei muita raiva com ela nesse livro. Entendo que ela é nova demais no começo, mas mesmo quando já está mais velha, ela toma algumas atitudes, que acabam levando muito sofrimento para Creed e até o Noah. Outro que também, teve algumas atitudes que não concordei. Mas apesar dessas ações que não gostei, não posso dizer que não gostei do livro. Eu li ele muito rápido, porque eu precisava saber até onde todo aquele drama familiar iria, além de toda a confusão envolvendo o clube.

O romance é mais explorado nesse livro, incluindo um triangulo amoroso (coisa que não sou muito fã), que garante várias situações tensas para o leitor. Novamente é um livro que explora bem o universos dos motoclubes, e ações não tão certinhas, por parte de seus integrantes. Também vamos conhecer alguns personagens secundários, e já adianto que existe livros para alguns deles, que são separados dessa duologia. "Tudo termina aqui" foi uma ótima conclusão para a duologia, e eu gosei muito do caminho que o Creed seguiu. Para quem gosta do gênero, é uma leitura que eu indico, e que me deixou muito interessada em ler outras obras da autora.

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Resenha: "Além das bases" (Kaylee Ryan)

 

Tradução: Alice J. Silva

Sinopse: Ele é sexy e irresistível. Fiz o possível para ignorar o magnetismo que flui entre nós. Não preciso de complicações na vida. Não posso me envolver no mundo dele, e a última coisa de que preciso é me apegar a um atleta profissional. Não tenho tempo para ter uma desilusão amorosa.

Algo nela me atrai. Quero conhecê-la. Quero uma chance de mostrar que posso oferecer mais do que minha carreira, do meu salário. Sou o homem certo para ela. Sei que sou. Não importa o quanto ela resista a nossa conexão. Não muda o fato de que ela é minha jogada mais valiosa.

Por Jayne Cordeiro: Em "Além das bases" conhecemos Easton, um jogado famoso de baseball, que acaba conhecendo Larissa em um bar na cidade. Apesar de sentir uma conexão única com ela, e parecer ser recíproca, Larissa não deseja de envolver com ninguém, e muito menos com um jogador profissional. Mas depois que Easton decide fazer o possível para provar que quer mais do que uma única noite juntos, vai ser muito difícil para Larissa resistir a esse relacionamento.

Já tinha lido outros livros da autora Kaylee Ryan, também lançados pela editora Allbook, e como nesses outros livros, a autora busca trazer um romance doce e de aquecer o coração. Uma história linear, sobre o desenvolvimento de um casal, em que o mocinho (e que mocinho!) faz de tudo para mostrar que quer um relacionamento sério e que é o melhor partido da região. Não há defeitos em Easton Monroe. Do mesmo jeito que ele conquista a Larissa, ele faz com os leitores.

Larissa é uma personagem que torcemos muito, porque ela é batalhadora e um doce, apesar de ficar evitando se aproximar de Easton, e o leitor querendo que ela se deixe levar logo. Os dois fazem um casal muito fofo, e só essa palava pode descrever esse livro: fofo. É uma história gostosa, doce, bem amorzinho, sem reviravoltas ou dramas. Uma ótima leitura para relaxar, depois de algo mais pesado. Tudo com direito a uma criança muito fofa de 4 anos, que garante momentos de sorriso involuntário.

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Resenha: "Estrada para lugar nenhum" (M. Robinson)

 

Tradução: Débora Isidoro

Sinopse: Certa vez, li que todo guerreiro espera ter uma morte honrada. Sempre quis procurar a minha, mas nem a Ceifadora me quis.

Fui treinado para matar. Fui treinado para não perguntar por quê. Para acatar ordens e marchar em fila. Avante.

Vida ou morte.

Para frente ou morrer.

E não estou falando só do exército. Estou falando da vida que me levou pela estrada para lugar nenhum.

Minha vida.

Lutei por meus irmãos.

Lutei por minha família.

Lutei por meu país.

E lutei por ela...

Sem nunca perceber que também poderia morrer por eles.

Por Jayne Cordeiro: Em "Estrada para lugar nenhum" conhecemos Creed, filho do presidente de um motoclube fora da lei, que cresceu em meio a mortes, drogas e sexo. Apesar de não ter desejado essa vida para si, nunca houve outra opção para o rapaz. Na medida em que deve passar por todo o processo para ser membro do motoclube, ele precisa lidar com sua relação dificil com o pai, que só pensa no clube, enquanto tenta proteger sua mãe e irmãos de todos os males que uma vida de crime pode trazer. Creed também sabe que não é uma boa opção de relacionamento para ninguém, mas é dificil se afastar quando uma certa garota, de boa família, acaba conseguindo entrar na sua mente.

Temos aqui um livro que é bem no estilo motoclube. Quer dizer que tem muito xingamento, drogas, sexo, e comportamentos duvidosos. Foi um livro que me surpreendeu bastante, porque a autora aproveita bem para nos mostrar o desenvolvimento de Creed, desde a vida de prospecto (potencial) até se tornar membro importante do clube. Vemos todas as perdas e acontecimentos da vida dele, e como ele tenta lidar de diversas formas com isso.

Também conhecemos a Mia, que começa o livro ainda criança, e como ela vai se tornando parte da vida de Creed, até chegar na vida adulta, e as coisas seguirem um rumo diferente. Com a diferença de idade de uns 9 anos entre os personagens,   a autora não se poupa de deixar a história evoluir, sem pressa de juntar os personagens. Temos vários momentos legais dos personagens, até porque há uma amizade importante entre os dois, principalmente para o Creed.

Digo que esse livro tem alguns temas mais pesados ou sensíveis para alguns, como violência, drogas, diferença de idade, machismo e gravidez na adolescência. Mas também nãp há nada que fuja do perfil dos livros que giram em torno de motoclubes, para quem já está acostumado. Até gostei, porque ele não foca tanto na parte sexual, durante boa parte do livro.

"Estrada para lugar nenhum" é o primeiro livro de uma duologia, sendo que os dois livros já foram lançados pela editora, e devo trazer a resenha do segundo livro logo. Gostei muito da escrita da autora, e já fiquei animada a ler outros livros dela.

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Resenha: "Selvagem" (Mia Sheridan)

 

Tradução: Laís Medeiros

Sinopse: Quando a guia florestal Harper Ward é convocada ao escritório do xerife da pequena cidade em Helena Springs, Montana, para prestar assistência em um caso, fica chocada ao descobrir que o único suspeito na investigação de um duplo homicídio é um homem descrito como um selvagem. Mas quanto mais ela observa o homem, conhecido apenas como Lucas, pela câmera de vigilância da delegacia, mais intrigada fica. Ele certamente parece primitivo com sua aparência desleixada e trajes de pele de animal, mas ela também vê inteligência em seus olhos, sensibilidade em sua expressão. Quem é ele? E como é possível que ele tenha vivido sozinho na floresta desde criança? Conforme segredos começam a surgir, Harper se vê diante de algo maior e mais diabólico do que ela jamais poderia ter imaginado. E bem no centro de tudo, está Lucas. Mas ele é realmente o homem selvagem que parece ser? Um assassino a sangue frio? Uma vítima inocente? Ou uma mistura desconcertante de todos os três? Harper precisa descobrir as respostas para essas perguntas, porque, quanto mais tempo ela passa com ele, mais corre o risco de perder seu coração. 

Por Jayne Cordeiro:  Após dois assassinatos que acontecem uma pequena cidade, a guia florestal Harper Ward, é chamada na delegacia, para ajudar a policia, a entender o que aconteceu. E é assim que ela acaba conhecedo Lucas, o principal suspeito do crime. Lucas é visto como um selvagem, vivendo em meio a florestal, sem contato nenhum com a civilização, e suas roupas feitas de pele de animal. Mas ao mesmo tempo, Lucas demonstra inteligência e sensibilidade. 

Na medida em que sua história vai sendo desvendada, Harper e a policia vão precisar entender, se Lucas é um assassino ou uma vítima em toda a trama que envolve esse caso. E quando ele também pode ser a chave para Harper entender o que aconteceu com ela, anos atrás, a convivência pode levar a sentimentos, que ela não esperava.

Eu nunca tinha lido nada da Mia Sheridan antes, e posso dizer que gostei bastante desse livro. Ele não é só um livro focado em romance, mas também uma bpoa história de investigação policial. Enquanto Harper e Lucas vão se conhecendo, vamos também vendo a investigação sobre os mistériosos assassinatos, e como as peças vão se encaixando entre os personagens e acontecimentos.

Os protagonistas são muito cativantes, principalmente o Lucas, que misturou um homem sem muitos manejos sociais e ligado aos instintos, com um jovem doce e atencioso. Harper também é uma personagem doce e forte, que passou por coisas dificeis na vida, e vive com a sompra do acidente dos pais. E que apesar de ter vivido em sociedade, consegue levar em consideração seus próprios instintos.

O romance evolui de forma lenta e bem construída. Podemos aproveitar as interações entre os dois, além de trazer bons personagens secundários, e que conseguem seu destaque nos momentos merecidos. Quanto ao mistério, alguns pontos são fáceis de o leitor resolver, ao contrário dos personagens, que demoram um pouco, mas também conseguimos receber algumas surpresas até o final do livro.

A escrita da autora é dinâmica e envolvente. Apesar de ser um livr longo, com um pouco mais de 450 páginas, a história não é cansativa ou parada em nenhum momento. Para quem gosta de um romance, que tenha um pouco de suspense no fundo, esse livro é uma boa pedida.

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Resenha: "Declarar" (Nina Lane)

 

Tradução: Alexandre Boide

Sinopse: O casamento de Dean e Olivia West sobreviveu a segredos, desilusões e uma tragédia devastadora, persistindo mais forte do que nunca apesar das mais inimagináveis ameaças, até que uma simples mentira inventada por uma pessoa cruel e vingativa se mostra capaz de colocar tudo a perder.

Separado de seu lar pelo oceano Atlântico, Dean comanda uma escavação na Itália enquanto luta para salvar sua vida profissional. Mas a distância de sua esposa e do mundo à parte que construíram juntos é mais difícil do que ele imagina, principalmente quando ele descobre que Liv está passando por uma crise vinda do passado – um passado terrível do qual ele sempre tentou salvá-la...

Mais forte e confiante do que nunca, Liv está determinada a andar com as próprias pernas e, acima de tudo, defender seu marido daqueles que desejam derrubá-lo. Mas a visita inesperada de sua mãe traz à tona uma série de questões mal resolvidas que a assombram há anos.

Por Jayne Cordeiro: "Declarar" é o último livro da trilogia "Espiral do desejo", da autora Nina Lane. Após passarem por vários acontecimentos e dificuldades, incluindo uma perda muito importante, Dean e Liv estão buscando um pouco de paz e estabilidade. Mas isso é prejudicado, quando uma mentira séria, coloca o emprego e reputação de de Dean em jogo, abalando mais uma vez a vida do casal.

Mas do que nunca, Liv que participar e ajudar Dean a lidar com toda a situação. Além disso, Dean está à trabalho, em outro país, e os dois devem lidar com a distância, enquanto a mãe de Liv retorna, trazendo lembranças dificeis e decisões importantes.

Mantendo a linha dos livros anteriores, "Declarar" é a conclusão da história desse casal, que eu me apaixonei. Nada é fácil para os dois, e quando achamos que tudo está se resolvendo, vem mais um acontecimento importante. O leitor vai sentir várias emoções com essa leitura, porque há momentos em que ficamos indignados, alegres, tristes e flutuando. Mais uma vez, a força e companheirismo entre Liv e Dean é fundamental para criar essa história que prende o leitor até o final.

É possível ver a evolução deles como casal, e de forma individual, principalmente a Liv, que finalmente parece achar sua segurança, coragem e objetivo de vida. Esperava alguns clichês nesse livro, que felizmente não aconteceram, o que foi ótimo. A história seguiu um rumo maduro e realista, mas ainda cheio de romance e amizade. Foi uma ótima conclusão para a série, e após chegar ao final, eu entendo como a escola das capas dos livros combinam tanto com a história, sendo que cada uma retrara a estação em que o livro se passa. Quem gostou dos primeiros livro, com certeza vai gostar desse, e vai virar fã de vez da autora, que espero ter outros livros publicados por aqui.

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Resenha: "Desejar" (Nina Lane)

 

Tradução: Alexandre Boide

Sinopse: Depois de quase verem seu casamento destruído por mentiras e desilusões, Dean e Olivia retomam sua jornada mais unidos e apaixonados do que nunca. O professor de história medieval e sua amada esposa estão determinados a consertar os erros do passado e sabem que, para isso, terão que unir forças para derrubar barreiras erguidas ao longo de anos. 

Uma inesperada crise envolvendo os pais de Dean acaba, contudo, dragando-o de volta à espiral de culpa, ressentimento e amargura que marcou sua juventude. Tudo o que ele mais quer é proteger Olivia, mas, dessa vez, ela se recusará a cumprir o papel de esposa frágil e delicada. Ao lado de seu grande amor, Olivia enfrentará os mais terríveis fantasmas da família West ― até mesmo os segredos escondidos a sete chaves.

Por Jayne Cordeiro: "Desejar" é o segundo livro da trilogia "Espiral do desejo", e ele começa exatamente de onde o primeiro livro terminou. Após descobrir um segredo que abalou o relacionamento dos dois, Liv e Dean conseguem superar as dificuldades, e estão ainda mais certos de que foram feitos um para o outro. E quando tudo parece caminhar bem, uma surpresa surge para mexer ainda mais com eles.

Para completar, um problema na família de Dean, o obriga a ter que voltar para a casa da família que ele tanta tenta fugir, e por mais que ele queira proteger Liv, do peso que isso trás, ela decide que dessa vez ele não pode protegê-la, e ela estar do lado dele, durante todo o processo. Os dois vão precisar estar preparados para as novas dificuldades que virão.

Depois de um primeiro emocionante, eu segui correndo para o segundo livro da trilogia, e novamente fui fisgada pela escrita envolvente da autora, e esse casal cheio de conexão e amor, que precisam lidar com as dificuldades que podem surgir em qualquer relacionamento. Dean, ainda sendo aquele professor nerd sexy, capaz de tudo pela mulher da sua vida, mas que precisa entender que nem sempre pode proteger Liv de todos os problemas ou dificuldades. E Liv, uma mulher forte e doce, que precisa achar seu lugar no mundo e ter coragem para correr atrás dele.

Esse livro é recheado de cenas quentes, porque esses dois juntos são um incêndio, mas também é uma história sobre parceria, sobre ser bons pais e bons filhos, sobre tentar acertar, mas acabar errando. É uma história sobre duas pessoas que se amam e se completam, mas que precisam aprender a apoiar sem sufocar, ou buscar apoio, mas sem fugir das responsabilidades. Novamente, um livro que gostei muito, e que me deixou ainda mais animada para a última parte, que logo terá resenha por aqui.

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Resenha: "Onde nascem os sonhos" (Lisa Kleypas)

 

Tradução: Ana Rodrigues

Sinopse: Zachary Bronson construiu um império de riqueza e poder. Agora ele está procurando uma esposa para ajudá-lo a garantir sua posição na alta sociedade e aquecer sua cama.

Lady Holly Taylor está destinada a passar a vida obedecendo às regras da alta sociedade, mesmo quando elas vão contra suas convicções. Após três anos de luto por seu amado marido, ela entende que não vai superar a perda e que jamais encontrará outro homem à altura dele para ser seu companheiro.

Em uma noite mágica, Zachary e Holly se encontram e, sem saber a identidade um do outro, não resistem à faísca que se acende entre eles. Ao tomá-la nos braços, Zachary fica deliciado em ver que o desejo dela é tão ardente quanto o seu. E Holly fica chocada ao sentir o próprio coração voltar a bater forte com o beijo daquele estranho.

Zachary faz a Holly uma oferta chocante e, ao mesmo tempo, irrecusável. Agora ela precisa decidir se vai continuar sendo a viúva exemplar de sempre ou se libertar das convenções e arriscar tudo por essa paixão.

Por Jayne Cordeiro: Em "Onde nascem os sonhos" somos apresentados a Holly, uma jovem viúva, que ainda sente a perda do amado marido. Ela acredita que nunca irá superar o que aconteceu, e se sente satisfeita com seu novo papel até que em um baile, ela acaba encontrando um desconhecido, na escuridão de uma sala. Os dois acabam vivenciando um momento cheio de paixão, o que a deixa extremamente assustada.

Ela não sabia que o desconhecido é Zachary Bronson, um plebeu que fez fortuna nos negócios, e deseja ser aceito na alta sociedade, apesar de sua falta de berço. Ele já acreditava que uma esposa aristocráta ajudará nesse processo, e ele não consegue esquecer o momento roubado com Lady Holly. Disposta a conseguir o que quer, ele faz uma proposta irrecusável a ela, e Holly vai precisar decidir se vai seguir o que esperam dela, ou se aventurar em uma vida nova.

Sou fã dos livros da Lisa Kleypas, principalmete os romances de época. Este aqui não está entre os meus favoritos dela, e apesar de ter sido uma ótima leitura, que também finalizei muito rápido, eu senti que ficou faltando alguma coisa, para ele ser espetacular. Mas ainda assim, vale muito a leitura. Gosto de mocinhos que não são aristocratas, que possuem uam fortina invejável, mas associados com uma atitude mais liberal do que os mocinhos que já são da aristocracia. Sem falar de serem personagens que costumam buscar mudanças sociais importantes para a classe mais baixa.

Temos bastante interação do casal, devido as circunstâncias do livro, apesar de talvez as cenas românticas não tenham acontecido tão rápidas, quanto outras obras da autora. Gostei bastante as conversas entre os dois, além do acrescimo dos personagens secundários, como a filha pequena da Holly, uma fofura, ainda mais quando se juntava com o Zachary, e a irmã dele, que também garantiu bons momentos. A história do livro é envolvente, prende o leitor, e apesar de  livro parecer um pouco maior do que outros do gênero, a leitura é rápida. Não gostei muito da capa escura, mas é um livro que qualquer fã da autora precisa ler e ter na sua estante. 

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Resenha: "Despertar" (Nina Lane)

 

Tradução: Alexandre Boide

Sinopse: Um casamento baseado no amor, no desejo e na confiança. Um segredo guardado com a melhor das intenções. Um relacionamento — intenso e imperfeito — colocado à prova.

Dean West é o grande amor e o porto seguro da vida de Olivia. Um marido dedicado, um parceiro intenso e, acima de tudo, um homem completamente apaixonado por sua mulher. Conhecedor dos segredos mais obscuros da esposa, Dean a possui por completo — hoje, amanhã e sempre.

Mas o casamento aparentemente perfeito dos dois é abalado quando Olivia descobre uma faceta até então desconhecida do passado do marido. Será que a força dos sentimentos que eles têm um pelo outro será capaz de prevalecer sobre a dor da decepção?

Por Jayne Cordeiro: "Despertar" é o primeiro livro da série "Espiral do desejo", da autora Nina Lane. Neste livro conhecemos Olivia e Dean, um casal apaixonado, que vivem um casamento cheio de companheirismo e amor. Depois de um passado dificil vivido por Olivia, ela finalmente encontrou alguém em que pode confiar e conhece todo o seu passado e inseguranças.

Mas um segredo guardado por Dean, abala tudo o que Olivia acreditava sobre seu casamento, trazendo uma série de dúvidas para ela e Dean. Será que mesmo se amando, os dois serão capazes de superar as dificuldades, e manter seu casamento?

"Despertar" não é um livro recente, mas foi uma das aquisições da bienal de Salvador, e gosto muito de livros em que o casal já tem uma história, ainda mais quando já são casados, e é o que temos aqui. Este livro é uma história sobre um casal que se ama, mas que precisa lidar com questões do passado que podem envenenar um relacionamento. É uma história muito interessante de acompanhar, e que foca na relação dos dois. Não é um livro cheio de reviravoltas, mistérios ou ação, e sim um romance sobre um casal que se ama, mas que precisa fazer seus esforços para dar certo.

Fiquei apaixonada pela escrita da autora, e por esse livro. Simplesmente não consegui largar até terminar, e felizmente já posso seguir correndo para próximo, pois os outros dois livros da trilogia também já foram lançados. Achei as capas muito bonitas e elas combinam muito bem entre si, e com a história.

Os protagonistas me conquistaram muito. Apesar dos erros dos dois, a relação deles é linda e cheia de cumplicidade. Cada um tem suas dificuldades, mas tentam lidar com isso.  Temos uma história com uma dose equilibrada de drama e romance, com várias cenas hots também. A escrita da autora é ótima e envolvente, e podemos acompanhar os pontos de vista dos dois protagonistas. O livro termina com uma informação importante, e com certeza, o leitor vai querer já saber o que vem a seguir.

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Resenha: "Gay de Família" (Felipe Fagundes)

Sinopse: Diego espera tudo de ruim dos próprios parentes, mas tudo mesmo. Que o pai tenha uma segunda família. Que a mãe comande um esquema de tráfico humano. Que o irmão lave dinheiro. Por serem versados em todos os crimes do manual da família tóxica, Diego decidiu ser gay bem longe deles. E tudo vai muitíssimo bem, obrigado.

Porém, às vésperas de uma viagem aguardadíssima com amigos, seu irmão aparece implorando por um favor: que Diego seja babá dos três sobrinhos por um final de semana, crianças com as quais ele nunca conviveu. De olho na grana que o irmão promete pagar e acreditando piamente no seu potencial como tio, ele aceita a proposta sem imaginar que os pequenos são, no mínimo, peculiares.

O que a princípio parece moleza, mesmo envolvendo uma gata demoníaca, um amigo imaginário e um porteiro potencialmente sádico, acaba se revelando um desafio quando Diego percebe que terá que revirar seus sentimentos e provar que pode dar conta do recado, sem perder o rebolado que apenas um tio gay é capaz de manter.

Por Stephanie: Gay de família já era um título bem conhecido por mim, muito antes de eu iniciar a leitura. A história foi lançada, inicialmente, em formato de conto, que se expandiu e se tornou um romance depois de ter ganhado um certo hype pelos leitores. Vários amigos meus tinham lido o conto, e foram eles que me fizeram ter vontade de conhecer essa versão “estendida”.

Vou ser bem sincera com vocês: no começo, eu tive muita dificuldade de gostar do Diego. Na verdade, arrisco dizer que o achei bem insuportável, haha. Ele me lembrou de algumas pessoas que eu conheço na vida real, que são meio vazias, fúteis e sem muita personalidade. Até as piadas dele me deixavam desconfortável. Eu não sou o tipo de pessoa que espera sempre se identificar com os protagonistas dos livros, mas poxa, quando a pessoa é tão oposta assim, é puxado, né?

Felizmente, o melhor estava por vir. A chegada das crianças fez tudo valer a pena! Que personagens mais carismáticas, fofas e verossímeis. Já lidei com muita criança na vida e digo que praticamente todas as situações apresentadas pelo autor são totalmente possíveis de acontecer (ainda que com alguns exageros). Me diverti muito com o tom “Sessão da Tarde” das cenas com os sobrinhos de Diego, até porque o autor incluiu até uma pitadinha de mistério sobre um certo assunto que tem tudo a ver com esse tipo de história.

Outra coisa que gostei bastante foi a mensagem/crítica com relação às pessoas que dizem odiar crianças. Quando paramos para pensar, é realmente absurdo vivermos em uma sociedade em que crianças não são vistas como pessoas, a ponto de alguém se achar no direito de odiá-las só por existirem. Felipe Fagundes acertou demais aqui.

O humor de Gay de família sempre foi muito elogiado pelos leitores, e eu até tive momentos de risos sinceros, mas achei que em alguns momentos o tom humorístico se perdia um pouco e beirava o exagero. As referências, apesar de não serem excessivas, ficaram um pouco datadas, na minha opinião. Mas nada que traga um grande impacto para a experiência como um todo.

Os personagens como um todo são bem escritos e suas relações, muito críveis. Consegui imaginar o grupo de amigos de Diego com perfeição, bem como sua (complicada) família. O desfecho também soou muito real pra mim; é uma mistura muito bem feita de final feliz com uma pitada de pé no chão que fez todo o sentido para essa jornada.

Com certeza recomendo essa leitura, principalmente para quem não teve contato com o conto. Felipe Fagundes com certeza é um autor que ficarei de olho e acompanharei seus próximos lançamentos!

Até a próxima, pessoal!

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Resenha: "Herdeiro Diabólico" (Rachel Leigh)

 

Tradução: Malu Garcez

Sinopse: Ele está me arrastando para o inferno. Algo tão errado não deveria causar uma sensação tão boa. Eu conheci o diabo aos 14 anos de idade. Mesmo ele sendo apenas uma criança, estava determinado a fazer da minha vida um inferno. Aos 15 anos, eu o odiava.

Quando fiz 16 anos, eu me mudei para o mais longe que pude. Desde que parti, minha vida tem sido simples – pacífica e tranquila. Eu não tinha a menor intenção de voltar à Skull Creek. Até que a tragédia aconteceu e eu fui chamada de volta. Faz dois anos desde que vi o filho do meu padrasto. Eu esperava que ele tivesse mudado. Mas o diabo continua o mesmo.

Ele é arrogante e implacável. Manda na cidade com mãos de ferro. Por onde ele passa, as pessoas dão passagem. Agora a culpa dele está voltada para mim, assim como seu olhar opaco e escurecido pelo ódio. É hora de eu mostrar a ele que não sou mais a menina de antes. Se ele forçar a barra, eu empurrarei mais forte. Onde eu me curvar, ele quebrará. Desde que ele não encontre minha fraqueza, eu conseguirei sobreviver a isso. Ainda que minha fraqueza tenha se tornado diabólico.

Por Jayne Cordeiro: Penny fugiu da cidade de Skull Creek aos 16 anos, após um acontecimento perturbador. Além disso, ela não guarda boas memórias da cidade, ou do tempo que estudou lá, em companhia de Blaise, o diabo encarnado.  Ele sempre fez questão de infernizar a sua vida na escola, junto com seu grupinho de amigos. E tudo era pior, porque ela morava com o rapaz, já que ele era filho de seu padrasto.

Agora, ela está de volta, mas não pretende ficar por muito tempo. Penny quer aproveitar e entender o que realmente aconteceu anos atrás, mas Blaise não está disposto a facilitar para ela. Tudo o que ele parece desejar é que Penny desapareça novamente, mas ela está mais velha agora, e não está pensando em facilitar para ninguém.

"Herdeiro diabólico" é um lançamento da The Gift Box, e trata-se de um dark/Bully romance, então não espere um protagonista bonzinho e correto. Mas se você gosta desses gêneros, este livro é uma boa pedida. A escrita da autora é envolvente, e temos a oportunidade de acompanhar a história através dos dois personagens. Além das cenas mais pesadas envolvendo o bully, o livro trambém apresenta alguns mistérios, e um romance instigante e tenso.

Não gostei muito da Penny em alguns momentos, porque ela tinha a tendência a fazer exatamente aquilo que não deveria fazer, e que o leitor percebe que vai dar problema, mas ainda assim, não foi uma personagem chata, e você torce para ela conseguir se impor e dar um jeito nos inimigos. É um pouco estranho ver jovens com tanto poder dentro de uma escola ou cidade, mas não é algo incomum nesse gênero literário.

O livro me deixou bem curioso sobre as motivações escondidas de Blaise, e os segredos escondidos por vários personagens, e Blaise não pensa duas vezes em fazer o que quer. Ele consegue equilibrar entre aquele que não luga para ninguém e o capaz de tudo por quem se envolve. Como comentei, é um gênero de romance que foge do certinho, mas cumpri todos os requisitos do que promete. É uma leitura dinâmica, que prende o leitor, e que termina de forma bem satisfatória. Para quem nunca leu um bully romance, ele pode ser uma boa forma de começar.

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Resenha: "Família de mentirosos" (E. Lockhart)

Tradução: Flávia Souto Maior

Sinopse: Descubra o que aconteceu vinte e sete anos antes dos eventos narrados em Mentirosos, com uma narrativa igualmente viciante, trágica e envolta em mistérios.

Não é fácil para Carrie ser a principal herdeira da família e carregar todas as expectativas que vêm junto com seu sobrenome. Para ser uma Sinclair perfeita, ela não deveria demonstrar emoções ― nem mesmo o sofrimento profundo pela morte recente de sua irmã caçula. Para ser uma Sinclair perfeita, deveria se submeter à cirurgia na mandíbula que seus pais insistem que ela faça, mesmo que isso lhe renda dolorosas semanas de recuperação ― e um vício em analgésicos.

No verão de seus dezessete anos, a família vai para Beechwood, a ilha particular onde sempre passa as férias. Mas, dessa vez, há algo de diferente: entre os visitantes da ilha está Pfeff, um garoto que mexe com os sentimentos de Carrie. Mas esse relacionamento está longe de ser um conto de fadas ― e essa história dificilmente vai acabar em um “felizes para sempre”.

Por Stephanie: Eu sou uma defensora de Mentirosos. Na época do lançamento, li e amei demais, fiquei mega surpresa com as reviravoltas e panfletei horrores a leitura. Portanto, obviamente fiquei super animada quando soube do lançamento de Família de mentirosos, um prequel da história que tanto me marcou há quase dez anos. Apesar de ter achado que a autora não perdeu totalmente a mão da escrita, sinto dizer que as minhas expectativas possam ter estragado um pouco a minha experiência ao ler esse lançamento.

O livro nos apresenta uma geração anterior àquela que conhecemos em Mentirosos. Vamos acompanhar um novo grupo de adolescentes passando um verão na ilha majestosa da família Sinclair, cercada de tudo de melhor que o dinheiro pode oferecer.

Eu não me incomodei e nem achei difícil acompanhar esse novo grupo de personagens; na verdade, achei todos até interessantes e verossímeis. Carrie, nossa protagonista, às vezes irrita um pouco, mas nada fora do normal para uma adolescente rica.

Pfeff é o mocinho típico de livros YA, bem rebelde sem causa. Ele me deu nos nervos um pouco, principalmente em uma certa cena que desencadeia acontecimentos mais dramáticos, mas, fora isso, não me surpreendeu.

Um ponto interessante do livro é a inclusão, ainda que mínima, de representatividade. Gostei de ver um esforço da parte de Lockhart e não ficou soando como algo forçado ou que estava ali apenas para cumprir uma cota.

Agora, o que mais me desagradou na obra foi definitivamente o desenvolvimento do meio para o final. Assim como em Mentirosos, há um mistério a ser desvendado, e os caminhos que a autora escolheu para seguir me soaram muito parecidos com os do livro anterior. Não estou dizendo que os acontecimentos se parecem, e sim que o rumo das situações se assemelha, deixando tudo bastante previsível (e se tem uma coisa que Mentirosos não foi pra mim, é previsível).

Por fim, acabei achando Família de mentirosos um livro morno. Tinha muito potencial, mas foi desperdiçado pela previsibilidade. Gostaria apenas de deixar um alerta: não leia esse livro sem antes ler Mentirosos, pois ele conta o final da história! A própria autora dá esse conselho nas primeiras páginas, mas é bom reforçar.

Até a próxima, pessoal!

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